Os Chimango – Comando Rumbero, vieram a 4 de Agosto à Farav em Aveiro, mostrar o seu álbum “Donde el Diablo Perdió el Poncho”.
Este grupo de Rumba Catalã, composto por um Catalão, um Galego e dois Argentinos, veio desde Barcelona mostrar como se faz uma festa. Duas guitarras, um baixo e uma bateria bastaram para por todos os presentes a dançar. As suas canções falam de amor a mulheres bonitas e a utopias ainda mais bonitas, sempre com alegria e com ritmos acelerados.
Foi impossível ficar quieto a ouvir a sua música, a presença de bastantes estrangeiros também ajudou a que a festa fosse descomprometida e muito latina, afinal é o que todos somos e nesta noite de verão a alegria dos ritmos quentes venceu!
Podem encontrar mais fotos deste belíssimo concerto aqui.
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Beltaine na Farav
Valeu bem a pena ter ido até ao recinto da Farav para assistir ao concerto destes virtuosos, a única referência que tinha era que os Beltaine eram Polacos e tocavam música Celta, mas nada fazia prever a maravilha que ia acabar por assistir.
Abriram com um tema inspirado num tradicional da Bretanha, depois levaram-nos por uma viagem que passou pela Irlanda, Estados Unidos, de onde soaram até ritmos de Hip-Hop, Galiza e do seu País Natal. Por vezes chegaram passar pelo Jazz e também pelo Rock, noutras davam um toque mais étnico, onde até houve lugar a um solo de percussões indianas, tudo tocado com uma maestria fora de série.
Foi um grupo que deixou a sua marca, pela qualidade demonstrada e pelo à vontade que têm a tocar ao vivo. O facto de terem já dez anos de carreira e vários álbuns editados, inclusive um ao vivo, dão-lhe a experiência necessária para que os seus concertos sejam experiências únicas em que tudo “parece fácil”.
A sua música foi uma excelente companhia para uma bela noite de verão e que vai dar para relembrar durante muito tempo.
Poderão ver mais fotos aqui.
Abriram com um tema inspirado num tradicional da Bretanha, depois levaram-nos por uma viagem que passou pela Irlanda, Estados Unidos, de onde soaram até ritmos de Hip-Hop, Galiza e do seu País Natal. Por vezes chegaram passar pelo Jazz e também pelo Rock, noutras davam um toque mais étnico, onde até houve lugar a um solo de percussões indianas, tudo tocado com uma maestria fora de série.
A sua música foi uma excelente companhia para uma bela noite de verão e que vai dar para relembrar durante muito tempo.
Poderão ver mais fotos aqui.
Rui Oliveira na Farav
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Rui Oliveira
Mu na Farav
Os Mu vieram ao recinto de concertos da Farav e com reles trouxeram o novíssimo “Folhas que Ardem”, aquele que é já o seu terceiro álbum de uma carreira com mais de sete anos de vida e que inclui um Prémio Carlos Paredes, ganho no ano de 2009.
Cantando e tocado e tocando em linguagens cada vez mais própria, mas com principal incidência nos Balcãs, os Mu conseguem montar o baile e por todos em sintonia com eles
Os instrumentos são de todo o Mundo e levam-nos por todo o Mundo, tornando os seus concertos tornam-se numa experiência única que mistura muito bem a música, a dança e contagia todos com uma alegria que não se explica.
A maioria do concerto foi baseado neste mais recente álbum, mas os anteriores não foram esquecidos. Abriram com La Bourrée des Bourré do primeiro disco – Mudanças e logo passaram para Jangada, Kal-El, Pássaros, Mudja, Sr. Balde deste Folhas que Ardem. Depois tocaram Lidairado de Mudanças e Rumscat que não consegui precisar de onde é.
Por fim veio Vinavata de Mudanças, seguido de Oi Na Gori de Casa Nostra, o segundo disco e Tutti-Frutti de Folhas que Ardem.
No encore que foi exigido por todos, foi tocado, o quase gótico, Scottish on the Rocks que deixou todo o público presente “em altas” e com vontade de mais, mas o concerto tinha mesmo de rematar ali, pois o grupo ia seguir viagem para o Festival Urkult na Suécia, onde ia continuar a apresentação deste seu novo disco.
Vale a pena sentir “O Fumo Xamânico das Folhas que Ardem” e que invocou os Mu para nos encantar ao vivo ou em disco.
