O Castelo de Leiria engalanou-se para receber, pela segunda vez, durante os três dias que finalizaram o sétimo mês do décimo primeiro ano do segundo milénio uma tribo de invasores vinda de todas as terras míticas da velha Europa. Tudo foi preparado pelos membros da Fade In, uma associação de culturais benfeitores, que há onze anos se têm dedicado à causa nobre da divulgação cultural, com predominância musical.
Como rótulo para o evento foi escolhido o termo de “Festival Gótico”, o único que se realiza nas nossas terras lusas. Tal contribuiu para que nos, cuidadosamente escolhidos, trajes dos invasores, predominasse um negro capaz de iluminar a noite.
Dividiram por três, os locais escolhidos para as reuniões entre os aqueles que traziam a sua arte para apresentar e aqueles que se deslocaram com o intuito de a apreciar. O inicio de cada dia deu-se pelo final da tarde na ruínas da Igreja da Pena. Depois, já com a lua a dar o seu contributo místico, continuavam as celebrações no Palco Alma, situado, verdadeiramente, entre as muralhas do castelo que pertenceu ao nosso rei poeta, tendo passado por este palco os projectos que mais teriam agradado a esse nosso rei, caso ainda ele cá vagueasse. No final da noite, descíamos até ao pátio da entrada, onde se encontrava o Palco Corpo, por onde a música que por lá passou apelava para o constante movimento do Corpo. Pelo meio ficavam as sandes de porco no espeto e os rissóis de leitão que acompanhados por copos de cerveja a preços bastante aceitáveis para os momentos que se vivem ajudavam a que plenitude dos sentidos fosse atingida.
Quanto ao efectivo motivo de todo este ritual, centraliza-se nos músicos que, para o efeito, foram convidados a estarem presentes.
As honras para a abertura foram dadas à dança das Ignis Fatuus Luna, um grupo nacional de Gothic Belly Dance, que deram às ruínas da capela o primeiro sinal do seu ressurgimento como espaço de celebração.
Aos Irfan coube-lhes abrir o Palco Alma, e que bem que o fizeram. Este agrupamento búlgaro, com dez anos de actividade, foi a primeira das estreias em palcos nacionais que o Entremuralhas deste ano proporcionou. Liderados pela voz angelical de Hristina Pipova, combinam a, já longa, tradição vocal búlgara (quem não se lembra de “Le Mystère des Voix Bulgares”?), com percussão tradicional medieval, string e sopro e viola da gamba. A sua música baseia-se numa mescla de influências musicais comuns na Bulgária, misturando a música medieval europeia, dos Balcãs e do Oriente Médio.
Com referência ficam ainda os Dead Can Dance e a voz de Lisa Gerard, que serão, certamente uma das principais influências, ou não interpretassem eles uma versão irrepreensível de “Svatba”. Boas memórias deixaram.
Os convidados seguintes foram os, já consagrados, Sol Invictus. A banda do grande britânico (no sentido literal e figurativo) Tony Wakeford, que nos trouxe o seu dark/neo folk, acompanhado de três elementos femininos (baixo, violino e percussões).
Wakeford que nos tem visitado com alguma regularidade, apresentou um concerto onde percorreu a sua já longa carreira pelo que não primou pela surpresa, mas antes, pelo prazer de escutar a partir da sua profunda voz, a amplitude poética e filosófica dos seus trabalhos.
Para finalizar a primeira noite, mais uma estreia em território luso, os britânicos NITZER EBB. Quase a celebrarem trinta anos de carreira, finalmente foi possível assistir a um espectáculo de Douglas McCarthy e Vaughan "Bon" Harris e o seu Electronic Body Music. As reminiscências de há duas décadas atrás voltaram a pairar e o corpo não conseguiu ficar quieto.
Texto e Fotos Gentilmente Cedidos por Ângelo Fernandes
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Entremuralhas 2011 - Dia 1
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segunda-feira, 29 de agosto de 2011
O Meu Paredes de Coura 2011
No passado dia 18 de Agosto tive o prazer de um breve reencontro com a bonita vila de Paredes de Coura e com o seu magnífico Festival.
Já não ia lá desde o ano 2000, deixei de ir a algumas edições porque mudaram o Festival para dias de semana e outras porque não tinha a chamada “guita” para lá ir. Desta vez, graças ao convite de um amigo, acabei por ir no dia em que o cartaz me agradava particularmente.
Tratava-se do dia que tinha as Warpaint, que tive o prazer de ver na primeira vez que vieram a Portugal, mais concretamente no ano passado no Festival Curvo em Aveiro, e que vinham agora pela segunda vez ao nosso país e os PULP que eram os cabeças de cartaz.
Com alguma luta contra o relógio consegui chegar ao recinto ainda mal as americanas tinham começado o seu concerto e de imediato pude confirmar que elas, apesar de só terem um EP e um álbum, já demonstram uma grande maturidade a tocar ao vivo e, tal como eu previa, deram um belíssimo concerto e conseguiram ainda mostrar que são mais que caras bonitas. Mais uma vez adorei a harmonia de vozes, o baixo a lembrar o “Disitegration” dos The Cure, e as guitarras a dar um ambiente “atmosférico” que combinou muito bem com o espaço envolvente.
Os Blonde Redhead foram a banda que se seguiu e que, embora não me tenham agradado particularmente, deram um concerto muito competente que conquistou a maioria do público que enchia o recinto.
Uma série de frases que iam sendo projectadas na frente de palco geraram uma espécie de diálogo com o público e serviram para comprovar a enorme expectativa que se sentia em relação ao concerto dos PULP.
Foi com “Do You Remember the First Time”, cantada em conjunto com o público, que começou um concerto cheio de dança, boas recordações e de momentos de autêntica celebração.
Mostrando ser um verdadeiro Mestre-de-Cerimónias, Jarvis Cocker foi sempre mantendo um diálogo bem-humorado com o público, no intervalo de quase todas as canções, Não faltou quase nada no desfile de canções que fazem parte da carreira da banda, “O.U.”, “Razzmatazz”, “Disco 2000” e “This is Hardcore” foram alguns dos pontos mais altos.
“Common People” aplaudido e cantado por todos desde o princípio ao fim, serviu para uma despedida personalizada e acabou o concerto deixando todos com um sorriso de satisfação nos lábios.
Aqui fica um vídeo encontrado no youtube que mostra esse grande final:
Ficou provado que os PULP são sinónimo de POP e que mesmo assim as suas canções continuam intemporais e muito interessantes.
Ficou também provado que Paredes de Coura é efectivamente o único Festival do País onde as pessoas vão para ouvir música. Não há nada melhor que estar naquele anfiteatro natural a desfrutar de boa música rodeado por uma enorme multidão composta maioritariamente por melómanos.
Fotos Gentilmente Cedidas por: Miguel Estima
Já não ia lá desde o ano 2000, deixei de ir a algumas edições porque mudaram o Festival para dias de semana e outras porque não tinha a chamada “guita” para lá ir. Desta vez, graças ao convite de um amigo, acabei por ir no dia em que o cartaz me agradava particularmente.
Tratava-se do dia que tinha as Warpaint, que tive o prazer de ver na primeira vez que vieram a Portugal, mais concretamente no ano passado no Festival Curvo em Aveiro, e que vinham agora pela segunda vez ao nosso país e os PULP que eram os cabeças de cartaz.
