quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Old Jerusalem - A Rose Is A Rose Is A Rose


Se fosse há uns anos, era capaz de pôr de lado e nem sequer ouvir esta maravilha, feita por Old Jerusalem e seus cúmplices, que dá pelo nome de A Rose Is A Rose Is A Rose. Desta vez, os “astros alinharam-se” e ouvi o novo disco, de ponta a ponta, mais que uma vez.
Não sei se foi por chegar cansado do trabalho, se por a idade me ter feito começar a apreciar sonoridades mais calmas, o que sei é que, assim que comecei a ouvir a primeira faixa – “A Charm” – deu-se um click dentro de mim. Esta faixa passou directamente para o meu top de canções perfeitas, pois é disso mesmo que se trata, uma canção perfeita!
Todas as restantes são muito boas quer a nível de orquestrações, em que se vão ouvindo, numas, cordas (violinos e violoncelos), noutras é o piano que me cativa e noutras ainda são os restantes instrumentos e as vozes.

One for dusty light, tema escolhido para single, é outra das canções que se destaca, até porque se diferencia bastante da restante “toada” de todo o disco, é talvez um tema mais “Western” que pede grandes pradarias ou viagens em que se pode observar a paisagem envolvente.
Mas este disco é, acima de tudo, para se ouvir em loop, pois a cada audição, vamos descobrindo algo novo que cativa.
Daqui d’A Certeza da Música leva um Muito Bom que é a segunda melhor classificação que damos. Os Concertos de lançamento vão ser nos seguintes locais e datas:
02 ABRIL/ ZDB, LISBOA
08 ABRIL/ MAUS HÁBITOS, PORTO
16 ABRIL/ TEATRO GIL VICENTE, BARCELOS

Carregando em Ler Mais ficarão a saber mais sobre o disco e o/s seu/s autor/es

Rose is a rose is a rose is a rose.” (Gertrude Stein, Sacred Emily, 1913)
"The meaning of anything is merely other words for the same thing. After all, a rose is a rose is a rose. That's not bad.” (Calvero, personagem interpretado por Charlie Chaplin no seu filme Limelight, de 1952)
O Disco
Depois de um período de interregno desde o último álbum homónimo editado em 2011, Old Jerusalem regressa às edições discográficas com “A rose is a rose is a rose”, o sexto trabalho de longa duração do projecto.
Por contraponto ao anterior “Old Jerusalem” (PAD, 2011), integralmente composto e intepretado por Francisco Silva, “A rose is a rose is a rose” retoma a colaboração com outros músicos, destacando-se a este título o trabalho desenvolvido com Filipe Melo, responsável pelo piano e arranjos de cordas do álbum e um verdadeiro e empenhado cúmplice na delineação do rumo estético do trabalho.
De facto, quase poderia afirmar-se que na sua génese as canções de “A rose is a rose is a rose” serviram como “pretexto” para esta colaboração, que começou a delinear-se logo no momento em que os dois músicos se conheceram, num concerto de homenagem a Bernardo Sassetti em Lisboa.
Juntando à prestação de fiéis colaboradores habituais (como o produtor Paulo Miranda e o baterista Pedro Oliveira) os contributos de músicos e técnicos que trabalham pela primeira vez em disco com o projecto (o já mencionado Filipe Melo no piano, Nelson Cascais no contrabaixo, as colaborações pontuais de Petra Pais e Luís Ferreira, dos Nobody’s Bizness, na voz e guitarras, respectivamente, o quarteto de cordas de Ana Pereira, Ana Filipa Serrão, Joana Cipriano e Ana Cláudia Serrão, bem como o trabalho de misturas de Nelson Carvalho e de gravação de Luís Candeias e João Ornelas), “A rose is a rose is a rose” apresenta uma versão de Old Jerusalem mais expansiva, ainda que sempre centrada na atenção às canções e à forma mais eficaz e agradável de as comunicar ao ouvinte.
 Biografia
O projecto Old Jerusalem iniciou actividade em meados de 2001, tendo gravado um registo de apresentação em Dezembro desse ano em conjunto com os Alla Polacca (a demo Old & Alla). Este registo de estreia do projecto marca também o início da actividade pública de Francisco Silva – o mentor da banda - enquanto escritor de canções.
Depois de alguns concertos e de participações em várias compilações, o projecto Old Jerusalem lançou em Janeiro de 2003 o álbum de estreia, “April”, produzido por Paulo Miranda e editado pela Bor Land. Desde aí Old Jerusalem tem mantido um nível de actividade regular, entre concertos, edição de novos registos – “Twice the humbling sun” (2005), o split-EP “Splitted” (2006) em conjunto com Puny e Bruno Duarte, “The temple bell” (2007), “Two birds blessing” (2009) e o álbum homónimo “Old Jerusalem” (2011) - e colaborações com outros artistas, não só como músico/intérprete (The Unplayable Sofa Guitar, Green Machine, The Neon Road, entre outros), mas também como autor, tendo desenvolvido a este título trabalho com artistas tão diversos quanto Carlos Bica, Bernardo Sassetti, Alla Polacca, Mandrágora ou Kubik.

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