sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Morriña é saudade


Na nossa língua temos uma palavra que é um sentimento, essa palavra é Saudade. Os nossos amigos Galegos também têm a sua que é morriña. O que eu sinto em relação aos Mano Negra é isso. Principalmente quando oiço a canção “Mala Vida” , com o refrão “Cada dia se la traga mi Corazón” e que eu e o meu amigo Peski, durante muito tempo pensávamos que era “Galicia la trago en mi Corazón”, que tem muito mais lógica pois o próprio Manu Chao tem família lá, e ficava muito mais bonita. Ainda por cima cada vez que a oiço lembro-me das minhas idas à Galiza e não do que a letra significa mesmo, fico assim com morrinha (com nh fica mais bonito).

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

DoisMileOito-Ao Vivo

Foi no passado dia 6 de Fevereiro que eles actuaram no Music Box em Lisboa, eu não fui mas a minha amiga Xana Alexandre foi e tirou algumas fotos. Eu escolhi estas.


Obrigado Xana!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Ufa! Já passou!


Foi difícil, mas consegui. Consegui passar a época do Carnaval sem ouvir o “meu amigo Charlie Brown” e outras brasileirices que tais. Principalmente agora que se juntou o Carnaval e as suas máscaras, com os trajes que sobraram do último “Halloween” , outra data daquelas que não consigo perceber, a não ser pelo seu interesse puramente comercial, tal como o dia dos namorados, outro daqueles dias que os importadores de corações made in China adoram.
Podia-se fazer um esforço e, em vez de importarem o Carnaval do Brasil que é pouco adequado ao nosso clima, praticar o nosso Entrudo que vai resistindo por essas terras de Portugal e Galiza, como podem ver aqui e aqui.
Se os meus amigos gostarem de andar mascarados e dançar, podem dançar ao som dos Pé na Terra que andam a fazer umas coisas bem giras de música portuguesa.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Músicos Que Prevêem o Futuro II



A crise económica continua na ordem do dia. Principalmente toda a teia de trafulhices que envolve o nosso BPN ou mesmo toda a pulhice levada a cabo por um, muito credível, Madoff. Facilmente se encontraram dois culpados para o que se passa no mundo. Andam é todos muito esquecidos que os clientes deles é que acreditaram em taxas de juro fabulosas, acreditaram que em pouco tempo e com pouco trabalho se arranjava muito dinheiro. Enfim deixaram-se levar pela ganância e com isso estão agora a prejudicar o mundo inteiro.
Todos estes acontecimentos me fazem lembrar um tema de uma banda que gosto muito e que vem a Portugal brevemente, os Depeche Mode que já cantavam:"The grabbing hands grab all they can/All for themselves after all”, no seu tema “Everithing Counts” no álbum “Constrution Time Again” de 1983.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Num sítio Solitário


Conta-se aqui que ela o contratou para assistente no escritório onde trabalhava, antes de ser cantora, e que um dia teve de o despedir. Ele foi para a música e no primeiro álbum “Especially for You” da sua banda, The Smithereens, compôs este tema e convidou-a para cantar com ele.
Ouvi esta música pela primeira vez num documentário sobre ela, que deu na Rtp2. Ainda por cima naquela idade em que até o Oceano Pacífico ouvia-mos pois era uma forma de mostrar sensibilidade às raparigas. Agora ainda me parece uma linda música e, como sempre digo, não é preciso andar sempre à procura de novidades, existem coisas já inventadas que são muito boas, como podemos comprovar neste “In a Lonely Place” de 1986.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Private Joke





Tempos houve em que perguntar:

Ouve lá tu conheces EINSTUERZENDE NEUBAUTEN ?

Era uma frase de Engate.

Não é novo mas é Bom, Muito Bom!




Hoje em dia, com as novas tecnologias, é possível fazer quase tudo. Podes ver vídeos do que quiseres à hora que quiseres. Podes sacar todas as músicas possíveis e imaginárias. Basta que estejam no ciberespaço.
O problema, às vezes, é que tanta quantidade, pode fazer com que tenhas horas de música que chegam para ouvir até depois de morto, mas que podem fazer com que não dês a devida atenção a um ou outro disco que vai aparecendo.
Quase que me acontecia isso com este disco “Boxer” dos The National. Ouvi o primeiro single, numa colectânea da revista Blitz, com os melhores de 2007.O que é facto é que o tema “Fake Empire” , é a primeira faixa do disco e eu mal reparei nele.
Só quando chegámos aos Festivais de Verão e transmitiram uma parte do concerto da banda na net é que me despertou a atenção. Que disco Fabuloso! Dá para ouvir repetidamente e com ele encontrar sempre algum pormenor novo, um dedilhar de piano ou umas cordas enfim, dá vontade de ouvir e ouvir e ouvir.
Dá para corações apaixonados, dá para corações partidos, dá para ouvir no Verão, dá para ouvir no Inverno, enfim aconselho a toda a gente uma audição atenta a este disco.

