quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Mário Costa – Oxy Patina


Disco apreciado por Miguel Estima

Ainda faltam quatro meses para o final de 2018 e começo por dizer que talvez seja o melhor disco de jazz que me chegou às mãos este ano. O Mário, moço de Viana do Castelo, que toca com gente graúda do jazz internacional, gravou na edição de 2017 no Festival Jazz na Praça da Erva em formato residência artística o seu primeiro disco de originais. A ele juntou-se o brilhante e cristalino guitarrista Marc Ducret e não menos talentoso e profícuo pianista Benoît Delbecq.
Nesta jornada de experimentação e fusão de ideias entre uma linha que poderia ser imaginada entre dois polos tão semelhantes e não menos ambíguos. Com o toque doce como uma bola de Berlim do Zé Natário ou a briza do Lima que por esses dias de Verão estaria calmo e ameno, tornando-se Viana uma fonte inegável de inspiração para toda a profusão de sonoridades que abundam no disco.
Daqueles discos que apetece ouvir, que se sente cada segundo como um momento único que vale por si, de uma forma única. Prevê-se uma longa e profícua jornada para o Mário que tão bem compôs este primeiro disco como leader.

Vilar de Mouros 2018 - Report

EDP Vilar de Mouros 2018 de 23 a 25 de Agosto
Reportagem de Miguel Estima

Desde que o Festival de Vilar de Mouros entrou numa nova vida, o Miguel Estima ainda não falhou uma edição, eis aqui a reportagem da edição de 2018.


Vilar de Mouros é um nome incontornável na música ao vivo em Portugal. E esta edição foi um bom exemplo daquilo que foi uma das melhores edições desde o recomeço em 2016. Claro que nem tudo são aspectos positivos, mas o festival está a crescer, e também a ganhar pontos em pequenos detalhes que fazem a diferença em relação a outros festivais congéneres.
Este ano uma das maiores surpresas com que me deparei foi o inicio do campismo e dos festivaleiros que começaram a vir mais cedo para o festival, existindo tendas já na terça-feira antes, e na quarta a zona de campismo já estava bastante composta.