Com alguma luta contra o relógio consegui chegar ao recinto ainda mal as americanas tinham começado o seu concerto e de imediato pude confirmar que elas, apesar de só terem um EP e um álbum, já demonstram uma grande maturidade a tocar ao vivo e, tal como eu previa, deram um belíssimo concerto e conseguiram ainda mostrar que são mais que caras bonitas. Mais uma vez adorei a harmonia de vozes, o baixo a lembrar o “Disitegration” dos The Cure, e as guitarras a dar um ambiente “atmosférico” que combinou muito bem com o espaço envolvente.
Os Blonde Redhead foram a banda que se seguiu e que, embora não me tenham agradado particularmente, deram um concerto muito competente que conquistou a maioria do público que enchia o recinto.
Uma série de frases que iam sendo projectadas na frente de palco geraram uma espécie de diálogo com o público e serviram para comprovar a enorme expectativa que se sentia em relação ao concerto dos PULP.
Foi com “Do You Remember the First Time”, cantada em conjunto com o público, que começou um concerto cheio de dança, boas recordações e de momentos de autêntica celebração.
Mostrando ser um verdadeiro Mestre-de-Cerimónias, Jarvis Cocker foi sempre mantendo um diálogo bem-humorado com o público, no intervalo de quase todas as canções, Não faltou quase nada no desfile de canções que fazem parte da carreira da banda, “O.U.”, “Razzmatazz”, “Disco 2000” e “This is Hardcore” foram alguns dos pontos mais altos.
“Common People” aplaudido e cantado por todos desde o princípio ao fim, serviu para uma despedida personalizada e acabou o concerto deixando todos com um sorriso de satisfação nos lábios.
Aqui fica um vídeo encontrado no youtube que mostra esse grande final:
Ficou provado que os PULP são sinónimo de POP e que mesmo assim as suas canções continuam intemporais e muito interessantes.
Ficou também provado que Paredes de Coura é efectivamente o único Festival do País onde as pessoas vão para ouvir música. Não há nada melhor que estar naquele anfiteatro natural a desfrutar de boa música rodeado por uma enorme multidão composta maioritariamente por melómanos.
Fotos Gentilmente Cedidas por: Miguel Estima
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terça-feira, 23 de agosto de 2011
Noites Ritual 2011
Eis que finalmente chegamos a mais uma edição das Noites Ritual. Desta vez é uma edição especial pois trata-se, nada mais, nada menos que da Vigésima Edição.
Saúdo desde logo tamanha longevidade e a vontade que desde sempre os organizadores sempre tiveram para apoiarem bandas portuguesas.
Este ano o lema é Ritmo e Electricidade que vão alternando entre os dois dias e os dois palcos.
A novidade em relação a anos anteriores, é a cobrança de entradas ao preço simbólico de 3€ por noite, subindo o valor para 4€ se for para incluir o Late Night DJ's, outra novidade das Noites Ritual, que decorrerá no fim dos concertos dentro do Pavilhão Rosa Mota.
O programa deste ano, como sempre, é muito interessante. No meu caso particular, encontro bandas que ainda não tinha tido o prazer de ver ao vivo, tais como os Mind Da Gap, Dan Riverman, We Trust, Guta Naki e The Chargers, e outras que já vi e sei que vou adorar repetir.
Aqui fica o programa completo das noites com os respectivos horários:
SEXTA, 26 AGOSTO
21h30 – Dan Riverman [Palco Ritual]
22h05 – Linda Martini [Palco 1]
22h50 – We Trust [Palco Ritual]
23h25 – X‐Wife [Palco 1]
00h35 – Guta Naki [Palco Ritual]
01h10 – Zen [Palco 1]
02h30 – Beatbender [Pav. Rosa Mota – Ritual Late Night DJ’S]
04h00 – Dj Kitten [Pav. Rosa Mota – Ritual Late Night DJ’S]
SÁBADO, 27 AGOSTO
21h30 – The Chargers [Palco Ritual]
22h05 – Terrakota [Palco 1]
22h50 – The Underdogs [Palco Ritual]
23h25 – Mind da Gap [Palco 1]
00h35 – D3ö [Palco Ritual]
01h10 – Orelha Negra [Palco 1]
02h30 – 7 Magníficos [Pav. Rosa Mota – Ritual Late Night DJ’S]
Fora dos concertos há outras actividades nos Jardins do Palácio de Cristal, vamos ter a já habitual Feira Alternativa, Miss E@sy a Matrofonia Total que promete surpreender e a exposição fotográfica, que estou curiosíssimo para ver, "25 Anos - 25 Fotos" do Mestre António Melão, mais conhecido por Cameramen Metálico.
Apareçam pois ingredientes para duas noites bem passadas, não faltam!
Saúdo desde logo tamanha longevidade e a vontade que desde sempre os organizadores sempre tiveram para apoiarem bandas portuguesas.
Este ano o lema é Ritmo e Electricidade que vão alternando entre os dois dias e os dois palcos.
A novidade em relação a anos anteriores, é a cobrança de entradas ao preço simbólico de 3€ por noite, subindo o valor para 4€ se for para incluir o Late Night DJ's, outra novidade das Noites Ritual, que decorrerá no fim dos concertos dentro do Pavilhão Rosa Mota.
O programa deste ano, como sempre, é muito interessante. No meu caso particular, encontro bandas que ainda não tinha tido o prazer de ver ao vivo, tais como os Mind Da Gap, Dan Riverman, We Trust, Guta Naki e The Chargers, e outras que já vi e sei que vou adorar repetir.
Aqui fica o programa completo das noites com os respectivos horários:
SEXTA, 26 AGOSTO
21h30 – Dan Riverman [Palco Ritual]
22h05 – Linda Martini [Palco 1]
22h50 – We Trust [Palco Ritual]
23h25 – X‐Wife [Palco 1]
00h35 – Guta Naki [Palco Ritual]
01h10 – Zen [Palco 1]
02h30 – Beatbender [Pav. Rosa Mota – Ritual Late Night DJ’S]
04h00 – Dj Kitten [Pav. Rosa Mota – Ritual Late Night DJ’S]
SÁBADO, 27 AGOSTO
21h30 – The Chargers [Palco Ritual]
22h05 – Terrakota [Palco 1]
22h50 – The Underdogs [Palco Ritual]
23h25 – Mind da Gap [Palco 1]
00h35 – D3ö [Palco Ritual]
01h10 – Orelha Negra [Palco 1]
02h30 – 7 Magníficos [Pav. Rosa Mota – Ritual Late Night DJ’S]
Fora dos concertos há outras actividades nos Jardins do Palácio de Cristal, vamos ter a já habitual Feira Alternativa, Miss E@sy a Matrofonia Total que promete surpreender e a exposição fotográfica, que estou curiosíssimo para ver, "25 Anos - 25 Fotos" do Mestre António Melão, mais conhecido por Cameramen Metálico.
Apareçam pois ingredientes para duas noites bem passadas, não faltam!
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Festival Serra da Estrela 2011
O espaço idílico do Vale Glaciar do Zêzere, em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, acolhe a 5.ª Edição do Festival Serra da Estrela, a realizar-se nos dias 25, 26 e 27 de Agosto em Manteigas.
