terça-feira, 31 de agosto de 2010

A Origem

Quando quero dar referências sobre o nome do meu blog costumo dizer: "lembraste da canção do Sérgio Godinho onde ele fala na certeza da música e pronto ", por vezes nem me lembro que nem toda a gente conhece a canção que abre o disco "Domingo no Mundo", de seu nome "Ser ou não Ser", e que refere a Certeza da Música.
Hoje descobri esta faixa no youtube onde se pode ouvir a dita canção, pena que não é um video mesmo, mas o som está muito bom.

Foi daqui que veio a inspiração para o nome.
Aproveito para falar do resto do disco que foi editado em 1997 e que, para mim, foi responsável pela "modernização" do Sérgio Godinho.
Os temas do disco falam de problemas como a mão-de-obra infantil, a droga, a sida, as fases da adolescência, o quotidiano, a pobreza e o amor, só como o Sérgio sabe fazer.
Nele colaboram músicos como Kalu (Xutos), Manuel Faria (ex-Trovante), Nuno Rafael (Peste e Despe & Siga), os Rádio Macau, José Mário Branco e João Aguardela (Sitiados), entre outros.
Este, para mim excelente disco, foi fruto de uma criação em colectivo onde vários destes elementos fizeram arranjos para cada uma das canções que têm letra e música da autoria do Sérgio, excepto "Mesa" com letra de Alexandre O'Neill e "Os Afectos" com música de Jorge Constante Pereira.
Talvez por isso, quando se ouve na sua totalidade, fica a ideia de um certo desequilíbrio, por ter quase uma música de cada género, pois ouvem-se sons mais contemporâneos a "andar" entre o rock e as batidas "sampladas", outros mais populares e tradicionais, como em "Aguenta Aí" que tem os arranjos de Aguardela e ainda outros que contêm apenas percussão e violinos, como é o caso de "As Armas do Amor".
O que é certo é que mesmo com esse "desequilíbrio", foi a partir deste disco que passámos a ter o Nuno Rafael, a tempo inteiro a tocar e a criar com o Sérgio.
Passámos também a ter o Sérgio a cantar em quase todas as semanas académicas do País e a ficar completamente "na moda" entre uma faixa etária que praticamente não o ouvia.
Para ilustrar a tal "modernidade" de que falei, deixo o tema que deu nome a este disco e que fala de trabalho infantil.

Alinhamento do Disco é: Ser ou não Ser, Não Respire!, Correio Azul, Domingo no Mundo, As Armas do Amor, É a Vida(o que é que se há-de fazer?), Mesa, Lamento de Rimbaud, Os Afectos, Aguenta Aí, Dias Úteis.
Quando puderem oiçam-no e atestem da sua, infelizmente nalguns casos, actualidade.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Música e Televisão VII

True Blood é criada por Alan Ball, o mesmo de Sete Palmos de Terra e fala da coexistência de vampiros e humanos, numa cidade fictícia do Louisiana.
Confesso que não sou seguidor da série que vai passando no canal MOV, mas deparei com o trailer de abertura de cada episódio e o tema do genérico agradou-me bastante.
A canção é de Jace Everett e inteira é assim:
Agora tenho de ver se a série está "à altura" da música.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Noites Ritual - Antevisão

É neste palco que vão tocar hoje e amanhã os grupos que estou mais curioso para ver na edição deste ano das Noites Ritual.
Um deles é Samuel Úria que está a apresentar o seu álbum "Nem lhe Tocava", onde está incluído este tema:

Se o concerto for tão bom como o video, vamos ter um grande concerto.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Bons Sons 2010

O Festival Bons Sons de 2010 em 5 imagens.
Dead Combo
Público a cantar com B Fachada
Diabo na Cruz
Danças Ocultas
Fausto num agradecimento final, depois de dois encores
A reportagem sairá no CLIP, suplemento cultural do Diário de Aveiro, de quinta-feira, 2 de Setembro.

