Estamos no Inverno, tempo frio, chuva e outros condicionalismos atmosféricos como ventos fortes e neve nas terras altas, a condicionar todo e qualquer aficionado a se deslocar para uma sala de espetáculos. Quando se trespassa essa barreira é porque a vontade é muita, e claro, se está predisposto a ouvir e ver coisas novas.
A proposta do Teatro Diogo Bernardes no passado sábado 17 de Janeiro, não era de todo comercial. Não andam a encher as salas por onde passam, mas quem os experimenta certamente fica com vontade de repetir. Digo isto porque também existem outros projectos que vemos uma vez e está visto.
A primeira parte estava a cargo de Guilherme Efe, ou melhor por Grutera, alter-ego deste jovem, muito jovem diria mesmo, guitarrista. Só guitarra, porque nem sempre é necessária a voz. Depois de repetidas vezes em audição em casa, ao vivo a coisa ganha novas dimensões. Isto porque nem todos se apresentam num palco, a solo, só para tocar guitarra.
Se a primeira parte foi uma viagem, o que dizer dos Indignu. Chamar-lhe uma Odysseia, talvez seja o termo mais correcto. Foi um concerto corrido, quase sem pausas, para apresentar o mais recente álbum de estúdio. Uma viagem autêntica no tempo!
Coesos em palco, foram uma banda equilibrada com uma forte pujança em palco, que fez a assistência vibrar em cada acorde. É uma viagem de post-rock, por vezes em ambientes mais góticos, mas é necessário rótulo?
Mais importante do que qualquer etiqueta, é que eles sabem cativar o público nessa viagem. Transportando-o com muito amor para uma atmosfera única e muito peculiar.
Texto e Fotos de Miguel Estima
Podem ver a foto-reportagem completa na página de facebook deste blog.
Sem comentários:
Enviar um comentário