O recinto do SkiParque receberá um cartaz musical de luxo que contará com a seguinte programação:
Dia 25 de Agosto
ESPECTÁCULO DE ABERTURA DO FESTIVAL
21:30H - ORQUESTRA DE SOPROS «MÚSICA NOVA»
22:30H - VIRGEM SUTA
23:45H - SEAN RILEY & THE SLOWRIDERS
01:00H - AFTER HOURS: MARCELINHO DA LUA (Dj Set/Brasil) e CHERRY CHICK (Dj Set)
Dia 26 de Agosto
21:30H - ESCOLA DE MÚSICA DA BANDA UNIÃO
22:30H - OS PONTOS NEGROS
23:45H - OQUESTRADA
01:15H - TERATRON
02:20H - AFTER HOURS: CHERRY CHICKS (Dj Set) e DJ RUI VARGAS
Dia 27 de Agosto
21:30H - FREDDY LOCKS
22:30H - KUMPANIA ALGAZARRA
00:30H - GABRIEL O PENSADOR
02:15H - AFTER HOURS: CHERRY CHICKS (Dj Set) e DJ JOHNWAYNES
Encontram mais informação em: http://www.festivalserradaestrela.com/
O recinto do SkiParque receberá um cartaz musical de luxo que contará com a seguinte programação:
Dia 25 de Agosto
ESPECTÁCULO DE ABERTURA DO FESTIVAL
21:30H - ORQUESTRA DE SOPROS «MÚSICA NOVA»
22:30H - VIRGEM SUTA
23:45H - SEAN RILEY & THE SLOWRIDERS
01:00H - AFTER HOURS: MARCELINHO DA LUA (Dj Set/Brasil) e CHERRY CHICK (Dj Set)
Dia 26 de Agosto
21:30H - ESCOLA DE MÚSICA DA BANDA UNIÃO
22:30H - OS PONTOS NEGROS
23:45H - OQUESTRADA
01:15H - TERATRON
02:20H - AFTER HOURS: CHERRY CHICKS (Dj Set) e DJ RUI VARGAS
Dia 27 de Agosto
21:30H - FREDDY LOCKS
22:30H - KUMPANIA ALGAZARRA
00:30H - GABRIEL O PENSADOR
02:15H - AFTER HOURS: CHERRY CHICKS (Dj Set) e DJ JOHNWAYNES
Encontram mais informação em: http://www.festivalserradaestrela.com/
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segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Mão Morta em Sever do Vouga
“e eis que, sem contar, em Sever do Vouga demos um dos melhores concertos do ano…”
É assim que vem descrito, pelos próprios Mão Morta, na sua página de facebook, o concerto que deram no passado dia 5 de Agosto na Ficavouga.
Eu só posso concordar, quando cheguei ainda havia pouca gente no recinto, talvez porque tal como me aconteceu a mim, estavam embrenhados na descoberta do caminho – tão mal assinalado – para o novo recinto da Feira. Cheguei a recear que fosse um flop, mas com o aproximar da hora do início do concerto, a massa humana foi aumentando até o recinto ficar muito bem composto, ainda por cima com bastantes admiradores da banda de Braga que completou recentemente os 25 anos de carreira.
Vi-os pela última vez nas Noites Ritual de 2009, mesmo que não tivessem temas novos, ia vê-los à mesma, mas também estava curioso para ver ao vivo como ficavam encaixados os temas do “Pesadelo em Peluche”, álbum editado no ano passado.
Foi “Tiago Capitão”, tema que encerra o álbum, que abriu as hostilidades, de imediato o público foi-se chegando à frente para a noite que ia ser de celebração.
“Tu Disseste”, incluído no “Primavera de Destroços” de 2001, fez o seguimento perfeito, “Destilo Ódio” trouxe à memória “Corações Felpudos”, o segundo disco da banda, “Charles Manson” de “O.D., Rainha do Rock & Crawl”, disco de 91, mostrou ter ainda uma enorme actualidade. “Véus Caídos” incluído na primeira cassete do grupo fez a sua aparição e continuou a remexer nas agradáveis memórias musicais de muitos dos presentes. “Fazer de Morto” e “Novelos de Paixão”, trouxeram-nos de volta ao álbum de 2010, logo seguidos de “Berlim” e "Paris”, curiosamente as capitais da Europa que nos têm tramado ultimamente, representaram “Mutantes S.21”, provavelmente o álbum que mais popularizou a banda. “Teoria da Conspiração”, próximo single a ser extraído de “Pesadelo em Peluche”, surgiu como que a adivinhar futuros acontecimentos nalgumas cidades da Europa e do Mundo.
Ainda tivemos direito a “Escravos do Desejo” tema que faz parte de “Vénus em Chamas”, álbum de 1994 que surgiu na ressaca do sucesso de “Mutantes”, “Vamos Fugir” veio lembrar o álbum que mais gosto (caso fosse obrigado a escolher só um) desta banda – “Há já Muito Tempo que o ar Nesta Latrina se Tornou Irrespirável”.
“E Se Depois” fez-me voltar novamente às primeiras memórias que tenho do grupo, já lá vão alguns anos. A fechar com chave de ouro veio “1º de Novembro” com o público a acompanhar o “lalala” que abre a canção e que também serviu para ajudar a exigir o encore que veio com “Tetas da Alienação” que fechou um excelente concerto cuja única falha que se pode apontar é ter sido curto.
Mais um concerto de Mão Morta que vai ficar para sempre na minha memória, é incrível como esta banda que acompanho há tantos anos, consegue manter o meu interesse e o interesse de tantos outros.
Só espero ter o prazer de os ver ainda mais vezes, uma banda assim não pode acabar, nunca.
Que venham mais 25!
É assim que vem descrito, pelos próprios Mão Morta, na sua página de facebook, o concerto que deram no passado dia 5 de Agosto na Ficavouga.
Eu só posso concordar, quando cheguei ainda havia pouca gente no recinto, talvez porque tal como me aconteceu a mim, estavam embrenhados na descoberta do caminho – tão mal assinalado – para o novo recinto da Feira. Cheguei a recear que fosse um flop, mas com o aproximar da hora do início do concerto, a massa humana foi aumentando até o recinto ficar muito bem composto, ainda por cima com bastantes admiradores da banda de Braga que completou recentemente os 25 anos de carreira.
Vi-os pela última vez nas Noites Ritual de 2009, mesmo que não tivessem temas novos, ia vê-los à mesma, mas também estava curioso para ver ao vivo como ficavam encaixados os temas do “Pesadelo em Peluche”, álbum editado no ano passado.
Foi “Tiago Capitão”, tema que encerra o álbum, que abriu as hostilidades, de imediato o público foi-se chegando à frente para a noite que ia ser de celebração.
