O Miguel Estima esteve na segunda semana do Guimarães Jazz no Centro cultural Vila Flor e aqui deixa as suas imagens e o seu relato.
Dizem que quem vai a um concerto de jazz o faz por gosto. Com empenho e vontade de assistir a um espectáculo único. Não é de todo um estilo musical de fácil agrado ao ouvido, não tem gosto a pipoca e muito raramente existe difusão do jazz na comunicação social, por não ser tão bem aceite.
A edição deste ano do Guimarães Jazz, tinha um desígnio bem vincado, logo anunciado na abertura do festival. Uma justa homenagem ao Adolphe Sax, o criador do saxofone nascera 200 anos antes. Justificada assim a presença de brilhantes saxofonistas como David Murray e James Carter na primeira semana e agora de Lee Konitz e Joshua Redman.
Não foi por isso de estranhar, o auditório cheio para receber na passada sexta-feira, 14 de Novembro, Lee Konitz , uma figura quase lendária do jazz e um dos mais influentes músicos do nosso tempo. O mestre saxofonista de Chicago veio em formato quarteto acompanhado do pianista Dan Tepfer, do contrabaixista Jeremy Stratton e do baterista Georges Schuller, todos eles instrumentistas de uma nova geração do jazz. Com um estilo idiossincrático e uma forma inovadora como aborda o saxofone, Konitz fez as delícias da noite e marcou de forma indelével o elevado estatuto que se confere ao Guimarães Jazz.
O concerto de encerramento da edição do Guimarães Jazz 2014 esteve a cargo da inovadora e prestigiada Trondheim Jazz Orchestra com o muito aclamado saxofonista norte-americano Joshua Redman como solista.
Esta orquestra tem, ao longo dos últimos treze anos, feito um percurso sólido de afirmação no contexto jazzístico europeu mediante ambiciosos projectos envolvendo tanto os mais importantes músicos de jazz noruegueses como figuras de dimensão mundial.
A direcção artística é protagonizada por Eirik Hegdal, um músico e compositor de uma nova geração do jazz da Noruega que assumiu a responsabilidade de projectar a Trondheim Jazz Orchestra para patamares de maior exigência e estímulo artísticos. Neste espectáculo foram apresentadas composições de Hegdal, complementadas e enriquecidas pela enorme inventividade formal e o virtuosismo técnico do saxofone de Redman, tendo o público, apreciado a música tão exploradora quanto vibrante e festiva.
A terminar as sessões da sala principal aconteciam nesta segunda semana as habituais Jam’s Sessions desta vez no café concerto do Centro Cultural Vila Flor. Uma fábrica de sons em rodopio constante de músicos em palco! Uma forma simpática de ouvir e ver músicos dos concertos com outros elementos presentes na sala!
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