Podem encontrar mais foptos deste grande concerto aqui.
Cantando e tocado e tocando em linguagens cada vez mais própria, mas com principal incidência nos Balcãs, os Mu conseguem montar o baile e por todos em sintonia com eles
Os instrumentos são de todo o Mundo e levam-nos por todo o Mundo, tornando os seus concertos tornam-se numa experiência única que mistura muito bem a música, a dança e contagia todos com uma alegria que não se explica.
A maioria do concerto foi baseado neste mais recente álbum, mas os anteriores não foram esquecidos. Abriram com La Bourrée des Bourré do primeiro disco – Mudanças e logo passaram para Jangada, Kal-El, Pássaros, Mudja, Sr. Balde deste Folhas que Ardem. Depois tocaram Lidairado de Mudanças e Rumscat que não consegui precisar de onde é.
Por fim veio Vinavata de Mudanças, seguido de Oi Na Gori de Casa Nostra, o segundo disco e Tutti-Frutti de Folhas que Ardem.
No encore que foi exigido por todos, foi tocado, o quase gótico, Scottish on the Rocks que deixou todo o público presente “em altas” e com vontade de mais, mas o concerto tinha mesmo de rematar ali, pois o grupo ia seguir viagem para o Festival Urkult na Suécia, onde ia continuar a apresentação deste seu novo disco.
Vale a pena sentir “O Fumo Xamânico das Folhas que Ardem” e que invocou os Mu para nos encantar ao vivo ou em disco.
Podem encontrar mais foptos deste grande concerto aqui.
Taraf de Haïdouks em Águeda
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Taraf de Haidouks
Bons Sons Cada Vez Melhores...
Uma amiga comum fez com que o João Carlos Lopes descobrisse este blog, do qual gostou.
Posteriormente enviou-me um mail a declarar esse gosto e partilhou comigo um texto escrito por ele, sobre o Festival Bons Sons, para o Jornal Torrejano.
Gostei do tanto do texto que assim que o li, fiz-lhe logo um pedido/convite para que me autorizasse a sua publicação, ao que ele respondeu positivamente.
Assim, é com todo o prazer que hoje vos apresento o referido texto. Espero que sintam o mesmo gosto ao lê-lo que eu senti e, desde já, agradeço ao João Carlos pela a sua disponibilidade e colaboração.
...No Melhor Festival da Música Portuguesa
Mas a noite inicial, uma das que marcariam
o festival, foi de “A Naifa”, que arrebatou a multidão com um desempenho
poderoso e que deixou toda a gente atordoada, perante novas e antigas canções,
novas e antigas histórias envolvidas numa batida irresistível em diálogo com a
pouco canónica guitarra portuguesa que caminhava ora em pequenas ladainhas de
sabor fadista ora em vigorosos acordes e dissonâncias, sempre a um ritmo
alucinante.
Depois, nos dias que se seguiram,
foi o desfilar de um cartaz verdadeiramente incrível, com cantautores, músicos
e grupos de todas as áreas e tendências da música portuguesa, daquela que
emerge deste surpreendente momento de criatividade e inovação que podemos
encontrar para onde quer que olhemos.
Posteriormente enviou-me um mail a declarar esse gosto e partilhou comigo um texto escrito por ele, sobre o Festival Bons Sons, para o Jornal Torrejano.
Gostei do tanto do texto que assim que o li, fiz-lhe logo um pedido/convite para que me autorizasse a sua publicação, ao que ele respondeu positivamente.
Assim, é com todo o prazer que hoje vos apresento o referido texto. Espero que sintam o mesmo gosto ao lê-lo que eu senti e, desde já, agradeço ao João Carlos pela a sua disponibilidade e colaboração.
...No Melhor Festival da Música Portuguesa
Vamos directos ao assunto: o
Festival Bons Sons, que se realiza de dois em dois anos em Cem Soldos, ali a
seguir ao Casal da Fonte e antes de Tomar, é o maior e o melhor festival de
música portuguesa. Em termos conceptuais, é o mais sólido e criativo, na
inovação e na própria programação musical, de todos os festivais de música que
se realizam em Portugal.