“Tu Disseste”, incluído no “Primavera de Destroços” de 2001, fez o seguimento perfeito, “Destilo Ódio” trouxe à memória “Corações Felpudos”, o segundo disco da banda, “Charles Manson” de “O.D., Rainha do Rock & Crawl”, disco de 91, mostrou ter ainda uma enorme actualidade. “Véus Caídos” incluído na primeira cassete do grupo fez a sua aparição e continuou a remexer nas agradáveis memórias musicais de muitos dos presentes. “Fazer de Morto” e “Novelos de Paixão”, trouxeram-nos de volta ao álbum de 2010, logo seguidos de “Berlim” e "Paris”, curiosamente as capitais da Europa que nos têm tramado ultimamente, representaram “Mutantes S.21”, provavelmente o álbum que mais popularizou a banda. “Teoria da Conspiração”, próximo single a ser extraído de “Pesadelo em Peluche”, surgiu como que a adivinhar futuros acontecimentos nalgumas cidades da Europa e do Mundo.
Ainda tivemos direito a “Escravos do Desejo” tema que faz parte de “Vénus em Chamas”, álbum de 1994 que surgiu na ressaca do sucesso de “Mutantes”, “Vamos Fugir” veio lembrar o álbum que mais gosto (caso fosse obrigado a escolher só um) desta banda – “Há já Muito Tempo que o ar Nesta Latrina se Tornou Irrespirável”.
“E Se Depois” fez-me voltar novamente às primeiras memórias que tenho do grupo, já lá vão alguns anos. A fechar com chave de ouro veio “1º de Novembro” com o público a acompanhar o “lalala” que abre a canção e que também serviu para ajudar a exigir o encore que veio com “Tetas da Alienação” que fechou um excelente concerto cuja única falha que se pode apontar é ter sido curto.
Mais um concerto de Mão Morta que vai ficar para sempre na minha memória, é incrível como esta banda que acompanho há tantos anos, consegue manter o meu interesse e o interesse de tantos outros.
Só espero ter o prazer de os ver ainda mais vezes, uma banda assim não pode acabar, nunca.
Que venham mais 25!
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Toques do Caramulo no Agitágueda
Foi no passado dia 23 de Julho no Agitágueda que finalmente, os Toques do Caramulo, apresentaram o seu segundo álbum “Retoques”, às gentes da sua terra que corresponderam enchendo o recinto só para os ver.
Era também a primeira vez que eu os ia ver e estava curiosíssimo, já vi vários vídeos dos Toques e tenho os dois discos que editaram, mas faltava-me mesmo ver que tal são “ao perto”.
As “hostilidades” abriram com “Ar que Lhe Deu”, tema que também abre o disco, desde os primeiros acordes, deu para ver que ia ser uma noite a não esquecer, a boa música e a boa disposição salta do palco e contagia todos os presentes. É uma alegria ver o “toque” de modernidade que os Toques do Caramulo dão a temas que vêm da Serra com o mesmo nome, alguns deles já bem antigos, mas ainda presentes na memória de algumas das pessoas de mais idade, presentes no público.
Depois veio “Ó Pedras da Calçada” seguido de “Olha Para a Água”, pelo meio, Luís Fernandes que além de grande músico, não desfazendo do Aníbal, da Lara, do Francisco, do Miguel e do Ricardo, é também um “Mestre de Cerimónias” do melhor. Varias vezes vai falando das músicas que vão tocando, sempre com grandes doses de bom humor e ao mesmo tempo, ensinando a quem quer aprender.
“Duas Libras”, "Fala-me Rosa” e “Ai que Riso”, foram os temas que se seguiram. Gostei, também de ver a maneira como todos os músicos vão “dialogando” uns com os outros através dos seus instrumentos, fazem-no de tal forma que até parece fácil tocar assim.
“Já Vou Chegando à Serra”, “A Água que o Rio Leva” e “Senhora do Livramento” continuaram o desfile, depois veio então o “Trigueirinha” que é uma espécie de “hit single” em que nos momentos mais acelerados não deixa ninguém parado, “Laranjinha” e “Real Caninha” acabaram o concerto em apoteose com todos os músicos, excepto o baterista que tinha de ficar em palco a manter o ritmo, a tocar em cima do balcão de um dos bares do recinto, aumentando ainda mais a sensação de festa.
O encore foi amplamente exigido e para acabar ainda mais em alta vieram tocar “O Lugar de Maceira” e “Dobadoira”, canção que pôs toda a gente a “dobar”, num final muito interactivo e alegre.
Acabei a noite com a certeza que valeu mesmo a pena ter ido a Águeda para ver os Toques do Caramulo.
Gostei tanto que já no próximo sábado dia 13 Agosto, vou até à Praia da Barra para os ver novamente.
Era também a primeira vez que eu os ia ver e estava curiosíssimo, já vi vários vídeos dos Toques e tenho os dois discos que editaram, mas faltava-me mesmo ver que tal são “ao perto”.
As “hostilidades” abriram com “Ar que Lhe Deu”, tema que também abre o disco, desde os primeiros acordes, deu para ver que ia ser uma noite a não esquecer, a boa música e a boa disposição salta do palco e contagia todos os presentes. É uma alegria ver o “toque” de modernidade que os Toques do Caramulo dão a temas que vêm da Serra com o mesmo nome, alguns deles já bem antigos, mas ainda presentes na memória de algumas das pessoas de mais idade, presentes no público.
Depois veio “Ó Pedras da Calçada” seguido de “Olha Para a Água”, pelo meio, Luís Fernandes que além de grande músico, não desfazendo do Aníbal, da Lara, do Francisco, do Miguel e do Ricardo, é também um “Mestre de Cerimónias” do melhor. Varias vezes vai falando das músicas que vão tocando, sempre com grandes doses de bom humor e ao mesmo tempo, ensinando a quem quer aprender.
“Duas Libras”, "Fala-me Rosa” e “Ai que Riso”, foram os temas que se seguiram. Gostei, também de ver a maneira como todos os músicos vão “dialogando” uns com os outros através dos seus instrumentos, fazem-no de tal forma que até parece fácil tocar assim.
“Já Vou Chegando à Serra”, “A Água que o Rio Leva” e “Senhora do Livramento” continuaram o desfile, depois veio então o “Trigueirinha” que é uma espécie de “hit single” em que nos momentos mais acelerados não deixa ninguém parado, “Laranjinha” e “Real Caninha” acabaram o concerto em apoteose com todos os músicos, excepto o baterista que tinha de ficar em palco a manter o ritmo, a tocar em cima do balcão de um dos bares do recinto, aumentando ainda mais a sensação de festa.
O encore foi amplamente exigido e para acabar ainda mais em alta vieram tocar “O Lugar de Maceira” e “Dobadoira”, canção que pôs toda a gente a “dobar”, num final muito interactivo e alegre.
Acabei a noite com a certeza que valeu mesmo a pena ter ido a Águeda para ver os Toques do Caramulo.
Gostei tanto que já no próximo sábado dia 13 Agosto, vou até à Praia da Barra para os ver novamente.
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terça-feira, 9 de agosto de 2011
St Culterra 2011 - Dia 2
Na 2ª noite de concertos do Festival St Culterra’11, pouco depois das 21h30 sobem ao palco os Hot Pink Abuse. Banda inicialmente composta por: Vítor J. Moreira, Geraldo Eanes e Miss Tish e que se estreou precisamente neste Festival na edição de 2008 com o seu álbum: “Nowadays” e que actualmente conta com uma nova vocalista: Rebecca Moradalizadeh e com Ricardo Neto na bateria.
Apenas conhecia dois ou três temas, mas era o "Hit Me And Run", que há muito me despertava o interesse.
