Se há coisa da qual me orgulho, é da quantidade de gente boa que fui conhecendo graças a este blog. Da enorme lista que já consigo fazer, dou um particular destaque à dupla composta pelo Fausto da Silva e pelo Nuno Ávila, mestres obreiros do Santos da Casa e incansáveis divulgadores de quase toda a música feita por portugueses.
Com eles tenho aprendido muito e, como tal, não poderia deixar de divulgar mais uma edição do Festival Santos da Casa.
O Santos da Casa, programa de música portuguesa da Rádio Universidade de Coimbra, que vai para o ar todos os dias entre as 19 e as 20h, em 107.9 ou www.ruc.fm, festeja em 2017 as suas bodas de prata.
Tal como Amália Rodrigues também eles não sabem qual o dia do seu nascimento. Porque a RUC faz anos a 1 de março, a dupla que "aguenta" os Santos da Casa (Fausto da Silva e Nuno Ávila), convencionou ser esse o dia do nascimento do programa.Por isso em 2017, a 19.ª edição do Festival Santos da Casa, tem muito mais significado, ao assinalar tão importante data.
Os propósitos continuam a ser os mesmos. Mostrar em palco, bandas e artistas que regularmente são divulgados no programa e no blog. Continuar a trazer à cidade, artistas que nunca por aqui mostraram o seu talento. Sempre que possível apadrinhar o nascimento de novas bandas e apresentar novos espaços para a realização de concertos e debates.
19 é um número que nos enche de orgulho. Perceber a quantidade de horas que "oferecemos" de música à cidade, chega a dar-nos um arrepio na espinha. Mas acima de tudo, uma vontade enorme de continuar a trazer a Coimbra alguns dos projetos que todos os dias divulgamos e em que acreditamos.
E cá estamos de volta com o Festival Santos da Casa, no ano em que o programa da RUC com o mesmo nome chega às 25 primaveras. Por isso de 25 de março a 25 de abril vamos encher a cidade de música.
Sempre foi esse o nosso fito, tentar provar a todos que existem boas bandas para ver e ouvir.
Começámos quando a rádio fazia 13 anos com 13 bandas a tocar no antigo auditório Salgado Zenha na AAC. Concertos transmitidos em directo no programa. Algumas bandas a terminarem o ensaio de som já com o indicativo do programa no ar. Uma saudável pilha de nervos para todos`
Mas o bicho ficou cá dentro a roer e nunca mais parámos de organizar coisas. E é o que se vê.
Depois, enquanto o Le Son foi vivo, fizemos desse espaço a moradia do Festival. Assim que ele fechou portas, o Festival Santos da Casa tornou-se nómada e tomou de assalto todos os espaços da cidade onde era possível mostrar som.
O corredor e terraço da nossa RUC, o Museu dos Transportes, o àCapella, a FNAC, a Via Latina, a Galeria Santa Clara, o Ar D’Rato, o Arte à Parte, o Salão Brazil, o States, o CITAC, o TEUC, o Aqui Base Tango, o Auditório do Conservatório de Coimbra e o Teatro Loucomotiva em Taveiro e o Café Santa Cruz foram alguns dos espaços que acolheram as bandas por nós escolhidas.
Este ano estreamos um espaço que para já está no segredo dos Deuses. Esta itinerância tornou-se marca da casa.
Bandas? Tantas e sempre tão boas. Por isso as escolhemos. Muitas estreias, que com orgulho nosso se tornaram em certezas. Muitos grupos a regressarem a Coimbra para comprovar o seu talento. Algumas noites com casas de respeito.
Destaques? É sempre ingrato. Todos merecem o nosso carinho e admiração. Contudo, se vos falarmos de A Naifa, Paus, Anaquim (que tocaram pela primeira vez na vida no nosso Festival), [F.E.V.E.R.]. Sam The Kid, Linda Martini, Dealema, B Fachada, Capicua, Dead Combo, Samuel Úria e Ermo, Balla e D’Alva, os outros nos desculparão. Mas todos eles nos encheram as medidas e se tornaram amigos do peito.
Nestes últimos anos temos alargado o nosso campo de acção. Não só os concertos fazem parte da agenda. Temos tido agradáveis conversas sobre música e já projectámos som na tela.
Se nos perguntam se continua a ser válido mostrar em palco alguns dos sons que divulgamos no nosso programa, blog e facebook, dizemos sem pestanejar que sim. Existem por aí muitas bandas a valerem este nosso esforço.
Este ano a festa volta a ser grande. Vão ser noites memoráveis com um naipe de bandas e artistas que nos enchem de vaidade.
Por isso, contamos com todos. O público é sem dúvida o prato forte deste festival. A vocês pedimos que apareçam para ver novas bandas ou daqui a uns meses lamentar-se-ão por terem deixado escapar um nome que poderiam ter visto quase em primeira mão.
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