Não pude ir na sexta-feira, logo não assisti a uma enchente de cerca de 15000 pessoas, não só para verem particularmente os Deolinda, surpreendente fenómeno de vendas (sim ainda há grupos que vendem discos) e popularidade em Portugal, mas também para ver Manuel Cruz, com o seu projecto Foge Foge Bandido, Dead Combo que vieram apresentar o seu último álbum “Lusitânia Playboys” e claro os grupos do Palco Ritual com Peltzer, Noiserv e One Man Hand. As imagens dessa noite podem ser vistas aqui.
Queria dar primeiro uma palavra sobre a organização que esteve irrepreensível, tudo me pareceu correr bem, horários cumpridos e opção de “entremear” as actuações dos dois palcos, pareceu-me bastante boa, evitou qualquer tipo de tempos mortos e assim qualquer espectador podia assistir a todos os concertos.
Gosto muito do conceito deste Festival que consegue fechar a época do verão com chave de ouro e ainda por cima só com grupos portugueses.
A noite que eu vi tinha no Palco Ritual os Hot Pink Abuse, o Paul da Silva e o grupo Andrew Thorn, todos projectos interessantes e que se devem seguir com atenção.
No Palco Principal as honras de abertura foram dadas aos Os Pontos Negros, banda que está a ficar mais adulta, fruto de uma maior rodagem ao vivo. Eu já os tinha visto a tocar no Mercado Negro, com o seu reduzido espaço, e já tinha gostado, mas agora gostei de ver que eles não se deixam intimidar com plateias maiores, o tira teimas vai ser o concerto dos trinta anos dos Xutos (que eu conto ir ver e depois contar). Como o tempo e actuação não era muito, a banda tocou praticamente todos os temas mais conhecidos, para agrado de um já aguerrido grupo de conhecedores na primeira fila que não deixou de cantar os temas e de apoiá-los.
A segunda banda deste palco foram os Blind Zero, grupo que estava de regresso a casa e foi muito bem recebida pelo público. A introdução à actuação foi feita com o tema “Blue Velvet” da banda sonora do filme com o mesmo nome, e o alinhamento completo dos temas foi: Trashing the Beauty / Shine On / Tree / Slow Time Love / Where is My Mind (versão do tema dos Pixies) / Uma nova, do próximo disco prestes a sair / Skull e a terminar a, ainda, grande canção Big Brother.
Foi um dos melhores concertos deles que vi, penso que a banda está a ficar ainda melhor ao vivo e com um historial que permite fazer um concerto quase só com “singles” que toda a gente conhece.
Durante a actuação foi também feita uma referência à possível privatização do Palácio de Cristal, decisão polémica que tem posto muita gente, do Porto e não só a mexer-se contra esta ideia, saibam mais e se concordarem assinem a petição aqui.
Por fim a banda mais esperada da noite, os Mão Morta. Este grupo, com mais de vinte anos de carreira, continua a dar excelentes concertos, por mim estão a ficar cada vez melhores, chama-se a isto saber “envelhecer”.
Durante a actuação foi também feita uma referência à possível privatização do Palácio de Cristal, decisão polémica que tem posto muita gente, do Porto e não só a mexer-se contra esta ideia, saibam mais e se concordarem assinem a petição aqui.
Por fim a banda mais esperada da noite, os Mão Morta. Este grupo, com mais de vinte anos de carreira, continua a dar excelentes concertos, por mim estão a ficar cada vez melhores, chama-se a isto saber “envelhecer”.
É claro que Adolfo Luxúria Canibal não podia ficar alheio à situação do futuro do Palácio de Cristal e que deliciosa foi a referência que ele fez, em jeito de prosa declamada, em que nos contou toda a história do Palácio até aos dias de hoje e que serviu de introdução ao tema “As Tetas da Alienação”.
O alinhamento completo foi:
Aum / Budapeste / As Tetas da Alienação / E Se Depois / Tu Disseste / Bófia / Em Directo Para a Televisão / Barcelona / 1º de Novembro / Quero Morder-te as Mãos / Vamos Fugir / Cão da Morte – Chabala / Charles Manson (com a letra actualizada para Putin) e a rematar o tema Anarquista Duval.
Assim remataram os Mão Morta a sua actuação, tive pena que não tocassem o Ou’blá e o Lisboa, mas pronto, não se pode ter tudo. Foi mais um grande concerto, coisa que já é habitual. Espero apenas que continuem por mais vinte anos e que nos brindem com mais discos e bons de preferência.
O alinhamento completo foi:
Aum / Budapeste / As Tetas da Alienação / E Se Depois / Tu Disseste / Bófia / Em Directo Para a Televisão / Barcelona / 1º de Novembro / Quero Morder-te as Mãos / Vamos Fugir / Cão da Morte – Chabala / Charles Manson (com a letra actualizada para Putin) e a rematar o tema Anarquista Duval.
Assim remataram os Mão Morta a sua actuação, tive pena que não tocassem o Ou’blá e o Lisboa, mas pronto, não se pode ter tudo. Foi mais um grande concerto, coisa que já é habitual. Espero apenas que continuem por mais vinte anos e que nos brindem com mais discos e bons de preferência.
Assim acabaram estas Noites Ritual que eu também espero que continuem por muitos anos e de preferência no mesmo sítio.
Quero agradecer especialmente ao Ivo do Blog A Imagem do Som a disponibilização das imagens, "I think this is the beginning of a beautiful friendship".