Foi um concerto cheio de pop e sobretudo de muita electrónica e vários eram os que ali estavam a desfrutar da música, mas eu pessoalmente, continuo a preferir apenas aquele tema.
http://www.myspace.com/hotpinkabuse http://facebook.com/hotpinkabuse
As pessoas que aos poucos ia chegando distribuíam-se entre a frente do palco e as bancadas, o que não dava para conseguir ter uma noção precisa da quantidade de público ali presente.
A noite prossegue com mais um concerto e ouvem-se os primeiros acordes dos The Eleanors, uma banda Rock da Maia, com um Ep editado em 2009 intitulado: “Back to lies and Tv shows” e composta por: Miguel Rizzo (voz e guitarra), Hugo Marques (teclados), Tiago Barrigana (baixo) e Manuel Ferreira (bateria).
Encontrei esta frase no facebook da banda:
"Se ouvir as músicas apenas uma vez, nós garantimos que as vai cantar mais tarde. Este é o efeito dos The Eleanors. É rock, é movimento, é alegria e paixão." E sem dúvida que assim foi!
Além da boa presença em palco, as músicas têm um bom ritmo, as letras dão vontade de acompanhar e o público manifestava-se com agrado. Foram para mim uma agradável surpresa e parecia serem já muitos os conhecedores deste projecto.
Gostei bastante do concerto e comprovo o efeito, pois todas as músicas que gravei, canto-as (ou pelo menos tento)
http://www.theeleanors.com http://www.myspace.com/theeleanorsofficial
Já com uma plateia maior, começa o que para a maioria seria o concerto esperado The Chameleons Vox.
A 2ª banda internacional do Festival e mais uma estreia para mim.
Os ChameleonsVox são: Mark Burgess, baixista, vocalista e letrista da banda dos anos 80 “The Chameleons” (UK) terminada em 2003, que juntamente com outros músicos tem como objectivo manter vivas as músicas da banda original.
Se dúvidas haviam quanto à qualidade desta banda, para mim, que sou um pouco céptica em relação a estes revivalismos, dado algumas desilusões, essas rapidamente se desfizeram.
Este é um dos exemplos em que o tempo passa, mas a idade só prova experiencia e embora com outra formação a qualidade está toda lá:
a qualidade vocal, a presença em palco e os músicos de excelência fizeram as delícias do público.
Houve um momento em que Mark Burgess de joelhos e enquanto se balançava ao som da música que começava, admirava toda a plateia e a saudava. Um encore (e não apenas de uma música) não foi o suficiente e afirmações como: “Thank you very much all of you”…,”…very special place, special country” e “fantastic place, fantastic people…”, foram feitas de braços abertos e acompanhadas por um grande sorriso!
http://www.chameleonsvox.co.uk
De salientar a qualidade do local, felicitar os responsáveis pelo Festival por toda a organização e pelas bandas que ali levam.
Este ano optaram por menos bandas e por dois nomes internacionais, mas foi um festival com a grande qualidade habitual!
Gostava também de referir o aspecto que achei menos positivo, que foi a nível de som.
Nas edições de 2009 e de 2010 achei o som muito superior.
Nestas duas noites notaram-se algumas falhas em praticamente todos os concertos e embora na 2ª noite o som já estivesse muito melhor, mantinha-se demasiado alto; em algumas bandas retirava-lhes até alguma qualidade e só parecia aceitável nas bancadas. Com o palco naquele local a distancia entre este e as mesmas era bastante, o que não seria de todo agradável para as bandas estarem a tocar para um público assim tão retirado, já para não falar da minha “aversão” a concertos sentados, sobretudo com bandas nestes estilos musicais!
Esperamos pela edição de 2012, com muito boa música.
Texto e Fotos de: Maria João de Sousa
Apenas conhecia dois ou três temas, mas era o "Hit Me And Run", que há muito me despertava o interesse.
Foi um concerto cheio de pop e sobretudo de muita electrónica e vários eram os que ali estavam a desfrutar da música, mas eu pessoalmente, continuo a preferir apenas aquele tema.
http://www.myspace.com/hotpinkabuse http://facebook.com/hotpinkabuse
As pessoas que aos poucos ia chegando distribuíam-se entre a frente do palco e as bancadas, o que não dava para conseguir ter uma noção precisa da quantidade de público ali presente.
A noite prossegue com mais um concerto e ouvem-se os primeiros acordes dos The Eleanors, uma banda Rock da Maia, com um Ep editado em 2009 intitulado: “Back to lies and Tv shows” e composta por: Miguel Rizzo (voz e guitarra), Hugo Marques (teclados), Tiago Barrigana (baixo) e Manuel Ferreira (bateria).
Encontrei esta frase no facebook da banda:
"Se ouvir as músicas apenas uma vez, nós garantimos que as vai cantar mais tarde. Este é o efeito dos The Eleanors. É rock, é movimento, é alegria e paixão." E sem dúvida que assim foi!
Além da boa presença em palco, as músicas têm um bom ritmo, as letras dão vontade de acompanhar e o público manifestava-se com agrado. Foram para mim uma agradável surpresa e parecia serem já muitos os conhecedores deste projecto.
Gostei bastante do concerto e comprovo o efeito, pois todas as músicas que gravei, canto-as (ou pelo menos tento)
http://www.theeleanors.com http://www.myspace.com/theeleanorsofficial
Já com uma plateia maior, começa o que para a maioria seria o concerto esperado The Chameleons Vox.
A 2ª banda internacional do Festival e mais uma estreia para mim.
Os ChameleonsVox são: Mark Burgess, baixista, vocalista e letrista da banda dos anos 80 “The Chameleons” (UK) terminada em 2003, que juntamente com outros músicos tem como objectivo manter vivas as músicas da banda original.
Se dúvidas haviam quanto à qualidade desta banda, para mim, que sou um pouco céptica em relação a estes revivalismos, dado algumas desilusões, essas rapidamente se desfizeram.
Este é um dos exemplos em que o tempo passa, mas a idade só prova experiencia e embora com outra formação a qualidade está toda lá:
a qualidade vocal, a presença em palco e os músicos de excelência fizeram as delícias do público.
Houve um momento em que Mark Burgess de joelhos e enquanto se balançava ao som da música que começava, admirava toda a plateia e a saudava. Um encore (e não apenas de uma música) não foi o suficiente e afirmações como: “Thank you very much all of you”…,”…very special place, special country” e “fantastic place, fantastic people…”, foram feitas de braços abertos e acompanhadas por um grande sorriso!
http://www.chameleonsvox.co.uk
De salientar a qualidade do local, felicitar os responsáveis pelo Festival por toda a organização e pelas bandas que ali levam.
Este ano optaram por menos bandas e por dois nomes internacionais, mas foi um festival com a grande qualidade habitual!
Gostava também de referir o aspecto que achei menos positivo, que foi a nível de som.
Nas edições de 2009 e de 2010 achei o som muito superior.
Nestas duas noites notaram-se algumas falhas em praticamente todos os concertos e embora na 2ª noite o som já estivesse muito melhor, mantinha-se demasiado alto; em algumas bandas retirava-lhes até alguma qualidade e só parecia aceitável nas bancadas. Com o palco naquele local a distancia entre este e as mesmas era bastante, o que não seria de todo agradável para as bandas estarem a tocar para um público assim tão retirado, já para não falar da minha “aversão” a concertos sentados, sobretudo com bandas nestes estilos musicais!