Já tudo se disse sobre a invenção de transformar uma aldeia, ela toda, no cenário em que decorre o festival, por onde se semeiam os palcos (pelos largos, pelas eiras, pela igreja), por onde se desenvolvem actividades (antigas lojas, tabernas ou barracões), de como ruelas e travessas, casas, pátios e quintais se abrem à comunidade festivaleira e tudo isto assente numa narrativa que começou a ser escrita em 2006 e parece já uma tradição: o festival é um pequeno momento em que a utopia assenta arraiais naquela abençoada aldeia e se descobre na doçura dos gestos, na tranquilidade dos olhares, na calma e na gentileza com que toda a gente trata toda a gente - uma pequena cidade sem muros e sem ameias, como cantou um dia José Afonso, sempre tão presente neste festival apesar de não ter sido contemplado como patrono de um dos palcos, como seria previsível e justo.
Já tudo se disse sobre a invenção de transformar uma aldeia, ela toda, no cenário em que decorre o festival, por onde se semeiam os palcos (pelos largos, pelas eiras, pela igreja), por onde se desenvolvem actividades (antigas lojas, tabernas ou barracões), de como ruelas e travessas, casas, pátios e quintais se abrem à comunidade festivaleira e tudo isto assente numa narrativa que começou a ser escrita em 2006 e parece já uma tradição: o festival é um pequeno momento em que a utopia assenta arraiais naquela abençoada aldeia e se descobre na doçura dos gestos, na tranquilidade dos olhares, na calma e na gentileza com que toda a gente trata toda a gente - uma pequena cidade sem muros e sem ameias, como cantou um dia José Afonso, sempre tão presente neste festival apesar de não ter sido contemplado como patrono de um dos palcos, como seria previsível e justo.
Este ano, o festival não podia
ter começado melhor: primeiro, chegaram os “El Naan” com a tradição densamente
telúrica e enérgica do planalto castelhano.
Foto Bons Sons |
Momentos bonitos viveram-se com Celina da
Piedade, com António Zambujo, que ficou sinceramente surpreendido pela
entusiástica recepção que teve de gente tão nova (“A minha alma está parva”,
deixou cair), alegres com os “You can’t win Charlie Brown” ou com “Os Paus”,
prodigiosos folguedos com os “Pé na Terra” já quase no fecho; ainda no sábado,
as honras foram para Maria João e Laginha, mas o melhor estava para vir, no
domingo e último dia.
Primeiro foi Aldina Duarte, que ultrapassou
os limites do que se julgava possível em entrega e comunhão com um público que
sabe amar a sua arte tão singular. Depois, o festival fecharia portas com um
memorável concerto de Vitorino.
Um Vitorino que parece cantar agora melhor do
que aos 40 ou aos 50 anos. O cantor do Redondo, aqui e ali atiçando o público
com românticos apelos à luta pelos valores do “Sul”, que cantou inicialmente para
definir a matriz política do alinhamento, entremeou as suas canções com
boleros, modas e fados, aqui crónicas de Lobo Antunes, ali gritos de paixão
revolucionária, as pistolas da Maria da Fonte ou as bombas anarco-sindicalista
de há mais de cem anos, sempre naquele registo em que Vitorino o faz, a revolta
elegante servida num cálice de vinho tinto, e o público, que o conhece de
ginjeira, condescende, cúmplice.
Momentos de grande celebração, quase íntima, foram as quatro ou cinco canções do Zeca que Vitorino levou a peito, num registo sempre muito forte, mesmo na roupagem musical. De resto, de todos os “monstros sagrados” da música portuguesa (Sérgio Godinho, José Mário Branco, Fausto, Palma até certo ponto, e o próprio Vitorino), é o alentejano o mais “afonsino” de todos, assumindo-se como fiel discípulo do “mestre”.
Cem Soldos veio quase abaixo de emoção quando a assistência entoava, em uníssono, o refrão de “Traz outro amigo também”, enquanto o relógio da torre da capela fazia troar as 12 badaladas da meia-noite numa cadência que se diria combinada. Já “A morte saiu à rua” tinha sido outro momento de grande fervor afonsino, mas Vitorino, que a sabe toda, guardou a “Queda do Império” e a “Menina estás à janela” para dar as últimas e o pessoal, gente maioritariamente muito nova, começava enfim a abandonar o largo da aldeia em estado de graça e de transcendência.
Momentos de grande celebração, quase íntima, foram as quatro ou cinco canções do Zeca que Vitorino levou a peito, num registo sempre muito forte, mesmo na roupagem musical. De resto, de todos os “monstros sagrados” da música portuguesa (Sérgio Godinho, José Mário Branco, Fausto, Palma até certo ponto, e o próprio Vitorino), é o alentejano o mais “afonsino” de todos, assumindo-se como fiel discípulo do “mestre”.
