Creio que todos sabem que o meu foco está sempre com a música de produção nacional. mas como não estou fechado para o mundo, vou acompanhando o que se passa "lá fora".
Este ano os "Monstros Sagrados" tiveram novos discos, chegou a haver um disco póstumo, e isso nota-se na minha lista.
Estes foram então os que mais me "tilitaram" o cérebro e o coração:
É unânime que o festival regressou em força este ano. Se
andou adormecido nas últimas edições a noite de sexta-feira confirmou uma
enorme enchente da aldeia e do recinto. Neste segundo dia, pelas 17h quando entrei
pela primeira vez no campismo, dei-me conta que este seria "O" dia de Vilar de Mouros, com os festivaleiros a acorreram em
massa, particularmente para assistirem ao regresso dos Skunk Anansie, que 19 anos depois, fizerem reviver memórias à juventudes mais
maduras.
É já próximo sábado, 3 de Agosto, pelas 21.30h, que vamos celebrar os Semeadores de Utopia ao som dos Couple Coffe.
José Afonso e Alípio de Freitas, vão ser homenageados de uma forma única e, seguramente, inesquecível.
A vossa presença é imprescindível.
Começo esta prosa por explicar que o festival decorre numa
ilha, e que o acesso ao festival se faz por barco. O bilhete para o festival
inclui o acesso de barco para o evento. É um festival diurno, de aforo muito
limitado, estão 800 pessoas na ilha incluindo a organização e músicos. É um
festival de pequeno formato.
Às vezes penso que não há mais nada para inventar, no que à música de inspiração tradicional diz respeito, depois aparecem-me discos como este "No Sótão da Vela", do talentosíssimo Quiné Teles e mudo logo a forma de pensar.
Sozinho no dito sótão, mas rodeado de excelentes colaborações, ele transforma o "velho" em novo e com uma criatividade inexcedível, dá uma nova e muito agradável roupagem a canções que já fizeram parte da vida de muita gente por este país fora.
Este disco é uma mostra de amor, amor pela história e tradição, amor pela inovação, enfim, amor pela música e pela vontade de surpreender.
"No Sótão da Velha" tem tudo para não agradar os "puristas", mas tem tudo para trazer para a descoberta da música tradicional, qualquer millenial que pense que pense que a vida nasceu depois do computador.
Tenho de agradecer ao Quiné, esta maravilhosa viagem por esta cultura que, mesmo muitas vezes menosprezada, é nossa.
Deixo aqui só um pequeno exemplo:
Tive o prazer de ver o João Berhan, a tocar ao vivo, há pouco mais de uma semana no Festival Rádio Faneca.
Em cima do palco, ora com guitarra acústica, ora com teclados, com alguma timidez mal disfarçada, foi-me cativando a cada desfilar de canções.
De início parecia uma soma de Luis Severo com B Fachada, influências não escondidas, a certa altura, somei-lhe o Sérgio Godinho, o Zeca Afonso e o Fausto, mas acabei por chegar à conclusão que o João Berhan, é o João Berhan.
O João é um verdadeiro mestre da arte de bem escrever nesta nossa, riquíssima, língua e este disco - "Roupa Nova" - é o seu melhor exemplo.
Em estúdio a sua música preenche-se com mais instrumentos, mas nem assim nos tiram o foco das magníficas palavras que entram nas suas canções.
Dá gosto ouvir discos assim, feitos com cuidado e tratados como filigrana. Dá ainda mais gosto ver a maneira como ele "descalça a bota", encaixando as palavras na música ou embrulhando a música com palavras.
No disco não se encontra referência à data da publicação, não sei se foi propositado, mas o facto é que as canções que lá vêm, são intemporais.
Daqui a muitos anos, poderemos continuar a ouvi-lo e não se vai encontrar nada que o faça datado.
Desafio todos os amantes de música e ouvi-lo e a deixarem-se conquistar, como eu fiquei conquistado.