Auxiliares de Memória XXXIV

Em 1988 os Talking Heads editam o seu último álbum de estúdio, "Naked" apresenta fortes influências da música Africana e também da música Sul Americana, foi como que uma antevisão do primeiro disco a solo de David Byrne, "Rei Momo" de 1989, que desenvolveu ainda mais essa apetência para linguagens musicais menos pop rock e mais diversificadas.
Neste disco, além dos Talking Heads, participaram mais cerca de trinta músicos onde se encontram o guitarrista Johnny Marr (que vinha dos recém separados The Smiths) e Kirsty MacColl (cantora conhecida pelo seu dueto com os the Pogues) que também era esposa do produtor do disco Steve Lillywhite.
A temática das canções deste último disco é muito virada para o meio ambiente, isso aliás é bastante notório na canção "Nothing But Flowers" que a certa altura fala do fim da "civilização" como nós conhecemos e do regresso das "Montanhas e Rios".
Deixo aqui o video oficial deste tema. Não sei quanto tempo vai estar disponível, pois os senhores da EMI costumam bloqueá-lo, se for esse o caso eu depois coloco uma versão cantada ao vivo por David Byrne.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Agenda

É já este fim de semana que se vai realizar a 19º edição das Noites Ritual. As entradas são gratuitas e os concertos começam às 21h 30m. Este festival é conhecido por ter sempre o "resumo" de alguns dos melhores grupos portugueses do ano. Mais uma vez este ano não é excepção, talvez faltem aqui alguns nomes, mas para isso era preciso mais um dia de festival.
O programa deste ano mostra-se bastante equilibrado e interessante, os grupos que estou mais curioso em ver, são aqueles que nunca vi, tais como Salto, Samuel Úria, Unoeskimo e John is Gone. Os outros já vi ao vivo e é sempre um prazer revê-los.
Nunca é demais lembrar que neste festival é possível ver todos os concertos, não há sobreposição de horários, o que, no mínimo, é sempre agradável.
Para os mais distraidos, deixo aqui os myspace dos grupos para que possam ficar a saber algo mais sobre eles e também o palco onde vão tocar.
Sexta-Feira:
Salto - P2, Os Tornados - P1, Samuel Úria - P2, Diabo na Cruz - P1, Anaquim - P2, Oquestrada P1
Sábado:
Unoeskimo - P2, Sean Riley & The Slowriders - P1, Tiguana Bibles - P2, The Legendary Tigerman (que vai trazer a Rita Redshoes, Phoebe Killdeer e Claudia Efe)- P1, John is Gone - P2, Slimmy - P1
Está aqui o menu para duas grandes noites, não percam.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Orelha Negra

Hoje apetece-me aconselhar a audição deste grandessíssimo disco. Comecei por ver o concerto ao vivo no Festival St Culterra e fiquei "cliente", agora o disco está a rodar quase todos os dias cá em casa. Segundo o que apurei numa conversa rápida com Francisco Rebelo, baixista do grupo, também foi assim que o disco nasceu, primeiro foi tocado ao vivo, até que viram que já tinham material suficiente para um disco.
A restante banda, além do Francisco Rebelo, é composta por Sam The Kid(Mira Professional), Alexandre Cruz (Dj Cruzfader), João Gomes (Gomes Prodigy) e Fred Ferreira(Ferrano). É deles que nasce o excelente som que faz a Orelha Negra.
Não é preciso estar para aqui com grandes descrições, o que interessa mesmo é que oiçam com atenção. É um disco que se vai entranhando, cheio de pormenores que se vão descobrindo com as audições.
Para ilustrar deixo aqui o video do primeiro single - "A Cura"

E o video não oficial da autoria do holandês Hidde de Vries para o tema M.I.R.I.A.M.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Desejo Antigo

Ontem tive a felicidade de cumprir um desejo antigo e finalmente poder assistir a um concerto de Fausto ao vivo, foi no Fantástico Festival Bons Sons em Cem Soldos, do qual falarei em futuros artigos.
Hoje eu não podia era deixar de partilhar esta imagem de um dos momentos mais fortes do concerto, durante o tema "Na Ponta do Cabo", do qual descobri este video que já tem alguns anos, mas que mostra um pouco aquilo que ouvimos.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Deolinda - Festival do Bacalhau