Esperamos pela edição de 2012, com muito boa música.
Texto e Fotos de: Maria João de Sousa
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segunda-feira, 8 de agosto de 2011
St Culterra 2011 - Dia 1
Depois de ter descoberto o ST Culterra no ano passado, este ano não podia deixar de ir. Mesmo com um formato um pouco diferente, menos um palco e menos três bandas por noite, o programa era bastante atractivo.
Na primeira noite a abertura coube aos Madame Godard, banda de Viana do Castelo, composta por Juvenal Vieira na Voz e Theremin, Pedro Amaro nas Guitarras e Tompete, Paulo Oliveira nas Teclas e Violino, Paulo Gonçalves no Baixo e José Ribeiro na Bateria, que se eu tiver de classificar a sua música, terei de dizer que é uma espécie de Pop-Rock-Indie muito divertida e “enxuta”. Têm um EP, “Aurora” editado pela Optimus Discos e no ano passado lançaram o álbum “Galapagos”.
Eu só conhecia o EP de onde se destacava o tema “Love is Poker” e o single, “Atlas 1977” do primeiro álbum, que não faltaram no alinhamento. A minha surpresa veio de uma excelente versão de “Spanish Bombs” dos The Clash que aqui quase parece um original dos Madame Godard, o que eu acho que é o melhor que se deve dizer duma versão.
Além destes temas ainda houve tempo para apresentarem duas canções novas e “Ok for Ko” e mais um tema no final, do qual não sei o nome.
O concerto, infelizmente, foi curto, mas durou o tempo suficiente para eu ficar fã e com vontade de os ver mais vezes ao vivo.
A segunda banda da noite foram os Utter, banda de Braga que veio rodar “Empty Space”, o seu mais recente álbum. Notei que já são seguidos já por muitos fãs que os apoiam e gostam bastante do seu som inspirado em bandas como os Dead Can Dance, Radiohead e Sigur Rós. Os Utter souberam corresponder ao apoio dos seus seguidores e deram um concerto competente que agradou à maioria dos presentes.
Os Shout Out Louds eram os cabeças de cartaz e vieram até Santo Tirso espalhar boa música, simpatia e ao mesmo tempo mostrar que são muito mais que “a banda da canção do anúncio dos telemóveis”. Com uma carreira que já vem de 2003 e com três álbuns editados, não lhes faltou matéria-prima para darem um grande concerto.
Com muito mais gente a vê-los que no início da noite, os Suecos conseguiram deixar toda a gente cativada com a sua Indie Pop agradável que faz lembrar muitas bandas que todos nós conhecemos e que nos têm acompanhado ao longo dos anos.
Não posso deixar de agradecer à 1Bigo pela enorme ajuda que tem dado a este blog e ao Miguel Pereira pela cedência da foto dos Utter.
Na primeira noite a abertura coube aos Madame Godard, banda de Viana do Castelo, composta por Juvenal Vieira na Voz e Theremin, Pedro Amaro nas Guitarras e Tompete, Paulo Oliveira nas Teclas e Violino, Paulo Gonçalves no Baixo e José Ribeiro na Bateria, que se eu tiver de classificar a sua música, terei de dizer que é uma espécie de Pop-Rock-Indie muito divertida e “enxuta”. Têm um EP, “Aurora” editado pela Optimus Discos e no ano passado lançaram o álbum “Galapagos”.
Eu só conhecia o EP de onde se destacava o tema “Love is Poker” e o single, “Atlas 1977” do primeiro álbum, que não faltaram no alinhamento. A minha surpresa veio de uma excelente versão de “Spanish Bombs” dos The Clash que aqui quase parece um original dos Madame Godard, o que eu acho que é o melhor que se deve dizer duma versão.
Além destes temas ainda houve tempo para apresentarem duas canções novas e “Ok for Ko” e mais um tema no final, do qual não sei o nome.
O concerto, infelizmente, foi curto, mas durou o tempo suficiente para eu ficar fã e com vontade de os ver mais vezes ao vivo.
A segunda banda da noite foram os Utter, banda de Braga que veio rodar “Empty Space”, o seu mais recente álbum. Notei que já são seguidos já por muitos fãs que os apoiam e gostam bastante do seu som inspirado em bandas como os Dead Can Dance, Radiohead e Sigur Rós. Os Utter souberam corresponder ao apoio dos seus seguidores e deram um concerto competente que agradou à maioria dos presentes.
Os Shout Out Louds eram os cabeças de cartaz e vieram até Santo Tirso espalhar boa música, simpatia e ao mesmo tempo mostrar que são muito mais que “a banda da canção do anúncio dos telemóveis”. Com uma carreira que já vem de 2003 e com três álbuns editados, não lhes faltou matéria-prima para darem um grande concerto.
Com muito mais gente a vê-los que no início da noite, os Suecos conseguiram deixar toda a gente cativada com a sua Indie Pop agradável que faz lembrar muitas bandas que todos nós conhecemos e que nos têm acompanhado ao longo dos anos.
Não posso deixar de agradecer à 1Bigo pela enorme ajuda que tem dado a este blog e ao Miguel Pereira pela cedência da foto dos Utter.
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domingo, 7 de agosto de 2011
Chico Trujillo no Festim
Os Chico Trujillo são responsáveis pela revitalização da Cumbia no Chile, ao fenómeno deram o nome de Nova Cumbia Chilena e foi adoptada por muitas bandas de jovens, no seu País.
A mistura de Cumbia, Bolero, Balada, Ska, Reggae e Rock agrada de tal maneira que a música desta banda se tornou indispensável em qualquer festa chilena, quer seja uma festa universitária ou uma festa popular de verão a sua aceitação é transversal.
Sobre este sucesso, Aldo Asenjo, o líder da banda, dizia como isto: ”Um Amigo dizia-me que Chico Trujillo era a desculpa perfeita para que um Rockeiro se meta a tocar Cumbia. Pode trazer ao Rock toda a liberdade, alegria, dança e melodia. Essa é a chave!”
Foi mesmo essa alegria que eles trouxeram a Águeda, no passado dia 21 de Julho, para o penúltimo concerto do Festim. A banda é composta por excelentes músicos que debitam ritmos a uma velocidade estonteante.
À alegria contagiante e ao apelo da dança que vinham do palco, foi impossível ficar indiferente, o público de Águeda ficou completamente rendido ao espectáculo que os chilenos apresentaram e o espírito de festa foi uma constante.
Mais uma vez a organização do Festim acertou “na mouche” ao convidar esta banda para o seu/nosso Festival.
Agora a fasquia de qualidade para o Festim do próximo ano ficou ainda mais alta, mas tenho a certeza que a D’Orfeu vai saber corresponder às exigências.
A mistura de Cumbia, Bolero, Balada, Ska, Reggae e Rock agrada de tal maneira que a música desta banda se tornou indispensável em qualquer festa chilena, quer seja uma festa universitária ou uma festa popular de verão a sua aceitação é transversal.