A classificação que lhe dou é um Muito Bom, a caminho da excelência.
Venham mais maravilhas assim.
Nestes dias em que pegar num disco, colocá-lo no leitor de CD's e ouvir até ao fim, é quase um acto de rebeldia, têm, felizmente, surgido alguns projectos ou bandas que nos obrigam a cometer esse "quase crime".
"Homem Delírio" dos Um Corpo Estranho, é uma dessas obras. Como já disse noutros locais, isto é um álbum, no verdadeiro sentido do termo. Ele tem princípio meio e fim e conta uma história musical que agarra qualquer amante de boa música.
João Mota e Pedro Franco, continuam a surpreender com uma postura na música, muito pouco alinhada com os padrões actuais e fazem um disco que, quase me atrevo a dizer, atinge a perfeição.
A cada audição descobrimos uma nova teia de sons que nos enleia o coração e o cérebro e faz sentir, em crescendo, o prazer de ouvir um disco mesmo.
Os dedilhados de guitarra, e lapsteel, do Sérgio Mendes, o piano do Paulo Cavaco e o acordeão da Celina da Piedade (já cúmplice de trabalhos anteriores) que "acaba com o resto", enriquecem as paisagens sonoras que encantam e embrulham as letras de pura poesia. Pelos sons, somos levados a uma miríade de locais distantes e paradisíacos.
Enfim, acho que não preciso de dizer mais, este disco é Imprescindível e leva uma classificação de Excelente!
Se ainda não ouviram, façam-vos o favor de não perder mais tempo e vão imediatamente ouvir.
Aqui fica o primeiro single, para entrarem em força neste "Homem Delírio":
Têm nome de cidade estrangeira, mas são bem portugueses, em conjunto já têm muitos anos de música, passados por bandas como Cello, Corsage, Raindogs, K4 Quadrado Azul, DW Void, The Fishtails, etc.
Dando seguimento a um convite para participarem num disco de tributo a Joy Division em que fizeram uma versão de "Atmosphere", Francisco Florentino na voz, Pedro Temporão no baixo, e Luis Ferreira na guitarra, aproveitaram o balanço e decidiram continuar.
Para completar o "ensemble", convidaram o histórico Manuel Ramalho (Faíscas, Corpo Diplomático, Rádio Macau,entre outros) para a bateria, tornando-se oficialmente The Manchesters.
Com um som claramente inspirado nas sonoridades dos finais de 80, inícios de 90 do século anterior, depois de "Camouflage Hellicopters" de 2018, lançaram, já em Fevereiro, "Seven Days" o seu segundo E.P.
Seven Days, Fooling Around, Heart of The city e Golden Pill, são os temas que o constituem. Não escondem as referências adquiridas, e em cada canção mostram-no com maestria.
Um baixo pujante e os ritmos bem "swingados" são uma constante e fazem deste, um disco de audição obrigatória e uma óptima companhia para momentos mais de festa.
Fiquem com o vídeo de "Seven Days" e lancem-se, sem medos, no mundo dos The Manchesters.
O disco já saiu em Março, mas qualquer altura é boa para lhe dar visibilidade.
Este disco de estreia é quase uma "colectânea" de clássicos imediatos a que vale a pena dar ouvidos.
O disco abre com All The Mornings que também foi o primeiro single:
e, de imediato nos leva por uma viagem de sonoridades familiares, mas que nunca deixam de surpreender e agradar.
Ao todo são 12 temas que a cada audição vão cativando e nos colocam do lado da banda. Harmonias diversas e inventivas e, por vezes, umas malhas de piano que fazem toda a diferença.
Além de manhãs, noites e sóis, há também lugar para o alerta político que surge claro em "Humble Hym", um tema que, com outros arranjos, facilmente se podia transformar em hino punk.
Vale a pena dar atenção aos Tricycles e, se possível, vê-los ao vivo.