Cem Soldos veio quase abaixo de emoção quando a assistência entoava, em uníssono, o refrão de “Traz outro amigo também”, enquanto o relógio da torre da capela fazia troar as 12 badaladas da meia-noite numa cadência que se diria combinada. Já “A morte saiu à rua” tinha sido outro momento de grande fervor afonsino, mas Vitorino, que a sabe toda, guardou a “Queda do Império” e a “Menina estás à janela” para dar as últimas e o pessoal, gente maioritariamente muito nova, começava enfim a abandonar o largo da aldeia em estado de graça e de transcendência.
Num festival perfeito e quase sem
mácula, em que um dos vários trunfos consiste no começo dos concertos às horas
marcadas, há coisas menos conseguidas? Certamente. Algumas apostas para o palco
da capela revelaram-se desajustadas. Uma coisa é ouvir Lula Pena diante do
altar, outra é cair-se em erros de casting como foi, por exemplo, “Abaixonado” num
local que, embora veja a sua sacralidade temporariamente suspensa, não deixa de
continuar a pedir expressões de alguma contenção e de exigir a devida adequação
nas linguagens artísticas, sonoras e estéticas.
Não fosse o “Bons Sons” uma espécie de demanda da perfeição estética em todos os domínios que se somam para nos oferecer, de dois em dois anos, um intervalo de felicidade plena nestes tempos de chumbo que não adivinhámos.
Não fosse o “Bons Sons” uma espécie de demanda da perfeição estética em todos os domínios que se somam para nos oferecer, de dois em dois anos, um intervalo de felicidade plena nestes tempos de chumbo que não adivinhámos.
João Carlos Lopes
JORNAL TORREJANO – TORRES NOVAS
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
O Meu Alive - 2012
Como já se está a tornar um hábito, mais uma vez, consegui ir até Oeiras para assistir a um dia do Festival Optimus Alive e desta vez escolhi o dia 14. Escolhi-o particularmente, porque queria ver Mumford & Sons, uma banda que já sigo desde 2010, o ano em que Florence and the Machine veio pela primeira vez a este Festival para tocar no Palco Super Bock e na altura ainda não tinha os milhares de fãs que tem agora. Como a vi nesse ano, não fiquei muito chateado com o cancelamento do seu concerto, fiquei até com a sensação de “problema resolvido”, pois assim pude ver na íntegra o concerto de Tricky que nunca tinha visto e andava curioso para ver.
Como já referi noutros artigos não gosto muito de andar a fazer “zapping” entre concertos, mas foi um pouco isso que fiz quando cheguei ao recinto.
Comecei pelos Big Deal, no Palco Heineken (P.H.), e até achei alguma piada ao seu som Indie, mas já está um pouco visto - Rapaz+Rapariga+duas guitarras – mas foi bom para começar o dia que ia ser longo.
Saltei dali para ver a banda portuguesa do momento, os We Trust, no Palco Optimus (P.O.) desta vez como tinha visto nas imagens do Optimus Primavera Sound, com secção de sopros incluída, vi os dois primeiros temas e fui até ao Coreto Vintage.
A novidade neste palco é que a animação era da responsabilidade do Cais Sodré Cabaré e neste dia, pela tarde, havia dança apresentada pelo grupo de Lindy Hop Portugal, e foi, para mim, um dos grandes momentos da tarde, com malta do público a participar na dança e a aprender este estilo (Lindy Hop).
Depois pela noite havia música dos 50’s 60’s com Joe Brew and the Six-Pack Two e 49 Special, banda de Country & Western portuguesa+CSC.
Depois da dança, fui até ao P.H. para rever os Here We Go Magic, banda que eu já tinha tido o prazer de ver da primeira vez que vieram a Portugal, na única edição do Festival Curvo no Teatro Aveirense, e que perdeu a sensual baixista da altura, mas não perdeu a qualidade.
Acabado este concerto fui até ao P.O. para espreitar Noah and the Whale, uma banda que desconhecia e que me pareceu ser uma espécie de “Pop/Folk”. A mim, deu para bater o pezinho, mas os milhares de ingleses e inglesas que estavam por lá pareceram ter gostado muito.