Sobre este sucesso, Aldo Asenjo, o líder da banda, dizia como isto: ”Um Amigo dizia-me que Chico Trujillo era a desculpa perfeita para que um Rockeiro se meta a tocar Cumbia. Pode trazer ao Rock toda a liberdade, alegria, dança e melodia. Essa é a chave!”
Foi mesmo essa alegria que eles trouxeram a Águeda, no passado dia 21 de Julho, para o penúltimo concerto do Festim. A banda é composta por excelentes músicos que debitam ritmos a uma velocidade estonteante.
À alegria contagiante e ao apelo da dança que vinham do palco, foi impossível ficar indiferente, o público de Águeda ficou completamente rendido ao espectáculo que os chilenos apresentaram e o espírito de festa foi uma constante.
Mais uma vez a organização do Festim acertou “na mouche” ao convidar esta banda para o seu/nosso Festival.
Agora a fasquia de qualidade para o Festim do próximo ano ficou ainda mais alta, mas tenho a certeza que a D’Orfeu vai saber corresponder às exigências.
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quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Frankie Chavez - Family Tree
Depois do excelente EP lançado gratuitamente, via Optimus Discos, era hora de dar o passo para algo maior e “sem medos”, Frankie Chavez assim o fez, em Maio lançou “Family Tree”, nome do seu álbum de estreia.
Ao vivo normalmente o Frankie toca sozinho, mas no disco teve várias pessoas que o acompanharam e ajudaram a fazer um grande disco. António Fontes no Órgão Hammond, Filipe Rocha, Kalu e Sérgio Nascimento tocam bateria nalguns temas, Nuno Quartin na Blues Harp, Zé Maria Gonçalves no Saxofone e no Piano Rhodes e, "last but not the least", Emmy Curl na voz.
Do disco ouvem-se maioritariamente de blues, umas vezes com um toque de rock, outras um pouco mais calmas e suaves. São doze lindíssimos temas, dez originais e duas covers, uma do Gigante Robert Johnson, considerado o pai dos blues, e outra do não menos grande Black Francis, mentor dos Pixies, banda que encantou muito boa gente desde o final dos anos oitenta até início dos noventa.
É um disco que se pode ouvir todo seguido do princípio ao fim ou apenas seleccionando alguns temas conforme o “apetite”, é um disco que rema contra a maré daqueles que fazem um single ou dois e o resto fica um pouco para "encher", ou seja, “Family Tree” é mesmo um álbum na verdadeira acepção do termo.
O alinhamento das canções é o seguinte:
Airport Blues
Old Habits
I Believe I’ll Dust My Broom (a tal de Robert Johnson)
Dreams of a Rebel (que era a que eu escolheria para single)
Another Day
Whatever it takes
Family Tree
Ode to J
The Calling
The Devil Song
December 21st 2012
Hey (a tal dos Pixies que tem a belíssima voz da Emmy Curl a acompanhar)
Este disco deve ser ouvido vezes sem conta.
Posso garantir que mesmo sendo de Blues, não vai deixar ninguém triste.
A canção que dá nome ao disco foi a escolhida para single de apresentação, aqui fica o seu vídeo:
Ao vivo normalmente o Frankie toca sozinho, mas no disco teve várias pessoas que o acompanharam e ajudaram a fazer um grande disco. António Fontes no Órgão Hammond, Filipe Rocha, Kalu e Sérgio Nascimento tocam bateria nalguns temas, Nuno Quartin na Blues Harp, Zé Maria Gonçalves no Saxofone e no Piano Rhodes e, "last but not the least", Emmy Curl na voz.
Do disco ouvem-se maioritariamente de blues, umas vezes com um toque de rock, outras um pouco mais calmas e suaves. São doze lindíssimos temas, dez originais e duas covers, uma do Gigante Robert Johnson, considerado o pai dos blues, e outra do não menos grande Black Francis, mentor dos Pixies, banda que encantou muito boa gente desde o final dos anos oitenta até início dos noventa.
É um disco que se pode ouvir todo seguido do princípio ao fim ou apenas seleccionando alguns temas conforme o “apetite”, é um disco que rema contra a maré daqueles que fazem um single ou dois e o resto fica um pouco para "encher", ou seja, “Family Tree” é mesmo um álbum na verdadeira acepção do termo.
O alinhamento das canções é o seguinte:
Airport Blues
Old Habits
I Believe I’ll Dust My Broom (a tal de Robert Johnson)
Dreams of a Rebel (que era a que eu escolheria para single)
Another Day
Whatever it takes
Family Tree
Ode to J
The Calling
The Devil Song
December 21st 2012
Hey (a tal dos Pixies que tem a belíssima voz da Emmy Curl a acompanhar)
Este disco deve ser ouvido vezes sem conta.
Posso garantir que mesmo sendo de Blues, não vai deixar ninguém triste.
A canção que dá nome ao disco foi a escolhida para single de apresentação, aqui fica o seu vídeo:
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quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Ficavouga 2011
Começa hoje mais uma edição da Ficavouga que vai decorrer na Zona Industrial dos Padrões em Sever do Vouga.
O programa musical é variado e atractivo, senão vejamos:
Hoje - Concurso de Bandas de Garagem com entrada livre
Dia 4 - Grande Noite de Fados - entrada a 1,5€
Dia 5 - Mão Morta - entrada a 1,5€
Dia 6 - David Fonseca - entrada a 2,5€
Dia 7 - Aurea - entrada a 1,5€
Entradas bastante acessíveis e atracções musicais para todos os gostos, enquanto isso Aveiro (Capital de Distrito) vai fazendo, com todo os respeito pelos músicos, umas "coisitas" com músicos da terra e pouco mais, na Farav.
Eu vou até Sever no dia 5 para ver os grandes Mão Morta que já não vejo desde as Noites Ritual de 2009.
Para ilustrar deixo aqui o video completo do single do álbum do ano passado "Pesadelo em Peluche"
O programa musical é variado e atractivo, senão vejamos:
Hoje - Concurso de Bandas de Garagem com entrada livre
Dia 4 - Grande Noite de Fados - entrada a 1,5€
Dia 5 - Mão Morta - entrada a 1,5€
Dia 6 - David Fonseca - entrada a 2,5€
Dia 7 - Aurea - entrada a 1,5€
Entradas bastante acessíveis e atracções musicais para todos os gostos, enquanto isso Aveiro (Capital de Distrito) vai fazendo, com todo os respeito pelos músicos, umas "coisitas" com músicos da terra e pouco mais, na Farav.
Eu vou até Sever no dia 5 para ver os grandes Mão Morta que já não vejo desde as Noites Ritual de 2009.
Para ilustrar deixo aqui o video completo do single do álbum do ano passado "Pesadelo em Peluche"
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Intercéltico de Sendim 2011
É com muita pena minha que este ano não vou poder ir a Sendim, o programa do Festival Intercéltico está muito bom.
Infelizmente não vou ter o prazer de desfrutar de uns dias pelas Terras de Miranda a ouvir boa música para alimentar o espírito, conviver com boa gente para alimentar a alma e comer a bela posta que deixa o corpo bem alimentado.
Deixo aqui duas músicas de duas bandas que vão estar em Sendim
Os Altan:
e A Barca dos Castiços:
Fica o meu desejo de ir no próximo ano e de que todos os meus amigos que costumo encontrar por lá, se divirtam como sempre.
