terça-feira, 7 de novembro de 2017

Tia Graça no Alba - Report


Tia Graça – Café Concerto do Cine Teatro Alba 
2 de Novembro de 2017 

 Já sabia ao que ia, pois já tinha visto o mesmo espectáculo no GreTUA a 8 de Junho, mas fiquei sempre com vontade de rever, pois a Tia Graça tem tantos pormenores que, mesmo conhecendo o espectáculo, vamos sempre descobrindo algo de novo. Aproveitei para ir “sentido” a sala e foi bonito ver a forma como o público que encheu a sala, ia reagindo a cada momento do espectáculo. 



 O Luis é um “monstro de palco” o texto é um enorme jogo de palavras e boas histórias que nos agarram e nos fazem rir e pensar. Frases como o “duas garrafas para cada dois”, “de onde é este grupo tão bom?” ou momentos comoventes em que acabamos por rir, quando se calhar devíamos chorar, como “A Tia Graça nunca teve filhos, não que não tivesse feito por isso”, vão nos obrigando a estar atentos a cada pormenor. 
Pormenores como o Salazar (utensílio de cozinha) que nos traz à memória o ditador que conseguiu congelar o país durante demasiados anos, ou a “caixa mágica” que tanto é cama, como fogão de cozinha, como passagem de nível, tábua de passar a ferro, mesa de festeiros convivas, latrina ou até um altar. 
A música não é datada e leva-nos para outros tempos, sem perder a ligação com os actuais. As múltiplas personagens que surgem a cada momento. 
Nesta que classifico como a melhor homenagem que alguma vez se fez a um familiar e a uma família, também há ficção e, muito boa, imaginação à mistura, mas isso só serve para enriquecer ainda mais o desfilar de memórias que nos vão assaltando, tornando cada bocadinho desta Tia Graça, num bocado de nós também. 
É uma alegria ver a Tia Graça e, dada a riqueza do texto, vale a pena ir repetindo a experiência de vez em quando ou, de quando em vez, se preferirem.

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