Finalmente chegou o momento que eu mais aguardava, a estreia em Portugal dos Mumford & Sons. Foi bom porque nenhuma das minhas expectativas foi defraudada pois eles deram um excelente concerto. Não faltou nenhum dos grandes temas do álbum de estreia que os lançou para a ribalta, ouviu-se Litle Lion Man, Winter Winds, White Blank Page ou Roll Away Your Stone, para gáudio de todos os que se chegaram ao P.O. para os ver.
Este concerto apenas pecou por ser curto, mas serviu para me deixar, a mim e creio eque a muitos dos que lá estavam, com o desejo de os rever num Coliseu num concerto em nome próprio. Basta que o sucesso do segundo álbum seja semelhante ao excelente primeiro disco.
Aproveitei o tempo entre o final deste concerto e o início do de Tricky para comer enquanto via Joe Brew and the Six Pack-Two que deram um belíssimo concerto e animaram bem o Palco do Coreto.
Para Tricky o meu receio era apenas um “o rapaz vai-se passar e estraga tudo ou então, não”. Para minha alegria foi a segunda hipótese que ocorreu e logo a abrir soou o Feeling Good de Nina Simone, que já era bom sinal, a banda que o acompanha era composta por uma baixista, um guitarrista, um baterista e uma senhora com uma excelente voz que até o chegou a substituir nas partes em que ele ficava apenas a sentir a música e o público que soube conquistar desde início.
Ao terceiro tema, uma bela versão de Ace of Spades dos Mothorhead, vejo-o a dirigir-se a um segurança e receio o pior, mas eis senão que de repente, começa a subir público para o palco que imediatamente se põe a dançar a tirar fotos com ele e a cumprimenta-lo efusivamente, aí fiquei com a certeza que ele ainda está em excelente forma e ia dar um concerto ao nível do que já tinha feito noutras visitas por cá e que alguns amigos já tinham partilhado. A partir daqui ele podia fazer o que lhe apetecia, pois tinha toda agente na mão, a banda e o público.
Tocou Realy Real, You Don’t Wanna, e Puppy Toy, entre outras e teve uma entrega total ao concerto. Ele deixa tudo em palco e a sua presença é tão magnética que praticamente ofusca os restantes elementos que tocam com ele. Mas dá para ver que sem eles a “festa” não se fazia.
Uma versão longa de Past Mistakes do álbum Knowle West Boy, novamente acompanhado por centenas de pessoas do público, foi um final apoteótico do concerto que recordarei sempre como o melhor do Optimus Alive de 2012.
Depois disto, fui até ao P.O. para rever The Cure, quem acompanha o blog e/ou me conhece, sabe que fui um dos afortunados que os viu na Tour do Disintegration em 1989.
Depois disso tive sempre receio de os voltar a ver para não “estragar o milagre”. Nesta noite fiquei com a certeza de já não ser o fã que era.
Depois daquele álbum, nunca mais ouvi nenhum álbum completo que eles tenham lançado. Foi como se quisesse perpetuar a memória dos excelentes discos que eles fizeram até aquela data e desde aí desliguei-me deles. O concerto teve as duas primeiras músicas exactamente iguais às de 89 em Alvalade, Plainsong e Pictures of You, depois ainda os ouvi até ao A Forest.
Eles são competentíssimos em palco, eu é que mudei um pouco os meus gostos e depois de cerca de uma hora e meia de concerto, fui-me embora.
Tinha uma viagem até Aveiro para fazer e já estava com a “alma cheia” depois do que vi no Coreto, dos Mumford e do Tricky.
Para o ano, seguramente, haverá mais Optimus Alive e eu espero vir aqui contar como foi.
Como já referi noutros artigos não gosto muito de andar a fazer “zapping” entre concertos, mas foi um pouco isso que fiz quando cheguei ao recinto.
foto de Lino Silva |
Saltei dali para ver a banda portuguesa do momento, os We Trust, no Palco Optimus (P.O.) desta vez como tinha visto nas imagens do Optimus Primavera Sound, com secção de sopros incluída, vi os dois primeiros temas e fui até ao Coreto Vintage.
A novidade neste palco é que a animação era da responsabilidade do Cais Sodré Cabaré e neste dia, pela tarde, havia dança apresentada pelo grupo de Lindy Hop Portugal, e foi, para mim, um dos grandes momentos da tarde, com malta do público a participar na dança e a aprender este estilo (Lindy Hop).