Vamos sempre a tempo de ouvir bons discos, não precisa de ser só quando é novidade.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Nada a Esconder


Tive o prazer de assistir a um concerto deles a 26 de Abril de 2008, na Semana do Enterro do ano em Aveiro. Os Wonderland e o David Fonseca tocaram primeiro, ficando eles para o encerramento de uma grande noite. Eu já tinha lido descrições sobre os concertos deles mas só depois de ver é que fiquei mesmo convencido. Eles sabem mesmo fazer uma festa, com o público a ajudar melhor. Claro que só a experiência do João Ribas acumulada, nos Kus de Judas e nos Censurados, já era enorme, ao somarmos os Catorze (14) anos dos Tara Perdida então o respeito tem de ser ainda maior.
É para comemorarem esses catorze anos de carreira que eles vão fazer duas datas muito importantes, o Coliseu de Lisboa a 20 de Fevereiro e o Cinema Batalha a 27. Não vou poder ir provavelmente, mas quero dar os meus parabéns a esta banda. Quero também deixar uma ligação para verem o vídeo do tema “Sentimento Ingénuo”. Todo o vídeo é um tratado de subversão, mas gosto particularmente dos “saldos de 100%”, na loja de roupa cara.
Espero que continuem “punkar” por muitos mais anos.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Caía Para o Lado


Fiquei a conhecer esta voz no programa "Cantante" do Luis Montez da Rádio Comercial.No tempo em que esta rádio era a melhor do país pois ainda não existia a Antena 3.
Quando ouvi esta "Sweet Jane" pela primeira vez, p'raí em 1989, nunca mais fui o mesmo.O disco é todo bom de uma ponta a outra mas este tema é que fica para toda a vida.
Todas as pessoas sabem que se me aparecer alguém a cantar-me ao ouvido assim, eu caio imediatamente para o lado e fico derretido no chão!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Quem Vê Capas Não Vê Corações


Às vezes acontecem destas coisas. Um designer mais louco ou com mais pressa ou um amigo da artista ou a própria artista, passam-se e fazem uma capa destas. Há gostos para tudo mas, para mim, esta é uma das capas mais feias que pude ver nos últimos tempos. É que nem consigo olhar para ela muito tempo. Mas isso não invalida que estejamos perante um grande disco. Este Santogold cantado por Santogold , que agora parece que se quer chamar Santigold, coisas de Artista, é daqueles discos que é possível ouvir várias vezes seguidas sem cansar e a descobrir coisas novas. Eu pelo menos até descobri na faixa seis, de nome “My Superman”, pois desde que o CD foi inventado as canções perderam os nomes e ganharam números, descobri nesta faixa uma forte parecença com a Siuoxsie. Pode ser impressão minha mas parece a mesma voz.
Mais uma vez repito vale a pena ouvir com atenção este grande disco de estreia.
Mas sem olhar para a capa!

Que se Dane o Roque Enrole, isto é Folclore II

Algumas fotos do concerto tiradas pelo meu telemóvel, coisas que nos meus tempos de miúdo seriam ficção científica...




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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Que se dane o Roque Enrole, isto é Folclore


Foi ontem no Mercado Negro em Aveiro que assisti ao concerto do Tiago Guillul. Marcado para as 22h30, o concerto iniciou-se cerca das 23h15, foi-me dito que tem de ser assim pois antes dessa hora não há público. Eu até posso entender isso, embora não concorde, pois se for criado o hábito de começar à hora marcada as pessoas chegam mais cedo. Por exemplo, numa sala de cinema ou numa peça de teatro as apresentações têm hora marcada e o público que quer ver, está lá para ver a essa hora.
Em relação ao concerto propriamente dito foi divertido, uma viagem que vai da igreja Batista até África, passa por Nova York e pelo Porto e aterra em Aveiro só pode ser divertida. Por momentos parecia que o fantasma do António Variações pairava no ar. Pudemos ouvir grande parte do último álbum do artista o “IV”, deu ainda para matar saudades dos Heróis do Mar com o tema “Alegria” e também dos GNR com o tema” USA”, com dedicatória especial ao pessoal Norte.
É bom saber que ainda há projectos refrescantes como este a usar a língua portuguesa, só não gosto tanto da parte religiosa, embora me pareça que se os temas fossem cantados em inglês, ninguém reparava.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Auxiliares de Memória II