Seguindo à risca o apelo da canção, o povo todo “desligou o cabo” e saiu à rua para degustar o bacalhau do Festival e também para ouvir Deolinda.
Eu que ainda não tinha tido oportunidade de os ver numa das vezes em que vieram esgotar a lotação do Teatro Aveirense e do Centro Cultural de Ílhavo, decidi ir ontem até aos Jardins Oudinot, bonito espaço, diga-se de passagem, para finalmente aferir da qualidade deste grupo ao vivo.
Ainda bem que o fiz pois, apesar de no local onde fiquei, ter tido que “gramar” com uma série de gente mais interessada em conversar e dar nas vistas, do que em ouvir propriamente a música (problema recorrente dos concertos gratuitos e para “as massas”), ainda consegui acompanhar a maioria das belas canções que este grupo apresenta.
Em primeiro lugar destaca-se a linda voz de Ana Bacalhau, depois a beleza das letras e claro, a qualidade dos músicos também influencia fortemente o som de Deolinda.
Na segunda canção já se ouvia “Um contra o outro”, tema de apresentação do segundo álbum do grupo “Dois selos e um carimbo”, que arrancou a primeira ovação da noite. Seguiram-se uns temas mais calmos e só quando se chegou a “Mal por mal” que abre “Canção ao Lado”, é que se ouviu o público a cantar em coro. Do primeiro disco também se ouviu “Eu tenho um Melro” e o inevitável “Fado Toninho” que os lançou para a ribalta e que foi irrepreensivelmente cantado em conjunto com o público.Chegou assim o momento, mais introspectivo em que se cantaram três fados à moda antiga, pois como explicou a vocalista, no fado tradicional a cantora posiciona-se atrás dos músicos, e de lá se ouviu “um peito que canta o fado, tem sempre dois corações”. Entre dois ou mais amores, palpitam os corações de Deolinda, umas vezes tocando fado “puro e duro”, outras cantando coisas mais alegres como “Quando janto em restaurantes” que foi logo seguido da “Canção ao Lado” e da canção que reflecte um certo “portugalzinho”, preocupado em ter o maior e não o melhor, como referiu a Ana na introdução de “A problemática colocação de um mastro”.
A festa seguiu e ouviu-se “Fon-fon-fon” que começou só com o instrumental e acompanhado por palmas, e antes de rematar o concerto ainda se ouviu o trocadilho inevitável e bem disposto que partiu de Ana Bacalhau: “Em tantos anos de festival do bacalhau, foi a primeira vez que tiveram aqui um a cantar para vocês”. A seguir chegou o tema que quase é hino, “Movimento Perpétuo Associativo”, com todos a cantar em coro: “Agora não que joga o Benfica!”.
Para encore veio “Clandestino” seguido, para encerrar em beleza, do tema mais “rock and roll” do grupo: “Corpo a Corpo” que mesmo sendo tocado pela segunda vez, arrancou um aplauso unânime e merecido.
Bem falado, bem cantado, bem tocado e bem acompanhado pelo público, assim se resume um concerto de Deolinda que vou querer rever num local mais intimista e composto apenas por pessoas que estejam lá para os ouvir.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A Não Perder

Daqui a umas horas, no Festival do bacalhau nos Jardins Oudinot, temos Deolinda.
Eu não saio de lá sem ouvir a canção que melhor expressa um País - "Movimento Perpétuo Associativo"

terça-feira, 17 de agosto de 2010

St Culterra - Dia 2 - Alinhamentos

Para fãs aqui ficam os alinhamentos que consegui no segundo dia.
Tiguana Bibles
e Rita Redshoes

Kaviar - Entrevista ao O Ribatejo

Não foi feita por mim, mas é uma entrevista interessante que revela mais um pouco da história desta banda - KAVIAR - que continua a crescer.
Podem ler aqui.