Depois pela noite havia música dos 50’s 60’s com Joe Brew and the Six-Pack Two e 49 Special, banda de Country & Western portuguesa+CSC.
foto de Carlos Rodrigues |
Acabado este concerto fui até ao P.O. para espreitar Noah and the Whale, uma banda que desconhecia e que me pareceu ser uma espécie de “Pop/Folk”. A mim, deu para bater o pezinho, mas os milhares de ingleses e inglesas que estavam por lá pareceram ter gostado muito.
PedrodeCastroPhotography |
PedrodeCastroPhotography |
foto de Filipe Ferreira |
foto de Lino Silva |
Ao terceiro tema, uma bela versão de Ace of Spades dos Mothorhead, vejo-o a dirigir-se a um segurança e receio o pior, mas eis senão que de repente, começa a subir público para o palco que imediatamente se põe a dançar a tirar fotos com ele e a cumprimenta-lo efusivamente, aí fiquei com a certeza que ele ainda está em excelente forma e ia dar um concerto ao nível do que já tinha feito noutras visitas por cá e que alguns amigos já tinham partilhado. A partir daqui ele podia fazer o que lhe apetecia, pois tinha toda agente na mão, a banda e o público.
foto de Lino Silva |
Uma versão longa de Past Mistakes do álbum Knowle West Boy, novamente acompanhado por centenas de pessoas do público, foi um final apoteótico do concerto que recordarei sempre como o melhor do Optimus Alive de 2012.
foto de Carlos Rodrigues |
Depois disso tive sempre receio de os voltar a ver para não “estragar o milagre”. Nesta noite fiquei com a certeza de já não ser o fã que era.
Depois daquele álbum, nunca mais ouvi nenhum álbum completo que eles tenham lançado. Foi como se quisesse perpetuar a memória dos excelentes discos que eles fizeram até aquela data e desde aí desliguei-me deles. O concerto teve as duas primeiras músicas exactamente iguais às de 89 em Alvalade, Plainsong e Pictures of You, depois ainda os ouvi até ao A Forest.
Eles são competentíssimos em palco, eu é que mudei um pouco os meus gostos e depois de cerca de uma hora e meia de concerto, fui-me embora.
Tinha uma viagem até Aveiro para fazer e já estava com a “alma cheia” depois do que vi no Coreto, dos Mumford e do Tricky.
Para o ano, seguramente, haverá mais Optimus Alive e eu espero vir aqui contar como foi.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Eliseo Parra em Águeda
13 de Julho foi a data do primeiro concerto de Eliseo Parra no Festim.
O músico, investigador e recriador da música tradicional espanhola veio mostrar parte do seu já extenso repertório, sempre muito bem acompanhado por quatro músicos muito talentosos. Praticamente, antes de cada tema, ia sempre explicando a sua origem regional e como era tocado.
Como é típico da região castelhana, até a frigideira (sertã, como ainda lhe chamam por lá) dá um bom instrumento. O concerto foi sempre em crescendo e quando chegou às Jota (um tipo de dança associado às Coplas) dançou-a também.
Graças ao Festim, foi possível mais uma viagem musical que permitiu a muitos ficar a conhecer um pouco melhor, a tradição de outras culturas.
O músico, investigador e recriador da música tradicional espanhola veio mostrar parte do seu já extenso repertório, sempre muito bem acompanhado por quatro músicos muito talentosos. Praticamente, antes de cada tema, ia sempre explicando a sua origem regional e como era tocado.
Como é típico da região castelhana, até a frigideira (sertã, como ainda lhe chamam por lá) dá um bom instrumento. O concerto foi sempre em crescendo e quando chegou às Jota (um tipo de dança associado às Coplas) dançou-a também.
Graças ao Festim, foi possível mais uma viagem musical que permitiu a muitos ficar a conhecer um pouco melhor, a tradição de outras culturas.
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segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Agenda - Noites Ritual 2012
No ano em que se comemoram os 20 anos de existência das Noites Ritual elas mudam parcialmente de forma e abrem-se ainda mais à cidade do Porto.
Ao contrário das outras edições em que tinhamos 12 bandas a tocar em dois palcos no Palácio de Cristal, durante dois dias, desta vez teremos apenas 4 bandas, mas com uma série de actividades paralelas a decorrer já a partir de hoje e até dia 1 de Setembro no Hard Club.
