sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Guimarães Jazz 2018 - Report


Guimarães Jazz 2018 por Miguel Estima

Como habitualmente não vou aqui falar dos mega-concertos que acontecem todos os anos no festival Guimarães Jazz, ou melhor vou…


O Holland e o Avishai deram dois concertos que certamente irão ficar na memória de muitos por longo tempo. E as Big Bands deram aquele toque que todos os anos procuramos no Guimarães Jazz.
Mas Guimarães vive o jazz cada vez mais intensamente. E se em anos anteriores já existiam animações pelos bares e restaurantes este ano “a coisa” ficou muito mais certa com uma prévia divulgação e comunicação ao público de onde iriam acontecer estas animações. São momentos curtos de trinta a quarenta minutos, num espirito muito informal, que nos dão uma inspiração do que estes jovens andam por aí a fazer durante os dias que passam em Guimarães.

O Guimarães Jazz vive também muito das Jam’s. Este ano a cargo de Matt Ullery’s que veio com uma formação em quinteto também este a explorar um novo projecto, que teve a oportunidade de o apresentar parcialmente e mais informalmente nas jam’s e depois em concerto próprio no último dia do festival.
São estas jam’s os verdadeiros momentos de comunhão entre os melómanos, estudantes, músicos mais ou menos consagrados visam quebrar barreiras entre os celebrantes e a divindade através de um estado de exaltação mística e satisfazer muita gente que procura de uma forma livre e espontânea viver o verdadeiro espirito de partilha. Onde “quase” não existe a quarta parede. Tudo parece mais fácil, mas delicado e ao mesmo tempo mais tosco e mais simples.
Viver o Guimarães é isso. Partilho para além destas parcas palavras algumas imagens de momentos, esses momentos mais informais que estão na génese daquele que é considerado por muitos o melhor festival de jazz que temos em Portugal.




Foto-reportagem completa na página de facebook deste blog.

Manuel Gutiérrez Trio – Unexpected Trip

Disco apreciado por Miguel Estima


Nem todas as viagens são esperadas da mesma maneira. Uma viagem surpresa por vezes é uma boa viagem onde a aventura assume um rumo mais ou menos aleatório. Manuel o pianista mais calmo que conheço, aquele que nos brinda com paz a cada acorde do seu piano, surpreende com este disco melódico e muito harmonioso.

Pablo Sax – Amorgana


Disco apreciado pelo Miguel Estima


“O amor gana, casi sempre”, frase que está no final texto que acompanha o CD de Pablo “Sax” F. Sinde.
E este é um disco assim, um disco que começa com um amor incondicional ao saxofone. Em primeira analise é esse corpo presente em todo o momento. Pablo comunica de uma forma muito clara tudo o que poderia estar a passar na alma.

Danças Ocultas no Teatro Aveirense - Foto Report

Danças Ocultas e Convidados - Misty Fest
Teatro aveirense - 4 de Novembro de 2018

Com o excelente "Dentro Desse Mar" (seguramente, um dos melhores discos deste, maravilhoso, musicalmente, ano de 2018), acabadinho de ser lançado, os Danças Ocultas andam por aí a mostrá-lo a quem os quiser ver.
Num concerto integrado no Misty Fest, vieram até ao Teatro Aveirense que os recebeu com casa cheia, numa noite de domingo em que nem a chuva, irritante, afastou as pessoas ávidas desta música quase divina.

Best Youth - Demo Tapes II no GrETUA - Foto Report

Best Youth - Demo Tapes II
GrETUA - 3 de Novembro de 2018

Foi uma casa "à pinha" que acolheu a segunda visita dos Best Youth ao GrETUA. Num formato bastante intimista, as Demo Tape Tour, mostra as canções do duo, de uma forma bastante aproximada da forma como são construídas.
Num registo super descontraído e tranquilo, o Ed e a Catarina, vão brincando e conversando com todos os que estão ali para os ver.