Ao ver esta foto mítica, onde estão alguns dos membros da, não menos mítica, Confraria dos Marinheiros, tirada momentos antes do concerto dos Pixies no Coliseu do Porto em 1991, lembro-me deste pequeno texto que escrevi para a colectânea feita por mim como prenda de Natal para alguns amigos:

“De um tempo em que era sempre cedo para ir para casa.
Em que não havia horas para nada.
Em que a musica (e não só…) é que era importante.
Em que toda a hora era boa para a festa.
Enfim, de um tempo em que havia sempre tempo.
Vêm estas canções que são uma verdadeira máquina do tempo, basta que a memória não falhe.
E que boas são essas memórias…”

João Nuno Silva - Dez/2006

MÁQUINA DO TEMPO - 1
“20 CANÇÕES 1 INSTRUMENTAL “
1. Saltarello – Dead Can Dance
2. Dear Prudence – Siouxsie And The Banshees
3. A Forest - The Cure
4. All We Ever Wanted – Bauhaus
5. Cuts You Up – Peter Murphy
6. April Skies – The Jesus And Mary Chain
7. Christine – The House Of Love
8. Away – The Bolshoi
9. Ziggy Stardust – David Bowie
10.There She Goes – The La’s
11.Panic – The Smiths
12.I’m Gonna Be (500 Miles) – The Proclaimers
13.Never There – Cake
14.Born Of Frustration – James
15.This Is The Day – The The
16.Blister In The Sun – Violent Femmes
17.The One I Love – R.E.M.
18.Perfect Skin – Lloyd Cole And The Commotions
19.Blue Hotel – Chris Isaak
20.The Weeping Song – Nick Cave
21.Atmosphere – Joy Division
Curiosamente nesta colectânea não vem nenhum tema de Pixies, é que esses eram um caso à parte e nesses casos ouvem-se discos inteiros.
Seja como for, ainda sabe muito bem ouvir estes grupos e estes ou outros temas.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A Vida dos Outros


Existem uns senhores que cumprem um acto contra natura chamado celibato e que não se cansam de emitir regularmente uns bitaites sobre a “família”. A mim irrita-me solenemente que estes senhores se julguem capazes de comprar uma guerra com os governos de países soberanos, quando se começa a falar de casamentos homossexuais, como podem ler aqui.

Será que se o casamento entre heterossexual, em que o homem bate na mulher e nos filhos e chega a casa todos os dias bêbado já é mais compatível com o que a santa igreja pensa?
Sinceramente, vivemos num Estado LAICO em que ninguém se pôs a criticar a vida sexual pouco natural e antropologicamente errada, como é o celibato. Parece-me também que um dos princípios mestres da religião católica é o respeito pelo próximo. Talvez fosse a hora de estes senhores, em vez de tentarem dividir um Pais, se preocupassem mais em unir as pessoas em paz. Se calhar deixavam de perder tantos “adeptos” para as outras religiões ou para os centros comerciais, principalmente por causa da sua permanente hipocrisia.


Acompanhar este texto com:
“Orgia Paroquial” do álbum “Eles Andam Aí” dos Peste & Sida
“Divino Marquês” do álbum “ OD e a Rainha do Rock & Crawl” dos Mão Morta

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

De Borla




A Primeira vez que ele veio a Portugal deve ter sido no ano de 1994 e veio a Aveiro numa Semana do Enterro. Nem uma perna partida serviu de desculpa para cancelar, ele queria mesmo fazer a Tournée portuguesa. Eu, sem dinheiro para mandar cantar um cego, queria ver o concerto. Já tinha trabalhado na organização de anteriores semanas académicas, mas, nesse ano com a troca de presidentes, eu não fazia parte. Na tarde do concerto fui oferecer-me para colaborar, havia falta de pessoal e assim consegui, fiquei a fazer de segurança na frente do palco. Lá começou o concerto, ele entrou de cadeira de rodas e não parou um momento, mesmo sentado dançava, a moça que viria a ser sua esposa vestida de enfermeira e a empurrar a cadeira. Eu, claro, praticamente só olhava para o palco, a malta que estava à minha frente portou-se sempre bem, grande concerto. Só foi pena, por estar atrás das grades de segurança, não ter ninguém para fazer um moshezinho, eheheh.
Já não oiço os seus discos com a mesma frequência, mas, principalmente nestas alturas em que os noticiários nos enchem a cabeça a falar de crise e desemprego, lembro-me sempre desta letra do Gabriel O Pensador, que, com as devidas adaptações, também serve para Portugal:


Até Quando
Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve
Você pode e você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu
Num quer dizer que você tenha que sofrer

Até quando você vai ficar usando rédea
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea
Pobre, rico ou classe média?
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer censura

Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ser saco de pancada?

Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
Seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Você tenta ser contente, não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante
É tudo flagrante
É tudo flagrante

A polícia matou o estudante
Falou que era bandido, chamou de traficante
A justiça prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado e absolveu os PM's de Vigário

A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco:
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco

A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que pra você não ver que programado é você

Acordo num tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede diploma, num tenho diploma, num pude estudar
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá

Consigo emprego, começo o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego mas na hora que chego só fico no mesmo lugar
Brinquedo que o filho me pede num tenho dinheiro pra dar

Escola, esmola
Favela, cadeia
Sem terra, enterra
Sem renda, se renda. Não, não

Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente

Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Lindo, Lindo, Lindo!



Não me posso queixar muito da sorte pois acabei por conseguir bilhetes. Que posso eu dizer, Cine-Tetro de Estarreja cheio, cerca de quinhentas pessoas para ver e ouvir Joy Division, Depeche Mode, Sex Pistols, Clash, Siouxsie, Talk Talk e mais uma série de temas de bandas que nos acompanharam durante a década de noventa, oitenta e setenta.
Foi o que nos serviram o Gerald Toto, o Marc Collin, o Olivier Libaux e por fim a Melanie Pain, dona de uma linda voz, daquelas que arrepiam a pele. São eles os Nouvelle Vague em versão reduzida mas com o mesmo espírito de festa.
Começou praticamente à hora marcada, uma pequena introdução de dois ou três temas a solo do Gerald, conseguiu arrancar os primeiros aplausos e acima de tudo “aquecer” e divertir o público para o que vinha a seguir. O que veio depois desta introdução foram cerca de duas horas de nostalgia, alegria, cantoria, dança, palmas e festa. Tendo, inclusive, a vocalista saltado para o meio da sala para dançar, com espectadores, já rendidos, o tema “To drunk to fuck”, excelente comunicação com o público na sua maioria já conhecedor da banda.
Para mim a versão melhor conseguida foi, sem dúvida, o “Guns of Brixton” creio que o toque mais reggae que foi dado e a brilhante contribuição vocal do Gerald Toto, iria deixar o grande Joe Strummer satisfeito. Também surpreenderam com o “Master and Servant” dos Depeche Mode. Enfim, creio que a audiência ficou completamente conquista, tendo havido dois encores, onde apenas me pareceu que a versão do “Relax” dos Frankie Goes to Hollywood” já foi um bocado a fazer “render o peixe”, mas nota bastante positiva para banda e que apareçam mais grupos a descobrir que podem tocar em mais cidades sem ser Lisboa ou o Porto.

Obrigado pelas fotos Camilo.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Musica Antiga II



O que não ajuda nada em alturas de aniversários, é descobrires que uma das bandas que mais idolatraste na tua adolescência, da qual sabias de cor todas as letras dos dois primeiros discos e que te acompanhou, praticamente, em todas as festas de garagem em que participaste,
de repente, está a comemorar os 20 anos dos seus discos mais emblemáticos.
Como disse anteriormente, não sou velho…
…sou antigo.


Acompanhar este texto ounvindo até à exaustão os albuns "Veneno" e "Portem-se bem!".
Garanto que ao ouvirem vão, de certeza, voltar aos dezasseis, dezassete anos.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Musica Antiga



Em dia de aniversário os pensamentos fogem para estas coisas, é a vida!
No passado dia trinta de Outubro fui ao Mercado Negro assistir ao concerto do grupo Os Pontos Negros. Casa cheia, bom ambiente e posso dizer que foi um concerto bastante divertido, mesmo com alguns problemas técnicos a coisa correu muito bem. Eis senão quando, na hora de apresentarem o tema "Lili", alguém disse: “esta é uma das antigas, do nosso disco de 2007 Lili!”.
Já tinha tido esta sensação estranha, tipo montes de pessoas a olharem para mim por cantar o “Submissão” ou o “Sémen” em concertos dos Xutos e perceber que à minha volta ninguém conhecia a letra. Mas esta frase do elemento da banda fez-me sentir mesmo velho.
Velho não…
…Antigo!


terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Auxiliares de Memória


Amanhã os Sétima Legião dão um concerto no Porto, gostava mesmo de lá ir. Fala com aquele colega que também gosta de música portuguesa. Tu é que és o Pedro que gosta de música? Sim sou eu, ouve lá e que tal irmos ao Porto ver o concerto dos Sétima? Eu gostava de ir mas não posso, mas fala ali com aquele caloiro do Porto que ele é capaz de ir. Como é que ele se chama? Tiago parece. Tiago alinhavas numa ida ao Porto ver os Sétima? Até gostava mas não posso. Pois mas sozinho também não vou, nem sequer conheço a cidade, com vocês ainda ia agora assim.
Foi mais ou menos assim que se começou a criar um grupo de amigos em Aveiro. Através de um gosto musical comum. Desde este dia os conhecimentos foram-se desenvolvendo e a amizade foi aumentando. Todos gostávamos de música, principalmente de grupos portugueses, o grupo foi baptizado com o nome de Confraria dos Marinheiros, influenciado pela famosa canção “Vida de Marinheiro” do álbum dos Sitiados que saiu no início de 92.
Quem gosta de música sabe que os melhores auxiliares de memória para datas e eventos, são os lançamentos de discos ou épocas em que ouvíamos determinadas bandas. Podemos até dizer que a música é uma verdadeira máquina do tempo a funcionar dentro de nós.
Acompanhar com:
Sétima Legião: “Auto de Fé”-CD ao Vivo
Sitiados : “Vida de Marinheiro” - Single

Em Português III


É funk, é soul e é hip-hop! Está cantado em português, está bem “esgalhado”, está muito bem acompanhado e é grátis. É New Max a solo e está muito bom.
Como ouvi em qualquer lado, para o dinheiro que as editoras dão, mais vale tocar muitas vezes ao vivo e ir buscar o dinheiro aos concertos e ao merchandising.
Aprovado!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Em Português II


Cantam em português, e bem. Têm um disco a sair hoje e podem ouvi-los aqui ou no site da antena 3. Ganharam um concurso de bandas de garagem e pelo que já ouvi, vale a pena dar-lhes atenção. Para primeiro trabalho, não está nada mal.

Divisão da Alegria


Isto de ser irmão mais velho, tem destas coisas. A minha entrada no mundo da música, começou, como com toda a gente, por aquilo que passava na rádio e pelas cassetes dos pais. Depois vêm as músicas da televisão e por fim, aquilo que os nossos amigos ouvem.
Eu tinha como principal influenciador, o meu vizinho do lado, mais velho que eu dois anos o que já lhe dava uma sabedoria musical superior. Então o que é que ouvíamos era composto por Iron Maiden, Led Zeppelin e os Marilion e alguns blues também. Isto numa época em que conhecer uma banda, implicava conhecer toda a história da banda e saber letras de cor e tudo o que envolve a banda que gostamos. Principalmente era um espírito de “o que nós gostamos é bom, o resto não vale nada”. Isto significava que tínhamos a obrigação de desdenhar as bandas que os outros gostavam, digamos que era uma militância de horizontes fechados.
Na escola secundária onde estudei, a divisão de “tribos” era feita por terras de onde eram naturais e também por gostos musicais. Já existiam alguns “vanguardistas”, que usavam as tradicionais cores, preto e branco, vinham ainda munidos de alfinetes iguais aos das fraldas dos bebés, que tinham um significado qualquer que já não me lembro. Tinham também os indispensáveis crachás com os nomes das bandas de preferência, havia um que usava um que dizia “Joy Division”. Perguntava-lhe eu com algum escárnio: Divisão da Alegria!!!!! Que é isso??????? , o rapaz, com a sua calma olímpica, lá ia dizendo que é uma banda inglesa que anda aí, por sinal muito boa. E eu na minha ignorância dizia que nunca, só curtia Metal e Marilion e mais nada.
O que vale é que esse fundamentalismo não durou muito tempo e finalmente comecei a ouvir essa banda fantástica, que é hoje provavelmente, a banda que eu mais gosto de todos os tempos.
A lição que tirei de aqui é que temos de ouvir antes de criticar.
Acompanhar a leitura a ouvir:
Iron Maiden – Live after death (album)
Led Zeppelin – Stairway to heaven (single)
Marillion – Todos os discos em que cantou o Fish
Joy Division – Todos os discos.