Festival Sinsal Son Estrella Galicia 2019
26 a 28 de Julho
Texto e Fotos de Miguel Estima
Começo esta prosa por explicar que o festival decorre numa
ilha, e que o acesso ao festival se faz por barco. O bilhete para o festival
inclui o acesso de barco para o evento. É um festival diurno, de aforo muito
limitado, estão 800 pessoas na ilha incluindo a organização e músicos. É um
festival de pequeno formato.
É um festival surpresa. O cartaz não é revelado até ao
primeiro barco de público chegar à ilha. E este conceito mantêm-se vivo há dez
anos, já foram realizados dez festivais na ilha, e cada vez existe mais público
interessado em vir e em participar no evento, ou diria ainda melhor em viver a
experiência da ilha.
O Sinsal não se faz só dos concertos. Existem uma série
de actividades paralelas desde as conferencias, actividades para os mais novos
e os passeios de kayak. É um festival onde se vêm famílias com filhos menores a "festivalar", porque existe sempre espaço para todos.
Este ano marquei presença em dois dias do evento. A sexta-feira
e o Domingo. Curiosamente em ambos os dias tinha projectos portugueses. Na
sexta, dia com cinco concertos, destaco logo um forte início com uma das poucas
presenças galegas deste ano a Mercedes Peón, e estando a festa instalada todo o
resto correu de maravilha. Mesmo com o fado da Lina com o Raul Refree (o
catalão que tocou com a Rosalia), o dia foi decorrendo de uma forma “nova” para
os ouvidos, já que é aí que reside a essência do festival.
No Domingo, o dia com sete concertos começou na Malásia, mas
foi a Surma que a meio da tarde agitou a massas que ainda estava a comer
qualquer coisa e demorou até se instalar em frente ao palco.
Em boa hora que
Elom cancelou, pelo menos para termos uma segunda oferta tuga. Depois foram
quatro concertos fantásticos, os Stuff, numa base mais electrónica, seguido da
brasileira Liniker com os seus Caramelows que fizeram vibrar a ilha de San
Antón, os ingleses com o brit pop rasgadinho dos Teleman e como habitualmente o
funk de Michelle David & Gospel Sessions que fizeram vibrar público, staff
e os elementos de outras bandas que se foram misturando criando uma massa
compacta de gente a vibrar até ao ultimo segundo na ilha.
Um festival que continua uma forte aposta por alternativo, e
que merece sempre a atenção de um melómano. A repetir sempre que possível.
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