sábado, 25 de agosto de 2012
Ena Pá 2000 em Ílhavo
A 7 de Julho foi a vez dos Ena Pá 2000, banda que a brincar, a brincar, já leva mais de 25 anos de carreira, abrirem em grande a noite de grandes concertos do Festival Rádio Faneca.
Com Manuel João Vieira a liderar uma banda competentíssima, onde não faltam os “eternos” Luís Desirat, Francisco Ferro e Mimi, que ainda contou com o grande Filipe Mendes ou Phil Mendrix e se não estou em erro, pois a informação é pouca, com Pedro Rijo, Manuel Duarte e João Santos, mais uma partenaire da qual não sei o nome (agradeço a ajuda), e que desde a entrada em palco até ao final soube montar a festa com toda a diversão a que o público tem direito.
Com sete álbuns no curriculum, matéria não lhes faltava para preencher uma hora e pouco de concerto, até daria para mais que isso, mas a seguir ainda havia outra banda. Deram uma volta por todos os discos sempre com boa disposição e com a excelência dos apartes de Manuel João que debita autênticas pérolas enquanto suas partenaires preparam a roupa para os temas seguintes. Temas onde se ouve Rock, Folk, Blues, Jazz e até quase Fado sempre com letras bem apimentadas e cheias (ou não) de significado, para dar uma de intelectual posso dizer que é uma espécie de “pimba kitsch” (ganda pinta…) que põe toda a gente a rir e diverte pessoas de todas as idades e estratos sociais.
Abriram com Alice, logo seguido de Mulher Portuguesa e Tango. Passaram por LSD, Vida de Cão e PDF do mais recente disco. Desta vez até os achei um pouco contidos no verbo, pois como o vocalista ia lembrando “havia crianças presentes” e a apresentar certas canções não dava o nome exacto delas para não ferir susceptibilidades.
Terminaram em grande com o saudoso Marilu, momento em que cheguei a ver o elemento masculino de um casal heterossexual, a cantar o refrão para a sua acompanhante de dança, com um sorriso maroto que foi sempre correspondido com um sorriso cúmplice. Foi um momento que vai ficar por uns tempos na minha memória. Um concerto de Ena Pá 2000 também tem destas coisas…
O entusiasticamente exigido encore contou com Menina Azul (Surf) que me fez voltar aos tempos de universidade em que passei parte de umas férias de Verão a ouvir a cassete com a gravação do cd “Enapália 2000”, e com Bacamarte.
Ficou provado que eles sabem animar a malta e quanto mais etilizado esteja o público melhor lhes parece tudo aquilo, eu gosto da forma profissional como todos os membros da banda vestem os personagens e dão a festa para as pessoas, não deixando de dizer algumas coisas importantes pelo meio, fazendo uma espécie de Carnaval que ninguém leva a mal.
Deu para me divertir. Viva os Ena pá 2000!
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