quarta-feira, 19 de abril de 2017

Westway Lab 2017 - Report

Westway Lab Festival 2017 - 8 de Abril
Texto e Fotos de Miguel Estima

Guimarães continua a ser um pólo catalisador de arte, e, nestes dias de Abril, acontece a cada ano o Westway Lab. Mais do que um festival, este evento é um encontro de músicos e de “gentes” ligadas à música.
Da longa semana de eventos, a minha escolha incide sempre no dia de fecho do certame. É o dia “forte” da programação do festival, com eventos de manhã à noite.
A novidade deste ano - os showcases do gigmit stage, passaram para a cidade, o que se provou ser uma excelente decisão.



Feito o meu trabalho de casa de pré pesquisa das oito bandas presentes, a escolha recaía sobre o Joel Sarakula e The Jooles, dando, ainda, para espreitar Ohrn, Maybe Canada e Vienna Ditto.
Com o almoço tardio e o calor que se fazia sentir, foi mais apetecível a esplanada do que ir logo para o primeiro concerto do duo Adée no Convívio.
Assim, o meu começo foi com os Ohrn, que tentaram ‘dar tudo’ a uma parca e inóspita plateia no CAAA.
Estava à espera do melhor, que estava prestes a começar no All Guimarães, com o Joel Sarakula, que vinha com os The Jooles como banda de suporte.
Foi sem dúvida um dos melhores concertos de todo o meu WWL de 2017. Foi uma belíssima performance de electro-pop. Findo este concerto, ainda foi tempo para subir até ao convívio e ver o Maybe Canada, que, depois do Joel, foi como um balde de água fria, no meio da tórrida tarde de Guimarães.

Era tempo de fugir depressinha para os The Jooles, nesta segunda e verdadeira actuação da tarde. Com uma pop fresquinha, a blackbox do CAAA esteve ao rubro num clima de festa instalada pela banda de Berlim.
A fechar a minha tarde, estiveram os Vienna Ditto, num rock/punk frenético, mas audível no fantástico espaço do bar da Ramada.
Depois de retemperar as energias com um fantástico prego e subir para o Centro Cultural Vila Flor, para ouvir Lince, o projeto a solo de Ana Sofia Ribeiro, conhecida pela colaboração nos We Trust, que se lança agora sozinha, ou melhor, com a ajuda de Rui Souza.

Foi uma bela performance de uma dream pop, muito apetecível.
 A festa continuou no grande auditório com os You Can Win, Charlie Brown, sem o David Santos e com uma substituição nas guitarras, desde a última vez que os vi. Estiveram como habitualmente muito bem.
E provaram, mais uma vez, que a maioria do público entra na sala para ver a banda portuguesa, já que os XIXA, não agarraram tão bem e a malta começou a debandada para o último concerto da noite com os Papercutz.
Estes, já no café concerto, um espaço que permite maior liberdade e melhor interação com a assistência. Catarina Miranda e Bruno Miguel, acompanhados de André Coelho, deram espaço às electrónicas, depois da agitação rockeira dos XIXA. A terminar em festa, tivemos uma banda em vez de dj set, o que em muito fortaleceu o final desta edição do WestwayLab.

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