Infelizmente não vou ter o prazer de desfrutar de uns dias pelas Terras de Miranda a ouvir boa música para alimentar o espírito, conviver com boa gente para alimentar a alma e comer a bela posta que deixa o corpo bem alimentado.
Deixo aqui duas músicas de duas bandas que vão estar em Sendim
Os Altan:
e A Barca dos Castiços:
Fica o meu desejo de ir no próximo ano e de que todos os meus amigos que costumo encontrar por lá, se divirtam como sempre.
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segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Manu Chao no Marés Vivas
Em 90 veio a Portugal com os saudosos Mano Negra para uma série de concertos partilhados com os Xutos & Pontapés, em 2001 foram as Festas de Lisboa que o receberam acompanhado pela Radio Bemba Soundsystem, em 2002 foi o Festival de Vilar de Mouros, concerto a que tive o prazer de assistir, em 2007 foi a vez do Festival Sudoeste e finalmente no passado dia 14 de Julho veio até ao Festival Marés Vivas em Vila Nova de Gaia.
Desta vez Manu Chao veio acompanhado de La Ventura, banda competentíssima, composta por Madjid Fahem na guitarra, Gambeat no baixo, ambos Radio Bemba e Philippe “Garbancito” Teboul na bateria que colabora no “Best Of” dos Mano Negra.
É claro que eu e mais 24999 almas não podíamos faltar, nem que fosse só para mostrar o quanto gostamos da sua música.
Já passava da uma e meia quando subiram ao palco, mas a espera compensou, desde os primeiros acordes deu para ver que nem nós nem eles, íamos ter descanso, eles eram as cabeças de cartaz e provaram-no. O ritmo foi imparável, as canções era conhecidas de todos e o apelo à dança, aos saltos e aos aplausos ritmados foi uma constante.
As canções mais conhecidas da carreira a solo de Manu não faltaram, “El Oyo”, “Politik Kills”, “Clandestino”, ovacionada e cantada por todos em coro, “La Primavera”, “Por El Suelo”, “La Vida Tombola”, dedicada a Diego Armando Maradona, “Lo Peor de La Rumba”, “Me Gustas Tu” não podia faltar. Ouviu-se também um pouco de "La Cosa" que veio acompanhado de uma dedicatória ao grande Tonino Carotone, também não faltou a referência ao enorme Bob Marley, com uma versão “esgalhadíssima” de “Iron, Lion, Zion”, ouviram-se também temas de Mano Negra como “Que Paso o Que Paso”, “King Kong Five" e "King of the Bongo”, as canções foram tantas e tão cadenciadas que não deu para decorar tudo.
A mensagem política é uma constante, embora me pareça que nem todos a percebam e embarquem só na parte da marijuana, esquecendo-se que se fala de fome, injustiça, emigração e guerra, mas sempre a acreditar que na próxima estação está a “Esperanza”.
A certa altura Manu avista uma Bandeira Galega (uma daquelas que têm uma risca azul celeste com uma estrela vermelha no meio) e grita a plenos pulmões “Galicia Presente!”, passado um bocado aparece a bandeira do México e lá sai um “México Presente!”, é depois disto que pergunta “e Portugal?”, foi quando a maioria dos vinte e cinco mil gritaram a mostrar que o nosso País estava presente, se é que houvesse dúvidas.
A terminar a actuação vai agradecendo a todos e batendo com o microfone no coração, como se fossem os seus batimentos e a mostrar que estávamos no seu coração. Ele também ficou no nosso.
Claro que o concerto não ia ficar por aí, ele e a sua banda ainda voltariam mais três ou quatro vezes ao palco.
Num dos encores foi cantado um tema em francês, dos tempos dos Mano Negra em que o público substituiu o trompete na perfeição, gritando um “Lolo, lolo, lolo, lolo, lololo” de plenos pulmões que serviu para mais um encore só com o publico a fazer aquele som e a banda a acompanhar.
A banda “deixou tudo” em palco e marcou para sempre todos os que estiveram naquele recinto. Eu só espero que o Manu Chao volte em breve para nos dar Esperança com a sua música…
Deixo um agradecimento especial à Imagem do Som e ao Hugo Sousa, pela cedência das fotos.
Desta vez Manu Chao veio acompanhado de La Ventura, banda competentíssima, composta por Madjid Fahem na guitarra, Gambeat no baixo, ambos Radio Bemba e Philippe “Garbancito” Teboul na bateria que colabora no “Best Of” dos Mano Negra.
É claro que eu e mais 24999 almas não podíamos faltar, nem que fosse só para mostrar o quanto gostamos da sua música.
Já passava da uma e meia quando subiram ao palco, mas a espera compensou, desde os primeiros acordes deu para ver que nem nós nem eles, íamos ter descanso, eles eram as cabeças de cartaz e provaram-no. O ritmo foi imparável, as canções era conhecidas de todos e o apelo à dança, aos saltos e aos aplausos ritmados foi uma constante.
As canções mais conhecidas da carreira a solo de Manu não faltaram, “El Oyo”, “Politik Kills”, “Clandestino”, ovacionada e cantada por todos em coro, “La Primavera”, “Por El Suelo”, “La Vida Tombola”, dedicada a Diego Armando Maradona, “Lo Peor de La Rumba”, “Me Gustas Tu” não podia faltar. Ouviu-se também um pouco de "La Cosa" que veio acompanhado de uma dedicatória ao grande Tonino Carotone, também não faltou a referência ao enorme Bob Marley, com uma versão “esgalhadíssima” de “Iron, Lion, Zion”, ouviram-se também temas de Mano Negra como “Que Paso o Que Paso”, “King Kong Five" e "King of the Bongo”, as canções foram tantas e tão cadenciadas que não deu para decorar tudo.
A mensagem política é uma constante, embora me pareça que nem todos a percebam e embarquem só na parte da marijuana, esquecendo-se que se fala de fome, injustiça, emigração e guerra, mas sempre a acreditar que na próxima estação está a “Esperanza”.
A certa altura Manu avista uma Bandeira Galega (uma daquelas que têm uma risca azul celeste com uma estrela vermelha no meio) e grita a plenos pulmões “Galicia Presente!”, passado um bocado aparece a bandeira do México e lá sai um “México Presente!”, é depois disto que pergunta “e Portugal?”, foi quando a maioria dos vinte e cinco mil gritaram a mostrar que o nosso País estava presente, se é que houvesse dúvidas.
A terminar a actuação vai agradecendo a todos e batendo com o microfone no coração, como se fossem os seus batimentos e a mostrar que estávamos no seu coração. Ele também ficou no nosso.
Claro que o concerto não ia ficar por aí, ele e a sua banda ainda voltariam mais três ou quatro vezes ao palco.
Num dos encores foi cantado um tema em francês, dos tempos dos Mano Negra em que o público substituiu o trompete na perfeição, gritando um “Lolo, lolo, lolo, lolo, lololo” de plenos pulmões que serviu para mais um encore só com o publico a fazer aquele som e a banda a acompanhar.
A banda “deixou tudo” em palco e marcou para sempre todos os que estiveram naquele recinto. Eu só espero que o Manu Chao volte em breve para nos dar Esperança com a sua música…
Deixo um agradecimento especial à Imagem do Som e ao Hugo Sousa, pela cedência das fotos.
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