No passado sábado, quase dezassete anos depois de os ter visto pela primeira vez no Pavilhão das Feiras de Aveiro (1993), os Pop Dell’Arte regressaram à cidade que, como próprio João Peste referiu – “eles gostam muito e está muito ligada à história da banda” relembrando também o Agitarte, Festival que decorreu em Aveiro em 1985, onde eles tiveram a primeira actuação fora de Lisboa.
O concerto de sábado serviu para apresentar o seu mais recente álbum “Contra Mundum” (que vem numa edição especial e limitada a mil exemplares), disco que está mesmo muito bom e que os traz novamente de volta aos palcos.
O público encheu a plateia do Teatro Aveirense começou por ficar mal disposto com o atraso (mais de meia hora) originado por um problema técnico com um amplificador, que foi resolvido graças ao excelente desempenho dos técnicos do T.A., como depois consegui apurar, junto de um dos músicos da banda.
O certo é que toda a “zanga” inicial que também deixou os músicos com um “nervosismo extra”, começou logo a passar aos primeiros acordes de “Ritual Transdisco” que foi logo seguido de “My Rat-Ta-Ta”, temas que também abrem o disco que contribuiu com sete temas para o alinhamento.
Os “contratempos” ainda não tinham terminado, pois logo após “Mr. Sorry”, foi o pedal da bateria que impediu o desenrolar do alinhamento previsto, mas que foi muito bem, solucionado com a antecipação de “So Goodnight” (tema do EP de 2002 que não precisava de bateria) e “Noite de Chuva em Campo de Ourique”, poema que faz parte de “Contra Mundum” que é cantado “A Capella” e que dá provas da excelente voz que João Peste possui.
A resolução do problema técnico trouxe-nos o belíssimo “Turin Welisa Strada” um dos primeiros temas da banda.
O concerto continuou sem mais incidentes, ora com temas novos, ora com temas que nos acompanham há mais de vinte anos. Não faltaram “Sonhos Pop” (onde se ouviu um trecho de "Recordar é Viver" de Victor Espadinha), nem “Querelle“ e “O Amor É…Um Gajo Estranho”, do álbum “Sex Symbol” (1995) vieram “My Funny Ana Lana”, “Orange Kaleidoscope” e nos encores (que foram dois), “Poppa Mundi” e “Planet Lakroon”. O espírito de Marc Bolan (T.Rex) também esteve presente quando se ouviu a excelente versão de “20th Century Boy”.
O brilhante concerto rematou com o, muito solicitado, “Esborr”.
O que mais gostei, acima de tudo, foi comprovar que canções com 25 anos, continuam bastante actuais, o que só prova o quanto os Pop Dell’Arte andaram sempre “à frente!”. Tive pena por eles não terem tocado o tema “Mai’86”, de resto só posso dizer que foi um concerto “5 Estrelas” como se diz aqui no norte.
O Alinhamento completo e mais algumas fotos podem ser encontradas na página de facebook deste blog.
Quem não os conseguiu ver em Aveiro, pode ir no próximo sábado, até à Casa da Música no Porto, onde eles se vão juntar com os seus “irmãos” – Mão Morta” – numa noite do Clubbing Optimus que promete ser histórica!
2 comentários:
estava cheio o teatro? o povo gostou ou q?
Plateia cheia e em geral todos curtiram!
Tens de carregar onde diz ler mais, para leres toda a reportagem.
Abraço
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