St Culterra - Dia 2

O segundo dia abriu com B Fachada que foi, provavelmente, a maior surpresa da noite. Começou logo por ter uma plateia bem composta, além disso já bastante conhecedora das suas músicas, não foram raros os temas em que o Bernardo cantou sozinho.Este B Fachada começa a ser um caso sério de popularidade, provavelmente impulsionado com o facto de ser fácil chegar às suas canções, pois mesmo quando não as pode oferecer por descargas gratuitas, o preço praticado quando as vende, é bastante acessível. A empatia entre ele e o público é enorme e genuína, a certa altura do concerto ouviu-se a frase “Eu sou donos dos meus discos e quando posso, gosto de oferece-los” que imediatamente arrancou vários aplausos da plateia.
O concerto foi composto maioritariamente por temas do seu primeiro álbum homónimo e no mais recente EP “Há festa na moradia” com descargas gratuitas ou numa edição limitada que se pode comprar em vinil, como ele nos lembrou.Deste último ouvimos canções como “Quem quer casar com B Fachada” e “As canções do Sérgio Godinho”, a seguir a este tema foi tocada uma versão de “Etelvina” que para os “puristas” é capaz de chocar mas que a mim e a muitos dos presentes agradou bastante. Antes disso já tinham sido tocadas “A Velha Europa” e aquela que provavelmente é a canção dele que mais passa na rádio: “ Estar à espera ou procurar”.O desfilar de canções continuou com algumas dedicadas às crianças presentes, no fim quando foi pedido um encore e dada a impossibilidade de o mesmo ser feito em palco, o Bernardo saltou do palco para o fosso e cantou sem microfone o excelente “Tempo para cantar” (canção que mais gosto do seu álbum), foi assim um final em apoteose que seguramente conquistou ainda mais admiradores para a sua música.No palco dois começava o concerto dos tirsenses Falei por Falar que apresentaram os seus temas originais em português e que mostrou já bastante maturidade, com um som bastante agradável e que possivelmente, em breve, os levará para maiores plateias.
Voltei ao palco um para assistir a mais um concerto dos Tiguana Bibles, finalmente eles começam a tocar para grandes audiências, é merecido, uma banda destas deve ser ouvida por muita gente.A abertura veio com o instrumental “Snake byte”, logo seguido da versão “fast” do single, do primeiro EP, “Lost Words”, ao terceiro tema “Child of the moon” já estavam todos mais atentos às qualidades desta banda. A beleza da voz de Tracy Vandal encantou os presentes e os temas foram desfilando, ainda se ouviu “Against the Law” “Don´t be to long” e claro, o single mais recente “Rebound”, também foi tocado.A sonoridade dos Tiguana leva-nos para paisagens inóspitas e põe-nos a pensar em amores e desamores, ilusões e desilusões, quedas e recuperações, enfim são uma excelente banda sonora para a vida. Com “Devil” e a versão lenta de “Lost Words” terminou mais um excelente concerto.
Voltei ao palco dois para mais uma bela surpresa, o concerto de Noiserv.No ano passado não consegui ver a sua actuação nas Noites Ritual, mas finalmente agora isso foi possível. Com um novo EP – “ A Day in Day of The Days” – para apresentar, o concerto foi bastante interessante e teve, seguramente, a maior assistência deste palco no conjunto dos dois dias, o que mostra bem da legião de fãs que David Santos já tem à sua volta. Larguei a ideia que esta música é só para recintos fechados e mais intimistas, aqui ao ar livre resultou muito bem, basta que no público estejam pessoas interessadas em ouvir. Por vezes tenho receio dos concertos gratuitos, pois acaba por não haver muito respeito por quem tocam, mas no St Culterra esse não foi o caso.
Vou continuar a seguir Noiserv com mais atenção, pois fiquei completamente conquistado pela força das melodias aparentemente simples e pela voz grave que nos descrevem “o dia no dia dos dias”.
No palco um ia iniciar-se o concerto mais esperado da noite, Rita Redshoes que trouxe na “bagagem” o novo e bastante aclamado “Lights & Darks”.Desde a primeira vez que a vi ao vivo fiquei fascinado, a aparência frágil de Rita desaparece em palco, ali ela fica “enorme” a comandar a banda competentíssima que a acompanha, não há uma falha, todo o concerto decorre como uma “máquina” muito bem afinada.
Claro que para dar bons concertos, além de bons músicos, é preciso ter boas canções e isso é coisa que não falta nos dois discos da cantora.
A abertura foi feita com “Jungle 81” seguido de “Hearted Man” a terceira canção foi “Beginning Song” de Golden Era e se dúvida houvesse, já estavam todos a cantarolar, fazendo prova do sucesso deste primeiro disco que pôs Rita no nosso “radar”. A partir daqui todo o concerto foi um triunfo, a rematar o tema “It’s a Honneymoon” lá se ouviu a frase ”I love you just the way you are” que sai duma maquineta que veio o ano passado dos Estados Unidos e que se ouviu pela primeira vez em Estarreja.
É verdade, gostamos da Rita da maneira como ela é, mesmo daquele lado mais escuro como canta em “Which one is the Whitch?” ou quando se refere aos sapatos da cantora da banda anterior, comentário que não fez muito sentido e foi um pouco despropositado.O desfile de bonitas canções foi continuando, no final tocou uma versão de “You Can’t Hurry Love” das Supremes que antecedeu o encore que com “Dream On Girl” e “Hey Tom”que encerrou “em grande” o concerto e este St Culterra.
Agora que venha o quinto e que seja pelo menos tão bom como este…