As Noites no Palácio de Cristal vão ter:
31 de Agosto
22h - Dead Combo e a Royal Orquestra das Caveiras
00h - Wraygunn
1 de Setembro
22h Paus
00h A Naifa
Durante as duas noites, à semelhança dos outros anos vai haver o Mercado Ritual, Animação de Rua e Performance na Concha.
O programa do Hard Club é o seguinte:
27 Ago a 2 Set - das 10h00 às 22h00 [entrada livre]
exposição - “Espelho Meu – História do Rock Português em 38 Pinturas” de Sardine & Tobleroni
27 Ago; das 15h00 às 18h00 e das 20h00 às 24h00 [entrada livre]
graffiti pelo writer “Third”
27 Ago das 18h00 às 20h00 [entrada livre]
workshop - “O Vídeo e a Internet não Mataram a Rádio”
Desafios e ideias para a rádio dos tempos 2.1 - por Álvaro Costa
27 Ago das 22h00 às 22h45 [entrada livre]
rituais musicias - DJ Osir.
27 Agodas 23h00 às 23h45 [entrada livre]
rituais musicias - Grito Cru
28 Ago das 18h00 às 19h30 [entrada livre]
workshop de guitarra - por Paulo Barros.
28 Ago das 22h00 às 22h45 [entrada livre]
rituais musicais - Drop Etnica
28 Ago das 23h00 às 23h45 [entrada livre]
rituais musicais - SoulRichard.
29 Ago das 18h00 às 20h00 [entrada livre]
workshop de didgeridoo - por Renato Oliveira
29 Ago das 22h00 às 23h15 [entrada livre]
rituais musicais - DJ RSound
29 Ago das 23h30 às 00h30 [entrada livre]
rituais musicais - DJ Siraiva
30 Ago das 18h00 às 20h00 [entrada livre]
conferência - “Conversas Ritual” - com Adolfo Luxuria Canibal (Mão Morta), Ace (Mind da Gap), André Tentúgal (WeTrust), Paulo Furtado (Wraygunn e Legendary Tigerman)
Moderador: Artur Silva.
30 Ago das 22h00 às 22h40 [entrada livre]
rituais musicais - Mano
30 Ago das 23h00 às 23h45 [entrada livre]
rituais musicais - Sacapelástica
1 Set das 00h00 às 06h00
rituais musicais - Ritual Late Night DJ’S.
Para saberem mais basta irem à página das Noites Ritual onde poderão obter informação mais detalhada.
"O Ritual Vai-se Cumprir!"
Ao contrário das outras edições em que tinhamos 12 bandas a tocar em dois palcos no Palácio de Cristal, durante dois dias, desta vez teremos apenas 4 bandas, mas com uma série de actividades paralelas a decorrer já a partir de hoje e até dia 1 de Setembro no Hard Club.
As Noites no Palácio de Cristal vão ter:
31 de Agosto
22h - Dead Combo e a Royal Orquestra das Caveiras
00h - Wraygunn
1 de Setembro
22h Paus
00h A Naifa
Durante as duas noites, à semelhança dos outros anos vai haver o Mercado Ritual, Animação de Rua e Performance na Concha.
O programa do Hard Club é o seguinte:
27 Ago a 2 Set - das 10h00 às 22h00 [entrada livre]
exposição - “Espelho Meu – História do Rock Português em 38 Pinturas” de Sardine & Tobleroni
27 Ago; das 15h00 às 18h00 e das 20h00 às 24h00 [entrada livre]
graffiti pelo writer “Third”
27 Ago das 18h00 às 20h00 [entrada livre]
workshop - “O Vídeo e a Internet não Mataram a Rádio”
Desafios e ideias para a rádio dos tempos 2.1 - por Álvaro Costa
27 Ago das 22h00 às 22h45 [entrada livre]
rituais musicias - DJ Osir.
27 Agodas 23h00 às 23h45 [entrada livre]
rituais musicias - Grito Cru
28 Ago das 18h00 às 19h30 [entrada livre]
workshop de guitarra - por Paulo Barros.
28 Ago das 22h00 às 22h45 [entrada livre]
rituais musicais - Drop Etnica
28 Ago das 23h00 às 23h45 [entrada livre]
rituais musicais - SoulRichard.
