Para poder usufruir do Teatro Aveirense, decidi antecipar as comemorações do 4º Aniversário deste Blog cerca de 10 dias, já depois de tudo acertado com as bandas fiquei a saber que na mesma noite ia haver um concerto de Deolinda na cidade e ainda por cima de borla. Quando tomei conhecimento disso, já não havia hipóteses de alterar datas e mesmo com o risco de ter a sala vazia estar presente, mantive a opção.
Para minha felicidade e de todos os que me ajudaram, a força dos nomes em cartaz impôs-se e foi uma plateia quase esgotada que acolheu o Vitorino Voador, os Trêsporcento e os Dazkarieh. A quantidade não chegou ao que eu desejava, mas a qualidade foi enorme. Valeu a pena!
A abrir, pouco depois da hora marcada, veio o Vitorino Voador que munido de viola e guitarra e cheio de boa disposição, simpatia e boas canções, encheu a sala e os corações de todos. Tal como eu previa, esta vertente mais desconhecida para a maioria, do João Gil (dos Diabo na Cruz e etc.), surpreendeu e encantou o público. Mesmo lesionado, pois um acidente doméstico impediu-o de utilizar todos os dedos para tocar, mostrou que com três dedos é mais músico que muita malta que anda por aí.
Do seu alinhamento fizeram parte três temas do EP Vitorioso Voo, os restantes irão fazer parte do seu primeiro álbum que irá sair durante este ano, e pela amostra, vai ser muito bom.
Eis aqui todos os temas que tocou:
Mensagem (de Vitorioso Voo)
Balada dos FDPs
O Dom (de Vitorioso Voo)
O Caminho
Carta de Amor Foleira (de Vitorioso Voo)
Os Velhinhos
Venha Ele
Depois de um pequeno intervalo, foi a vez de os Trêsporcento, compostos por Tiago Esteves (guitarra e voz), Lourenço Cordeiro (Guitarra), Salvador Carvalho (Baixo), Pedro Pedro (Guitarra) e António Moura, o novo elemento que se estreou neste concerto, a tocar bateria, passando o Pedro Pedro para a guitarra, apresentarem Quadro, o seu mais recente disco.
O concerto abriu, tal como o disco, com És Mais Sede, e logo aos primeiros acordes, a atenção do público ficou presa, Cascatas, também deste disco, foi o tema que se seguiu. O terceiro tema foi Elefantes Azuis, o tema single do primeiro álbum, que os deu a conhecer a mais gente, e que por brincadeira eu dizia durante a tarde: “é o toca aquela!” deste grupo.
Depois, deram-nos a conhecer Dás a Mão e Não Sentes, um belíssimo tema do primeiro EP de 2009, a que se seguiram mais três temas do disco novo, Pinheiros da Rússia, Desgoverno e Veludo, o primeiro single que dá nome ao disco.
Para acabar “em grande” voltam ao primeiro EP para tocarem Espero, tema que foi apresentado como uma canção de amor, e que, quando todos estavam à espera duma “baladinha”, acaba numa “desbunda” sonora que deixou todos a desejar mais.
Foi um belíssimo concerto e mais uma grande surpresa para o público que só conhecia os singles, os Trêsporcento mostraram um grande à vontade em palco e muito boa onda, fiquei muito contente por tê-los trazido a esta festa.
Para o final vieram os Dazkarieh, banda que já estava sem vir tocar a Aveiro há alguns anos e graças a esta festa, isso finalmente foi possível.
A maioria do público estava lá para eles e isso notou-se pelas reacções que iam mostrando a cada tema que desfilava. A banda claro, como é costume, deu o litro e deixou tudo em palco.
Como eu desde há muito venho dizendo, o seu repertório dá para a vertente mais tradicional, mas também se enquadra bem em qualquer evento mais rock, a melhor descrição para o seu som, cada vez mais maduro e aperfeiçoado, é “Dazpower”.
Deles ouvimos os sons mais antigos das nossas raízes, misturados com outros mais modernos e cheios de urbanidade.
Os fãs dessa mistura são cada vez mais quer dentro das nossas fronteiras quer fora (pois só na Alemanha, são dezenas os concertos que dão por lá), e na noite de sábado, tenho a certeza que conquistaram mais alguns, pelo menos a ver pelo feedback que recebi, por exemplo, do João Gil e do Pedro Valente (agente dos Trêsporcento e do Vitorino Voador).
O alinhamento, que passou por toda a discografia, foi o seguinte:
Intro
Liralé
(ir)Real
Medley
4 Ciclos
Ladainha do Lago
Tempo Chão
Coroar
Légua da Póvoa
Sei que Não Sei
Contos de Cordel
Primeiro Olhar
Meninas Vamos à Muta
Senhora da Azenha
Baile da Meia Volta
Repasseado da Calçada
Sons do Pó
Moda da Ceifa II
Para o encore, prontamente exigido:
Romance
Vitorina
Assim acabou uma noite a todos os níveis inesquecível que só me deixa um problema bom para resolver, como é que vou conseguir superar esta “fasquia” que ficou tão alta, na festa do 5º Aniversário.
Encontram mais fotos da festa - Aqui neste álbum do Facebook - são não só minhas, mas também da Adriana Boiça Silva e do Fausto da Silva. Espero que gostem.
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