Lisboeta de gema, João Morais, membro de bandas punk rock como os Gazua (entre outras), fez algures uma inflexão (ou não) e agarrou-se à viola campaniça, tentando musicar a sua cidade.
A esse projecto deu-lhe o nome de "O Gajo", e o seu registo discográfico, leva o nome de "Longe do Chão"
Quando à partida poderemos pensar que a campaniça não tem nada a ver com Lisboa, ao ouvir as malhas que ele construiu, acabamos por ver que "a coisa" faz bastante sentido.
Na passada semana tive o prazer de o ouvir a explicar a sua música no programa "Indiegente", e a sua conversa com o Nuno Calado é o melhor "cartão de visita" para o disco que poderíamos ter.
Oiçam tudo a partir do minuto 21, eu fiquei encantado com a música e com a conversa, sabe muito bem ouvir rádio assim.
O vídeo de estreia chama-se "Há uma festa aqui ao lado":
O disco está Excelente!
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São sombras vagas de final de tarde que povoam o universo d’O Gajo e nos contam histórias da cidade oculta.
“Longe do Chão” é um álbum a solo do artista João Morais que conta com 11 músicas instrumentais e que presta homenagem à cidade de Lisboa através das suas sonoridades e melodias que captam o universo nostálgico mas ao mesmo tempo eufórico da cidade.
O primeiro single do disco, “Há uma festa aqui ao lado ”, já tem videoclipe lançado e é o tema que serviu de teste ao casamento de ideias antigas com o novo som da Viola Campaniça, instrumento que orienta todo o trabalho d'O Gajo.
"A fusão correu bem e o casamento está para durar”, admite o próprio artista.
“Longe do Chão” é um voo sobre nós próprios embalados por uma Viola Campaniça que nos enche como a maré e nos inunda com sentimentos de naufrágio.
Sobre O Gajo:
O Gajo nasce em Lisboa na primavera de 2016 pelas mãos de João Morais com
o intuito de ligar a sua música à terra que o viu nascer, Portugal. É
assim que surge a relação com a Viola Campaniça, um instrumento de raiz
tradicional que faz parte da história centenária e cultural portuguesa.
Também designada por Viola Alentejana, a Viola Campaniça era o instrumento musical usado para acompanhar os célebres cantares à desgarrada, ou ”cantes a despique”, nas festas e feiras do Alentejo.
João Morais é músico desde 1988 e depois de quase 30 anos a tocar guitarras vindas de fora, é num concerto em Beja que conhece a Viola Campaniça. A que traz para Lisboa ganha novas tonalidades afastando-se da linguagem mais tradicional mas mantendo intacta a sua Portugalidade.
As composições d’O Gajo podem soar a fado, mas não são fado, podem soar a música tradicional, mas não são música tradicional, são um híbrido disso tudo e muito mais.
O Gajo toca música do mundo.Também designada por Viola Alentejana, a Viola Campaniça era o instrumento musical usado para acompanhar os célebres cantares à desgarrada, ou ”cantes a despique”, nas festas e feiras do Alentejo.
João Morais é músico desde 1988 e depois de quase 30 anos a tocar guitarras vindas de fora, é num concerto em Beja que conhece a Viola Campaniça. A que traz para Lisboa ganha novas tonalidades afastando-se da linguagem mais tradicional mas mantendo intacta a sua Portugalidade.
As composições d’O Gajo podem soar a fado, mas não são fado, podem soar a música tradicional, mas não são música tradicional, são um híbrido disso tudo e muito mais.
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