Westway Lab Festival transforma Guimarães no centro da criação musical
À
quarta edição, que decorrerá de 05 a 08 de abril em Guimarães, o
Westway Lab Festival mantém o conceito, mas ganha nova dimensão e novo
fôlego. Refaz-se a partir do que já havia construído para crescer. O
cartaz é ambicioso e conta uma programação variada que contempla
Residências Artísticas, Conferências PRO, Talks, Showcases e Concertos,
integrando ainda o cinema, uma novidade que se traduz no concretizar
de mais uma relação internacional, desta vez com o reputado South by
Southwest Festival (SXSW). Nomes nacionais e internacionais, todos
juntos para criar e discutir música e tudo o que esta indústria abarca. O
festival, com caraterísticas únicas no país, cresce e estende-se à
cidade, que também contribuirá com quatro novos palcos, tornando o
festival cada vez mais participado e alargado. Em 2017, o Westway Lab
Festival reafirma-se como força criativa, de cariz único em Portugal,
envolvendo público e artistas em torno do universo musical.
Inovar
e crescer, dois objetivos inscritos na matriz de conceção do Westway
Lab Festival desde o seu primeiro respiro. Objetivos que têm gerado o
combustível necessário para que este festival original e único nascido
em 2014, na cidade de Guimarães, seja já referenciado a nível
internacional. A edição deste ano segue o trajeto das anteriores,
acrescentando-lhe mais e mais camadas, aproximando, cada vez mais, o
festival à própria cidade. Este ano, uma das grandes novidades propostas
será a polinização da música – arte central do festival – pelo cinema,
no concretizar de mais uma relação internacional, desta vez o reputado
South by Southwest Festival (SXSW), convidando dois representantes do
mesmo para um painel especial sobre o SXSW e SXSW Film em parceria com a
Associação Empresarial WHY Portugal.
O Westway Lab Festival arranca com as Residências Artísticas
que têm lugar no Centro de Criação de Candoso (CCC) entre 27 de março e
04 de abril. Apesar de ser um momento “invisível” para o público, é
aqui que vários artistas, de diferentes nacionalidades e dos mais
variados estilos musicais, se juntam para criar música, em contexto
local e de extrema proximidade. Este é um dos vetores mais distintivos
do festival, cujo resultado é dado a conhecer ao público nos Showcases
que terão lugar no Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor (CCVF).
Um dos momentos igualmente mais diferenciadores do Westway Lab são as Conferências PRO,
que acontecem de 05 a 08 de abril no Palácio Vila Flor. Com o apoio da
AMAEI e da Fundação GDA, estas conferências redobram os seus esforços
para incentivar a partilha de conhecimento do mercado da música entre
profissionais de topo e as comunidades de artistas, nacionais e
internacionais. Este ano, no centro do debate estará a indústria musical
Francesa e Sueca, dois casos ímpares de sucesso no mercado europeu.
Como oradores contam-se, entre outros, Sara Thorstensson e Linda
Brandemark da BILDA e Mattias Tell, do KulturUngdom. De notar que a
estas sessões chegam também Mirko Whitfield, representante europeu do
SXSW, e Claudette Godfrey, da SXSW Film, que vêm a Guimarães para falar
da essência do South by Southwest Festival (SXSW).
Nos dias 05, 06 e 07 de abril, às 18h00, as Talks
são o primeiro momento de abertura dos artistas após uma semana de
criação em Candoso (CCC). Estes encontros, que proporcionam um primeiro
contacto com o público, têm lugar em alguns dos mais emblemáticos locais
da cidade de Guimarães. Este ano, e como tem vindo a ser habitual,
renovam-se as conversas descontraídas no Tio Júlio e no Cor de
Tangerina, acrescendo um local a esta iniciativa, o mítico Café
Milenário. A vibração destes encontros é cada vez mais forte e
impactante na história do festival, porque geram novas ideias com
possível implementação futura.
O Café Concerto do CCVF recebe os Showcases nos
dias 05 e 06, às 21h30, momento do festival em que o público é
confrontado com o resultado de vários dias de trabalho e troca de
experiências que tiveram lugar no Centro de Criação de Candoso. Na noite
de 05 de abril, o palco está reservado para as atuações de Jaran com
Yafeni e Buslav com Urso Bardo. Terminados estes showcases, segue-se o
concerto dos The Mondanes, um dos mais excitantes novos projetos da cena
musical sueca. No dia seguinte, no mesmo local e à mesma hora, decorrem
os showcases dos The Courettes com Nick Suave, seguidos de Pedro
Coquenão (Batida) com Guillermo (Primitive Reason) e com Juju
(Terrakota). Depois destas atuações, são os noruegueses Yuma Sun,
conhecidos pela sua entrega em palco, que tomam conta do Café Concerto.