Trio ao Alvo no Convés - Foto Report


Trio ao Alvo - 25 de Outubro de 2018
Convés da Fábrica das Ideias

A segunda quinta feira no Convés, foi animada pelo Trio ao Alvo, um "tiro" bem certeiro que junta dois virtuosos do Jazz (e não só) - Miguel Calhaz no Contrabaixo e o Rui Pereira nos Teclados) - com a Ana Amaral que, além de grande actriz, é dona de uma voz maravilhosa (mesmo atacada por uma irritante constipação).
Com eles passeámos por alguns "standarts" que foram de Cole Porter a Gershwin, passando por Jobim e Chico Buarque, entre outros e outras mais.
Não só passeámos como alguns, menos tímidos, até dançaram. Foi uma verdadeira noite de festa que encantou com uma bela plateia.
Este Convés à quinta-feira, está, rapidamente, a tornar-se um local de visita obrigatória.

L Mantra no Convés - Foto Report

L Mantra - 11 de Outubro de 2018
Convés da Fábrica das Ideias

No passado dia 11 de Outubro, os L Mantra vieram inaugurar as quintas-feiras do Convés - novo espaço de Café-Concerto da Fábrica das Ideias. As entradas serão sempre gratuitas e assim, os fins de semana culturais, começarão sempre mais cedo.
O concerto foi integrado na 22ª edição do OuTonalidades e foi uma bela "desculpa" para os L Mantra se despedirem do seu álbum homónimo e apresentarem já, algumas canções que irão fazer parte do seu próximo disco que se adivinha, tão bom ou ainda melhor que o primeiro.
A Madalena Palmeirim e o João Teutónio, como sempre, encantaram-nos e fizeram-nos viajar no seu maravilhoso mundo musical.
Para um primeiro concerto, a sala estava já bem composta, e tendo em conta a oferta, esperam-se belas noites de convívio, cheias de boa música.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

The Walks apresentam Opacity


The Walks regressam aos discos com a edição de um novo trabalho, Opacity, com lançamento marcado para amanhã, dia 9 de Novembro.
O disco é composto por 8 temas originais, incluindo “I Guess...”, fruto de uma parceria com Ghost Hunt e os singles “Sunny Side Up” e o mais recente “Special”.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Lhasa de Sela por Filipe Lascasas


Há dias, após partilhar um tema de um álbum ao vivo da Lhasa, que eu não sabia que existia, surgiu uma conversa no facebook que me lembrou o desgosto de nunca a ter visto ao vivo. O Filipe contou-me que a tinha visto no Teatro Aveirense, é claro que não podia deixar perder a oportunidade e, de imediato, o desafiei para que fizesse um texto, a contar como foi.
Já sabia da sua qualidade de escritor, mas, ao receber ontem o seu texto, nunca pensei que me viesse a comover, como creio que quem o ler, também ficará.
Sem mais delongas, fiquem aqui com o que ele escreveu:


Lhasa de Sela
Por Filipe Lascasas

Vivemos na era mais rápida de sempre, dos transportes ao consumo, dos sentimentos aos valores. E agora mesmo, há “scroll down’s” por fazer, outros blogs a visitar, notícias (falsas?) por comentar...
Por isso, aviso quem gosta de finais felizes ou de “chegar rápido ao destino” que esta história não é para vós: é lenta e acaba mal; a “Artista principal” morre no fim.
Tenham uma boa noite e sejam felizes (rápido).
Quanto nós - os mais lentos (por sorte ou teimosia) - dir-vos-ei que a minha história com Lhasa é uma história de amor com alguém que nasceu (e morreu) na Era errada.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Agenda - Guimarães Jazz 2018

De 08 a 17 de Novembro, a 27ª edição do Guimarães Jazz viaja por 13 concertos – 5 destes apresentados em estreia absoluta e 6 em estreia nacional – em 10 dias consecutivos, algo que acontece pela primeira vez na história do festival. 
Como consequência, terá uma mais efectiva e constante presença da música na cidade e na agenda dos seus espectadores, contribuindo assim para aproximar ainda mais os músicos e as pessoas que organizam o festival do seu público. 
Acrescentado este dado novo, o Guimarães Jazz continua a ser, tal como é a sua matriz desde o início, um festival equilibrado, reflectindo-se esse equilíbrio em várias dimensões: na notoriedade e na idade dos músicos envolvidos, na tipologia das formações, na proveniência geográfica dos projectos e nas estéticas musicais representadas. 
Em Guimarães, fazem-se ouvir nomes como Dave Holland, Dave Douglas, Bill Laswell, The Mingus Big Band, Steven Bernstein, Catherine Russell, entre muitos outros.