O disco leva a classificação de Para Além de Bom, mas isso, é a minha opinião, vale o que vale. Oiça-nos, porque vale a pena ouvir e tirem as vossas próprias ilações.
(cliquem e ler mais, para saberem mais pormenores sobre a banda).
Vão ser três maravilhosos dias de Alegria, a "emissão" da Rádio Faneca, começa na sexta-feira e só acaba domingo.
Para minha enorme Felicidade e Honra, fui convidado para fazer uma hora de programa, vai-se chamar As Certezas do Meu Mais Brilhante Amor e, evidentemente, vai ser uma viagem pela "minha" música portuguesa.
Antes e depois disso, vou desfrutar da cidade de Ílhavo que, particularmente nestes dias, fica ainda mais bonita.
Vou ver quase todos os concertos e assistir a quase todos os programas, espero que façam o mesmo.
Aqui fica a totalidade do programa para os três dias, com horários e tudo:
Cem Soldos não é só Bons Sons, a aldeia Medio Tejana é também a casa do SCOCS - Sport Clube Operário Cem Soldense, a organização responsável por mostrar ao mundo que a aldeia é coisa da cabeça das pessoas.
Pela oitava vez organizaram o Por Estas Bandas, um Festival que cresce cada vez mais e que ajuda a mexer com a cultura da região.
Em jeito de concurso, esta edição deu-nos um "embate" entre bandas do Medio Tejo e bandas de Aveiro.
Atitude Punk, vários teclados, três vozes e uma guitarra, é assim que os Wipeout Beat espalham a sua magia.
Carlos Dias, Miguel Padilha e Pedro "Calhau" Antunes forma os Wipeout Beat e sem "peneiras" vieram ao Convés na Fábrica das ideias, mostrar a sua refrescante proposta sonora.
Afazeres profissionais não me permitiram assistir ao primeiro dia da 2ª edição da Mostra OuTonalidades, mas no segundo dia estive presente.
Em boa hora o fiz, pois tive a oportunidade de ver in loco, algumas das excelentes propostas que este OuTonalidades tem para que os programadores de todo o país, possam escolher.
Existem concertos considerados de celebração, e este concerto
da francesa Camille Hédouin, conhecida artisticamente por MounQup - também considerada como a "Bjork da Galiza" - foi exactamente o caso.
De início desconfiei, mas depois de a ver, posso dizer que a adjectivação, se calhar, não é para menos.
Foi um live act
onde foram construídas as estruturas musicais desde o zero. Os elementos que
compõem as músicas vão-se somando em forma de loops e sobre estas bases criadas
frente ao público, adicionam-se vozes e coros angelicais do mais íntimo ao mais
universal.
Foi um concerto de Páscoa que marcou também o inicio do cineclube
Maruja.
Esta é só mais uma prova de que no rural e
fora dos grandes centros urbanos, pode ser possível criar eventos culturais muito
interessantes.
Chegámos à sexta edição do festival Westway Lab em Guimarães.
De todas, a edição mais completa e, de longe, com a programação maior e mais
vasta de sempre.
O conceito do Westway, bem mais que um “simples” festival, toca
em vários pontos de geografia e de espectros musicais. O evento é dividido em
várias componentes, conferências para profissionais da área, promoção de residências
artísticas, aposta na criação de sinergias entre artistas nacionais e internacionais,
promovendo e incentivando a criação colectiva ao longo de toda a semana.
O resultado final desse trabalho, é apresentado ao público
nos primeiros dias, em sessões abertas, na forma de showcases ou
mini-concertos.
Já é habitual com a chegada da primavera que aconteça o
Play-Doc, o festival de cinema documental de Tui.
Este ano estava na sua décima
quinta edição e encheu novamente Tui de bons filmes, de boas retrospectivas,
sendo um festival a ter em conta na vizinha cidade de Valença.
Como habitualmente a noite de sábado é mais longa e isto
porque existe um concerto especial e único. Desta vez foram os canadianos Les
Deuxluxes que deram a festa.