St Culterra - Dia 1 - Alinhamentos

Para os fãs aqui deixo os alinhamentos que consegui.
Os Tornados
e Orelha Negra

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Agenda

Se tudo correr bem, a partir de sexta-feira, vou para o Bons Sons em Cem Soldos. O programa é algo de muito bom, senão vejamos:
20 de Agosto de 2010
19h00 Curtas em Flagrante
21h00 Princezito
22h30 Dead Combo
00h00 Diabo a Sete
01h30 Melech Mechaya
03h00 Nuno Coelho
21 de Agosto de 2010
17h00 Lula Pena
18h00 Norberto Lobo
19h00 B Fachada
21h00 Madmud
22h30 Diabo na Cruz
00h00 Dazkarieh
01h30 Terrakota
22 de Agosto de 2010
11h00 Música para Crianças
14h00 Drama & Beiço
17h00 Adufeiras de Monsanto
18h00 Cantares Alentejanos de Serpa
21h00 Danças Ocultas
22h00 Fausto
00h00 BlackBambi
Deixo aqui o primeiro "teaser" para vos abrir o apetite, ah e os bilhetes para os três dias custam
dez euros, não há muitas desculpas para não ir a um festival assim .

Agenda

É já esta quarta-feira que começa o Festival do Bacalhau em Ílhavo. Musicalmente o programa musical está bastanto eclético e eu tenho intenção de ir ver os Deolinda e os Expensive Soul.
Ainda não sei como é que aquilo funciona, por isso não sei se vai haver reportagem. se der para fotos e para ver de perto, eu conto como foi.

St Culterra - Dia 1

O magnífico cartaz do St Culterra – IV Festival Multicultural de Santo Tirso, fez-me ir até ao belo Parque Urbano da Rabada para duas noites de excelente música.
No primeiro dia foram os MU que tiveram as honras de abertura. O pouco público àquela hora presente não desmotivou em nada o grupo que apresentou vários temas do seu já grande repertório e conseguiu animar os que estavam e os que iam chegando.
Os temas dos MU levam-nos por várias paisagens onde os ritmos chegam a pontos quase frenéticos, ao som dos quais é impossível, pelo menos, não “bater o pé”.O alinhamento do concerto foi composto por: Kal El, Pássaros, Jangada, Mudjah, Nupcial Croata, Katan, Lidairada, Vinavata, e rematou com Oinagori.
Logo de seguida no palco dois tocaram os portuenses Nine22 que com o seu Rock de inspiração Grunge e maioritariamente cantado em português, conseguiram já por muita cabeça a abanar.Depois voltei ao palco um, gosto destes festivais que permitem ver todos os grupos presentes, para ver mais um excelente concertos d’ Os Tornados. Posso parecer suspeito por ser fã do grupo desde a primeira audição, mas o que é certo é que este rock “à lá sixties” não deixa ninguém indiferente e eles com cada vez mais “pedalada”, estão a dar ainda melhores concertos.A apresentação do primeiro álbum “Twist do Contrabando” continua e eles já incluem temas de um futuro disco a sair no próximo ano, tais como o “Baby Baby”.Gosto de vê-los a chegar cada vez a mais gente e a fazer cada vez mais concertos, o futuro pertence-lhes e eles merecem.
No segundo palco tocaram os Karrosssel que com a sua música de inspirada no tradicional português e que com a prestação preciosa de Diana Azevedo pôs toda a gente a dançar.Juntou-se um grande grupo de interessados que ia seguindo todas as instruções para dançar correctamente os temas que iam desfilando.
Foi um belo momento de animação e bastante participado.A fechar a primeira noite encerrou com o fantástico concerto dos Orelha Negra, eu e as centenas presentes ficámos conquistados.Um concerto deste grupo de virtuosos sai fora dos padrões “normais” de uma banda. Quem comunica com o público, são os samplers, o “diálogo” é feito com a música e as pessoas vão sendo conquistadas em crescendo.
De repente aparece um ou outro sample mais conhecido que vai fazendo parte dos temas apresentados, o “Groove” vai pondo os corpos a mexer com nítidos sinais de felicidade.
Nunca tinha visto um concerto deste género e creio que muitos dos presentes também não, mas o que é certo é que saiu dali toda a gente maravilhada. Uns momentos mais acelerados em temas como “Lord” ou a soul que acalma e embala de “M.I.R.I.A.M.” são apenas o exemplo de um concerto fantástico que rematou “em grande” com os mais conhecidos “Blessed” e “Cura”.Caso tenham a oportunidade, não deixem de ver ao vivo os Orelha Negra, vão sair de lá bastante satisfeitos.
Foi assim com “chave d’ouro” que fechou este primeiro dia de concertos do St Culterra, ficava por saber se o segundo dia ia estar à altura das emoções deste.

