A coisa já estava falada há algum tempo , mas naquele dia tínhamos de decidir . Era o dia do Concerto (30 de Abril de 1990). Oportunidade única, havia dinheiro, vontade e autorização dos pais .Temos de ir para Lisboa hoje à tarde, ainda por cima a professora vai faltar. A que horas sai o expresso? A que horas chegamos ? Não há problema a Elsa está à nossa espera na Casal Ribeiro e de lá seguimos para o Coliseu. ´Bora lá.
Conseguimos chegar a tempo, a malta do Tramagal já lá estava e comprou os bilhetes. Vou comer qualquer coisa ali na tasca, têm lá um feijão -frade com atum que me está a chamar, até já . Vamos para a plateia, Coliseu cheio, grande produção, com calhambeque em palco e tudo.
Conseguimos chegar a tempo, a malta do Tramagal já lá estava e comprou os bilhetes. Vou comer qualquer coisa ali na tasca, têm lá um feijão -frade com atum que me está a chamar, até já . Vamos para a plateia, Coliseu cheio, grande produção, com calhambeque em palco e tudo.
Estes GNR não deixam nada ao acaso, por incrível que pareça, à hora marcada começava o concerto. Era a gravação do que iria ser famoso “In Vivo” .
Muito bom tocaram as antigas e tudo, até tocaram aquela da série de televisão, maravilha! Festa em grande, deu para ficar quase rouco e tudo.
Depois da festa tinha-mos de ocupar o tempo até à hora do comboio, a Patrícia encontrou o João Marques , dos Clandestinos, juntámos o resto do pessoal e saímos. O João disse, vamos até ao Bairro Alto que está lá o João.
O espírito era de visita de estudo, estávamos no Bairro certo com alguém que conhecia verdadeiramente a zona, conhecidos a passar nas ruas, visitas aos lugares que os Peste & Sida cantavam.
O espírito era de visita de estudo, estávamos no Bairro certo com alguém que conhecia verdadeiramente a zona, conhecidos a passar nas ruas, visitas aos lugares que os Peste & Sida cantavam.
No Gingão a Elsa teve direito a declamações etílicas de Camões feitas por dois clientes habituais. A mistura de tribos neste local era gira. Seguimos para outro bar, passando pelo Avião, onde os metaleiros compravam litradas de cerveja para beber na rua.
Finalmente encontrámos o João Aguardela. Simpatia e humildade ao natural e ainda me pagou um copo, foi uma honra. Falámos de música, política, tudo. Na minha conversa com ele descobri que era mais velho que eu três anos e três dias.
Os bares foram fechando e nós seguimos a festa para as Palmeiras. O Mário tinha a chave da sede e nós íamos ficar por lá até à hora do comboio. Logicamente ninguém dormiu, com batalha de cubos de gelo e cantorias, foi uma noite muito bem passada.
Aqui foi onde ouvi a melhor versão do “Terça Feira” do Sérgio Godinho alguma vez cantada até hoje, é claro foi cantada pelo João Aguardela, conosco todos a fazer coro. Ainda hoje me arrepio a pensar nesse dia e noite.
Os bares foram fechando e nós seguimos a festa para as Palmeiras. O Mário tinha a chave da sede e nós íamos ficar por lá até à hora do comboio. Logicamente ninguém dormiu, com batalha de cubos de gelo e cantorias, foi uma noite muito bem passada.
Aqui foi onde ouvi a melhor versão do “Terça Feira” do Sérgio Godinho alguma vez cantada até hoje, é claro foi cantada pelo João Aguardela, conosco todos a fazer coro. Ainda hoje me arrepio a pensar nesse dia e noite.
Nunca o João ficou a saber que mais tarde iria nascer um grupo de amigos em Aveiro, auto intitulados de “Os Marinheiros” em homenagem à sua canção “Vida de Marinheiro”, mas isso é outra história…
Acompanhar esta leitura ao som de :
GNR – In Vivo, se for a 1ª edição é porque têm muita sorte
SERGIO GODINHO – Terça – Feira
SITIADOS – “A Noite” e “Sitiados”
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GNR – In Vivo, se for a 1ª edição é porque têm muita sorte
SERGIO GODINHO – Terça – Feira
SITIADOS – “A Noite” e “Sitiados”
1 comentário:
Realmente, deve ter sido um dia e uma noite muito bem passados!!!!
É sempre bom recordar momentos que nos tocaram.
E, estes que passaste são sem dúvida uns deles...
Bjinhos grandes e fica bem ;)
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