29 Ago das 18h00 às 20h00 [entrada livre]
workshop de didgeridoo - por Renato Oliveira
29 Ago das 22h00 às 23h15 [entrada livre]
rituais musicais - DJ RSound
29 Ago das 23h30 às 00h30 [entrada livre]
rituais musicais - DJ Siraiva
30 Ago das 18h00 às 20h00 [entrada livre]
conferência - “Conversas Ritual” - com Adolfo Luxuria Canibal (Mão Morta), Ace (Mind da Gap), André Tentúgal (WeTrust), Paulo Furtado (Wraygunn e Legendary Tigerman)
Moderador: Artur Silva.
30 Ago das 22h00 às 22h40 [entrada livre]
rituais musicais - Mano
30 Ago das 23h00 às 23h45 [entrada livre]
rituais musicais - Sacapelástica
1 Set das 00h00 às 06h00
rituais musicais - Ritual Late Night DJ’S.
Para saberem mais basta irem à página das Noites Ritual onde poderão obter informação mais detalhada.
"O Ritual Vai-se Cumprir!"
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Royal Orquestra das Caveiras,
Wraygunn
domingo, 26 de agosto de 2012
Blowzabella em Águeda
Os Blowzabella deram o deram o seu último concerto do Festim a 8 de Julho no Largo 1º de Maio em Águeda. O local, a noite de clima agradável, a quantidade de aficionados da dança que se deslocaram de propósito a Águeda para ver este grupo que já existe deste 1978 e influenciou enormemente todos os movimentos actuais de danças tradicionais europeias, foram a fórmula ideal para uma noite de boa música, muita alegria e muita dança.
O repertório do grupo - constituído por Andy Cutting no acordeão diatónico, Jo Freya no clarinete saxofones, Paul James nas gaitas de foles e saxofones, Gregory Jolivet, na sanfona electro acústica (ou como me disse o meu amigo Osga, o “Rolls Royce” das sanfonas), Dave Shepherd no violino, Barn Stradling no baixo e Jon Swayne, membro fundador do grupo, nas gaitas e saxofones - assenta em Jigs, Valsas, Mazurkas, Schottische e ainda um ou outro estilo que não sei o nome.
O que sei é que a dança se generalizou, e durante quase todo o concerto ficou uma enorme roda de alegria “montada” em frente ao palco.
Deu para ver que estávamos perante músicos bastante virtuosos e incansáveis, ao terceiro dia seguido de concertos, tocaram durante quase duas horas, mantendo sempre um sorriso e uma alta qualidade de execução.
Para o final do concerto tiveram ainda a colaboração de um convidado especial que já tinha tocado com eles na noite anterior em Sever do Vouga e tinha vindo para os ver em Estarreja, tratou-se de Carlos Beceiro, músico da grande banda espanhola La Musgaña que veio enriquecer o espectáculo com o seu bouzouki.
Mais uma vez, graças ao Festim, fiquei a conhecer mais um grande grupo musical que de outra forma muito dificilmente viria a conhecer, é mais uma razão para gostar deste Festival, dá para aprender sempre mais e isso faz muito bem aos neurónios.
O repertório do grupo - constituído por Andy Cutting no acordeão diatónico, Jo Freya no clarinete saxofones, Paul James nas gaitas de foles e saxofones, Gregory Jolivet, na sanfona electro acústica (ou como me disse o meu amigo Osga, o “Rolls Royce” das sanfonas), Dave Shepherd no violino, Barn Stradling no baixo e Jon Swayne, membro fundador do grupo, nas gaitas e saxofones - assenta em Jigs, Valsas, Mazurkas, Schottische e ainda um ou outro estilo que não sei o nome.
O que sei é que a dança se generalizou, e durante quase todo o concerto ficou uma enorme roda de alegria “montada” em frente ao palco.
Deu para ver que estávamos perante músicos bastante virtuosos e incansáveis, ao terceiro dia seguido de concertos, tocaram durante quase duas horas, mantendo sempre um sorriso e uma alta qualidade de execução.
Para o final do concerto tiveram ainda a colaboração de um convidado especial que já tinha tocado com eles na noite anterior em Sever do Vouga e tinha vindo para os ver em Estarreja, tratou-se de Carlos Beceiro, músico da grande banda espanhola La Musgaña que veio enriquecer o espectáculo com o seu bouzouki.
Mais uma vez, graças ao Festim, fiquei a conhecer mais um grande grupo musical que de outra forma muito dificilmente viria a conhecer, é mais uma razão para gostar deste Festival, dá para aprender sempre mais e isso faz muito bem aos neurónios.
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