domingo, 15 de agosto de 2010

Tudo Ligado

Nas minhas deambulações pelo youtube, acabei de encontrar este video de Sam The Kid ao vivo no Sudoeste de 2007. O curioso disto é que já cá estão todos os que, uns anos mais tarde, fazem parte dos Orelha Negra, banda que deu um excelente concerto no Festival St Culterra de Santo Tirso, do qual falarei num próximo artigo.
Apetece-me dizer, tal como diz o Sérgio Godinho: "Isto está tudo ligado".

sábado, 14 de agosto de 2010

Que Belo Par

Hoje acordei com esta canção na cabeça. Ela faz parte do belo álbum de 1997, "Raio X" de Fernanda Abreu e foi escrita pelo grande Herbert Vianna dos Paralamas do Sucesso.
Aqui no video de 98 temos este belo par a cantar a que é para mim, uma das mais bonitas canções pop da música brasileira.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Música e Televisão VI

De vez em quando aparecem umas séries na TV que me agradam particularmente.
Mandrake foi feita pela HBO Brasil e passou por cá no Fox Fx, quando eu ainda não o tinha, e depois na RTP 2, um pouco "fora de horas" e sem aviso. Por isso perdi cerca de 4 episódios, pois fiquei com a ideia que série era semanal e afinal passou todos os dias da semana.
O que interessa é que eu fiquei fã das aventuras deste advogado que resolve os problemas de uma certa sociedade brasileira.
Mulheres bonitas, sexo, drogas e sangue fazem parte destes treze episódios (8 na primeira série e 5 na segunda) nem sempre com finais felizes e que infelizmente, não tiveram continuação.
A boa música está sempre presente em todos os episódios onde o genérico passa sempre ao som de "Work Song" de Charles Mingus.
No primeiro episódio, esta sequência de imagens despertou-me logo a atenção:

Fui fazer as minhas pesquisas e descobri que se trata de uma canção de Jorge Ben Jor e que podem ouvir aqui na sua totalidade, pena que não exista um video "a sério", como este tema merecia.

Pena também que não existam mais séries assim.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Evolução

Em 1979 eles eram assim, novinhos e cheios de projectos, uma das suas canções era este "At Night".


Um ano depois o aspecto deles era practicamente o mesmo, mas o tal tema "At Night" evoluiu para um bem melhor "A Forest" que ficou para sempre na nossa memória.
É giro observar as transformações que leva um grupo e mesmo uma canção no espaço de um ano.

A versão que mais me agrada e que vi mais vezes numa cassete de video vhs que ainda tenho, é esta do filme "Live in Orange".