Com muito ritmo e um poderoso rock a banda de
Montreal formada por Anna Frances Meyer (voz e guitarra) e Étienne Barry (bateria,
guitarra e voz), deram um concerto arrebatador, uma hora de pura adrenalina de
um feroz rock’n’roll.
Na passada quinta-feira 4 de Abril fechou-se mais um ciclo
do #ontheradar. Foram doze propostas para este início do ano de 2019. De todos
os géneros, sendo que os Cave elevaram a fasquia para uma exploração sónica sem
limites. Os Cave, são krautrock expansivo e infinito.
Gosto de escrever sobre discos de jazz em dias de chuva, nem
sempre isso acontece, mas sinto que o som do disco torna-se distinto quando
ouvido em dia solarengo. Estou a escrever sobre um dos mais brilhantes
saxofonistas galegos da actualidade, o que torna, qualquer palavra pensada num
momento que partilho o que existe entre um suporte físico e aquilo que me envolve.
Sentimos ao fim de três temas duas coisas: maturidade e tempo. Maturidade
quando se lança um disco como líder. Por vezes leva tempo a cozinhar o disco, e
isso tem de ser feito devagar e preferência a serem testadas várias variáveis
para solucionar alguns detalhes do tema. E maturidade para seleccionar de tanta
pesquisa feita ao longo do tempo, ser materializada da melhor forma no disco.
Sentimos uma parte do Xose neste disco, nem sempre é fácil transpor uma parte
do músico para a escrita de canções, sentimos a Galiza e um jazz que pertence a
zona tão densa de cultura. E saber aproveitar o melhor de tantos factores leva
a que Ontology seja um disco para ter em casa para ouvir em dias como o que
estou a escrever, que está bom para me sentar no sofá e simplesmente disfrutar
do melhor jazz do Xose Miguélez.
O disco é composto por dez temas, todos originais sendo o
ultimo um tradicional da tia Amparo. O disco que saiu em Abril deste ano de
2019, teve ainda como músicos Storm Nilson na guitarra, Bem Leifer no
contrabaixo, John Kizilarmut na bateria, Peter Schlamb no vibrafone e Matt Otto
no saxofone tenor.
Os manos Santos sabem bem como conseguir a sonoridade diria
(quase) perfeita, para acalmar o nosso interior. São discos destes que
colocamos quando precisamos de música melodicamente bem construída e ao mesmo
tempo calma, sem grandes agitações.
Os rapazes sabem disto, sabem como criar
ambiente, e isso é mais do que demonstrado neste terceiro disco de originais.
Este disco que virá a luz do dia no próximo dia 16 de Abril
é uma clara alegoria a viagens que ambos fizeram, e nesta mistura de doze temas
resulta numa mescla entre o Norte a cidade berço de Guimarães, a vida nocturna
na madeira, paisagens, sempre muitas paisagens seja da “Cabo Verde” ou uma
“Canção de Lá”.
Mas um discos dos manos, é sempre um disco que nos ajuda a
terminar da melhor forma o nosso dia, e sinal disso é um final com “stardust”, um tema que fecha em chave de ouro
o melhor de um terceiro disco fantástico.
Para ouvir a qualquer hora e em qualquer lugar, mas sabe
muito bem ouvir ao final da tarde, ou início da noite quando queremos relaxar
um pouco ao som de uma boa música, de preferência em boa companhia.
Desta vez a proposta da Galiza vem de uma formação com nome
suculento. Caldo como se diz no norte de Portugal e na Galiza, quer dizer sopa,
mas normalmente é uma sopa mais suculenta e bem mais abastecida de conteúdos. E
o disco, é o resultado disso. Três amigos que se juntaram e decidiram gravar
sete temas: quatro de música tradicional galega, três deles do reportório de
Rosa e Aida Garrido, e um fandango da coleção Feijó e ainda três temas
originais de Pedro Fariñas.
