Em palco a cada momento fui sentindo a capacidade encantatória, não só da voz de Tracy, mas também a “química” que vai desenvolvendo com os músicos, e ao mesmo tempo com o público. As tiradas de humor são várias e em crescendo, fazendo um necessário antagonismo com o peso as canções. Se não fosse este “scottish humor”, creio que sairíamos dali todos a chorar de emoção. Assim, foi a sorrir, que acabámos por nos ir distraindo um pouco, encarando as canções de uma forma bem diferente, quase sentindo o fim de tudo como o alegre princípio de algo. Para isso também contribuem os arranjos ao vivo que são bem diferentes do que ouvimos no disco, dando lugar a novas reinterpretações das canções.
Foi uma noite em que a alegria e a tristeza se mantiveram sempre lado a lado, acabando no fim por vencer a alegria. Tudo isto sem direito a encores, pois como a própria disse: É melhor dar tudo o que temos a dar e depois ir para casa, sem fazer aquele teatro de sair do palco para voltar logo depois. Que venham muito mais noites destas, ver a Tracy ao vivo é uma experiência que recomendo a toda as pessoas que gostam de boa música e que gostam de passar um bom bocado a ouvi-la.
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