No
dia 07 de abril, às 22h00, o Grande Auditório do CCVF recebe um
espetáculo único que nasce de um desafio lançado pelo próprio Westway
Lab Festival. Quest, projeto de Joana Gama e Luís Fernandes que cruza o piano e a eletrónica, apresenta-se com uma nova colaboração, desta vez com a Orquestra de Guimarães.
O duo aventura-se por novos caminhos e tira a Orquestra da sua zona de
conforto. Neste trabalho original para piano, eletrónica e ensemble –
que conta com a cumplicidade de José Alberto Gomes na orquestração e
arranjos – amplifica-se e complexifica-se a sonoridade que caraterizava
“Quest”.
No mesmo dia, às 23h00, chega-nos da Polónia Buslav para
apresentar o seu disco de estreia no Café Concerto do CCVF. Este
compositor, letrista e multinstrumentista mistura na sua música a
eletrónica, a pop e um lado mais acústico, ingredientes que originam
concertos que são uma viagem em espiral emocional que tão depressa
apelam ao lado mais melancólico como, de seguida, transformam a sala de
concertos numa festa.
Este
ano, uma das grandes novidades do festival tem lugar no dia 08, entre
as 15h00 e as 18h30, momento em que o Westway Lab Festival cresce em
direção à cidade com os City Showcases, que acontecem no CAAA
(Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura), no Convívio Associação
Cultural, no Bar da Ramada e no All Guimarães. Esta iniciativa reafirma a
abertura, inclusão e participação no evento de cada vez mais artistas,
público e outros intervenientes culturais na cidade. Estes quatro locais
convertem-se, na tarde de sábado, em pontos cardeais de uma experiência
artística em roteiro pelas várias geografias de Guimarães, ao som da
música que se faz no mundo. Adée, Ohrn, Joel Sarakula, Cristóvam, Maybe Canada, The Jools, Serushiô e Vienna Ditto são os projetos que vão ocupar estes palcos.
Depois
de uma tarde de concertos espalhados pela cidade, à noite a música
concentra-se no CCVF com espetáculos que vão tomar conta de todas as
salas deste espaço cultural para a derradeira despedida do festival. A
abrir os palcos, às 21h30, o festival conta com prata da casa, com a
vimaranense Sofia Ribeiro a apresentar no Pequeno Auditório o seu
projeto a solo, Lince. Aqui, a voz doce e delicada de Sofia
faz-se acompanhar do som clássico do piano a que junta, com destreza, o
instrumental eletrónico.
Às
22h30, a festa passa para o Grande Auditório do CCVF, onde se aguarda
uma dose dupla de concertos. Os primeiros a subir ao palco são os You Can’t Win, Charlie Brown que vêm apresentar o seu último disco, “Marrow”, trabalho em que a banda não se conteve em aliar à sua sonoridade mais indie-folk, as potencialidades da eletrónica. O maior palco do CCVF recebe de seguida os XIXA,
provenientes de Tucson, Arizona (EUA), que trazem ao Westway Lab
Festival um promissor concerto que transportará o público ao deserto,
com um som que respira a natureza selvagem. Imbuída no mais puro
psicadelismo da década de 70, com guitarras a soar a essência do
rock’n’roll, esta banda pinta com a música as paisagens áridas da sua
terra natal.
A quarta edição do Westway Lab Festival termina, à meia-noite, no Café Concerto do CCVF, com a atuação dos :Papercutz
que trazem na bagagem o novo álbum de originais, “King Ruiner”. A nova
vocalista, Catarina Miranda, conhecida pelo seu trabalho como Emmy Curl,
traz novidades à sonoridade deste projeto que evoca harmonias pop e
motivos corais encontrados em geografias não ocidentais. Apresentando-se
ao vivo em formato trio, os :Papercutz tocam melodias interpretadas por
sintetizadores analógicos, batidas urbanas, texturas ambientais e
percussões de raiz tribal.
Nesta
edição, para além dos bilhetes individuais, o festival tem disponíveis
dois tipos de passes, em número limitado, que dão acesso aos concertos.
Os showcases têm entrada livre. Os bilhetes para os concertos, bem como
os passes, poderão ser adquiridos na bilheteira do Centro Cultural Vila
Flor, Plataforma das Artes e da Criatividade, Lojas Fnac, El Corte
Inglés, entidades aderentes da Bilheteira Online, e via online em www.ccvf.pt e oficina.bol.pt. As inscrições nas Conferências PRO podem ser realizadas online em www.ccvf.pt e www.westwaylabfestival.com.
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