Todos os temas têm arranjos do colectivo, que tanto é um duo
- Maria Jorge no violino e Pedro Fariñas
na guitarra - como pode ser um Trio
quando a Anäis Barbier se lhes junta com a voz e pandeireta.
O Caldo é isso mesmo, o resultado de que o folk e a música
tradicional segue o seu ritmo. Mais restrito, contudo ainda existe que procure
perpetuar o legado dos seus antepassados e continuar a difundir o melhor do
tradicional galego.
É um disco curto, mas muito bom, de fácil audição e que nos
pode fazer muito bem companhia, principalmente na hora do dia que estamos a
comer, a evocação ao tradicional e o folk é uma mais valia que deve ser incentivada
e motivada a continuar a existir. E são projectos frescos como Caldo que o
fazem e muito bem.
Chegou-me via a modernices do facebook este fantástico novo
disco do Xacobe. Já conhecia o Xacobe da banda compostelana Sumrrá,
curiosamente tem um trio em nome próprio com quatro discos editados, sendo este
o quarto.
Como leader nestes primeiros discos esteve com Pablo Castaño
(sax alto), Toño Otero (sax tenor) Marcelino Gaián na guitarra, mas sempre
com Max Goméz na bateria. Neste disco conta com Xosé Miguélez no sax tenor.
Sobre o disco que irá sair neste mês de Abril, é um trabalho
muito mais elaborado, muito mais maduro, onde está muito claro as raízes e
formação jazzística no colectivo, sempre com uma base essencial de um adictivo
que poderia apelidar de “boa onda”, porque no jazz, nem todo ele é obscuro e
denso, existe um lado de maior liberdade, e dessa maturidade este trio dá um
toque muito mais profundo ao jazz, todo ele inspirado em acontecimentos da
actualidade. Todos os temas são originais do próprio Xacobe.
Curioso por ouvir ao vivo este novo trio do Xacobe, já que
disco soa muitíssimo bem.
O Núcleo da Região de Aveiro da Associação José Afonso celebra o seu 8º ano de actividades com o mote "90 Anos de Zeca. 45 Anos de Abril". É neste âmbito convida para um concerto, integrado nas comemorações do 25 de Abril, com os amigos - Miguel Calhaz e Rui Oliveira. Será no dia 13 de Abril de 2019, pelas 21 horas e 30 minutos no Auditório da Associação Cultural Mercado Negro.
A entrada é 8 AJAS, estando os bilhetes disponíveis no Bar do Mercado Negro ( a partir do dia 6 de Abril) ou no próprio dia, no local do concerto.
Esperamos que se juntem a nós, nesta noite de verdadeira celebração da Liberdade.
Já está a meio a edição 21 do Festival Santos da Casa, até ao dia 13 de Abril ainda há muito boas razões para ir até Coimbra e dar os parabéns ao Fausto da Silva e ao Nuno Ávila, esse verdadeiros guerreiros que lutam pela música portuguesa como ninguém.
Mais uma vez, Cem Soldos e associação SCOCS lutam para reforçar e enaltecer a música e os músicos portugueses.
No seguimento do Bons Sons, com o mesmo espírito de trabalho voluntário e de partilha, focamos-nos no Festival Por Estas Bandas. Este é dedicado à musica de produção independente e emergente, aos projectos que, tal como esta casa, se destacam por valorizar o que é nosso e que de bom se faz por cá.
Apesar dos vários concertos e showcases, este evento promove a reflexão e discussão de várias áreas da música através de masterclass e conversas, incluídos na sua programação. Trata-se por isso de um festival que apela não só a amantes e aficionados de novos projectos musicais, mas também aos próprios artistas e todos aqueles que trabalhem directamente no meio da indústria musical portuguesa.
Este ano há uma espécie de recontro entre bandas de Aveiro e da Região do Médio Tejo e os vencedores irão tocar na noite de recepção ao campista no Bons Sons
“A cidade que nunca dorme” como a própria Ana o afirmou na
sua página do facebook, acolheu na passada sexta-feira 22 de Março um dos nomes
mais conceituados do blues Europeu.