"A Forest" é simplesmente uma daquelas canções que nos acompanham para toda a vida.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Agenda

É também este fim de semana que vai decorrer o Festival Folk Celta de Ponte da Barca.
Em virtude de não poder estar em dois sítios ao mesmo tempo, não vou poder ir, mas aconselho vivamente, a todos os que estiverem por terras minhotas, uma ida até lá.
As entradas são gratuitas e não é todos os dias que se tem a oportunidade de poder ver Keympa, Brigada Victor Jara, Lufa Lufa e Luar na Lubre.
Deixo aqui uma amostra do som dos Lufa Lufa, espero que gostem.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Agenda

É já este fim-de-semana que vai decorrer, no Parque Urbano da Rabada - Burgães, o IV Festival Multicultural de Santo Tirso.
O programa está muito atractivo e justifica perfeitamente uma "saltada" até lá, senão vejamos:
No primeiro dia há Orelha Negra, Os Tornados, MU, Karrossel e Nine 22.
No segundo dia temos Rita Redshoes, Tiguana Bibles, B Fachada, Noiserv e Falei Por Falar.
As entradas são gratuitas, por isso não há desculpas...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Festival Intercéltico de Sendim - Dia II

No segundo dia as actividades começaram, para os mais madrugadores, às nove da manhã com “La Ruta de is Celtas”, passeio guiado por vários pontos de interesse na região. A partir das 10h e 30m eram ministrados cursos de iniciação ao Mirandês que é a segunda língua do nosso País.
Ao almoço a tradição, para quase todos os que vêm ao Festival, tinha de se cumprir, degustando a bela da Posta Mirandesa, um dos ex-líbris gastronómicos da região.
Pela tarde decorreu na Casa do Pauliteiro, uma muito concorrida homenagem ao Gaiteiro Delfim de Jesus Domingues.No Largo da Igreja, quando o calor diminuiu, deu para assistir ao 6º Gaiteiricos – Convívio de jovens Gaiteiros do planalto Mirandês que deu para ver que não é por falta de músicos que se vai perder a tradição. Foi bonito ver miúdos, alguns mais pequenos que as gaitas que tocavam, a mostrar que a música de Miranda está viva e tem futuro!
Antes dos concertos da noite, veio um “lanche ajantarado” onde não faltou a alheira, o presunto e o queijo, tudo bem rematado no final, com um cálice de hidromel (bebida que vêm dos antigos celtas) – para nos lembrar que não é só a música que nos traz a Sendim. Depois do corpo alimentado, fui então tratar do “espírito”.A noite no recinto principal, começou com o concerto dos lisboetas Uxu-Kalhos que nos trouxeram a sua mistura de sons eléctricos contemporâneos com os sons de raiz tradicional.
O melhor momento da noite e talvez de todo o festival, veio dos fantásticos Oysterband, banda do Reino Unido que já conta com mais de trinta anos de carreira e que já tinha vindo ao primeiro intercéltico de Sendim, deu um concerto como se ainda tivessem todos 18 anos.Ao quarto tema, “Here comes the flood”, nas suas palavras “uma velha canção socialista”, já estavam John Jones (vocalista e acordeonista da banda) e Ray “Chopper” Cooper (violoncelista e baixista), a cantar no meio do público, que veio ainda em maior número que na sexta, talvez para ver precisamente uma actuação deste nível.A partir daqui o público ficou completamente rendido à categoria desta banda, seguiu-se um desfilar de temas que chegaram a ser cantados em simultâneo pelo público, como foi o caso de “Every Where I Go”. Não faltaram temas como “Meet You There”, “On The Edge”, “Blood Red Roses”, enfim, foi um concerto inesquecível para todos os presentes.A encerrar o palco do Festival estiveram os Garma, banda revelação da zona da Cantábria que trouxe a sua mais recente formação de excelentes músicos e que nos deu um concerto muito competente onde as atenções foram repartidas entra a beleza da música e da sua voz principal. A música deste grupo é caracterizada por ritmos bem dançáveis, onde não falta um “cheirinho” brasileiro, introduzido pela flautista Fernanda Freitas. Foi um belo fim de festa.O remate final veio de um grupo de pauliteiros (à civil) que conseguiu animar todos os que ficaram no recinto a adiar o fim desta grande noite, mais uma vez deu para ver que há uma grande massa de jovens na região que garantem que a tradição musical Mirandesa tem um Futuro risonho à sua frente.Agora que venha um 12º Intercéltico de Sendim ainda mais forte que os anteriores.