Estou a falar de Ana Popovic, que veio dar
o único concerto na Galiza e dos poucos que tinha agendado para Espanha na Sala
Rouge em Vigo.
E sem nenhum concerto programado para o nosso país, tendo estado
por cá no Outono de 2016 em Lisboa, foi uma oportunidade de ver esta artista
tão próximo de casa.
Já andava há bastante tempo para ouvir o projecto a solo do
Nelson Afonso Dorido - Homem em Catarse. Muitas desculpas, até que andava por
perto e desta vez seria o dia ideal para finalmente ouvir ao vivo o que anda a
fazer este rapaz de Barcelos por aí. E digo “por aí”, já que a actividade como músico
e cantautor não para.
Já no ano passado se tinha feito uma pequena mostra de alguns projectos e bandas que faziam parte do OuTonalidades e, seguindo o caminho natural, este ano a mostra regressa em versão aumentada.
A partir de sexta-feira podem conhecer algumas das muitas bandas que se propuseram a concurso e estão agora disponíveis na "bolsa".
Para saberem melhor o que é o OuTonalidades, podem visitar o site - https://apps.dorfeu.pt/outonalidades/home
Quanto a este evento, estes são os artistas e os horários:
O concerto de inicio da tour dos quinze anos de carreira
começou no passado sábado 16 de Março na ilustre sala Bracarense.
O Theatro Circo serve para as comemorações redondas da banda
de Braga. Juntam os amigos na sala de espectáculos nobre da cidade e aproveitam
para lançar algum disco novo.
Aconteceu assim com os dez anos de carreira
quando lançaram o disco de título homónimo, aconteceu agora com disco editado
em vinyl com quatro temas e de edição limitada.
É com um gosto enorme que publico a reportagem do concerto de abertura da Tour Europeia dos First Breath After Coma que, ainda por cima, levaram também a Surma, para ajudar à festa.
O Miguel Estima esteve lá e conta como foi.
Sou orgulhosamente "bom sónico", embora não tenha ido às primeiras duas edições e tenha falhado outro par delas por ter passado por impossibilidade, acompanho o Bons Sons desde o seu nascimento. Ainda ontem tive mais uma razão para festejar, pois este "meu"/ Nosso Festival, foi devida e merecidamente galardoado pela Iberian Festival Awards, com o prémio de Excelência.
Mas, para lá da música, o Bons Sons faz-nos Viver a Aldeia e vai chegar em 2019 à sua décima edição, o que me "obriga" a dar os parabéns a toda a organização que há uns dias atrás nos deixou um Manifesto que ajuda a entender, ainda melhor, o que é esta maneira de estar na vida.
A Música Portuguesa A Gostar Dela Própria está sempre de parabéns, podíamos, todos os dias, fazer um agradecimento especial ao Tiago Pereira e à sua equipa, e se calhar, ainda não estaríamos a ser justos com o trabalho que ele faz por e para todos nós. A próxima festa vai ser em Viana do Castelo e este filme abre o "apetite" para aquilo que vai ser:
"Nu" é o terceiro álbum dos leirienses First Breath After Coma, este que é o disco de afirmação, vem acompanhado de um magnífico filme da responsabilidade dos Casota Collective.
Podem vê-lo aqui:
Já tive o prazer de os ver ao vivo um par de vezes e de, por uns momentos, "privar" com este belo grupo de amigos que me fazem sentir que estou mesmo perante uma verdadeira banda.
Eternos insatisfeitos, é com uma criatividade que não para de surpreender que eles se alimentam.
Eles ainda são "nossos", mas felizmente, vamos ter de os partilhar com o resto do mundo. Já passearam pela "Europa Mesmo", mas agora vão espalhar a sua magia por nada mais, nada menos que 8 Países europeus e tudo durante apenas um mês e meio.
Eles e a incansável Omnichord merecem!