Depois de dois fins-de-semana esgotadíssimos o Cine Teatro de Estarreja recebeu mais um espectáculo musical que mostra o seu enorme ecletismo e que praticamente encheu o espaço palco. Ainda nunca tinha visto nenhum concerto dali, mas comprovei que é uma excelente solução para concertos que não “batam muito certo” com cadeiras.
Desta vez coube aos Os Pontos Negros fazer a festa com o seu Roquenrole que, mesmo com muitas solicitações nesta noite de véspera de Dia de Todos os Santos (recentemente baptizado de noite de halloween), ainda trouxe a Estarreja várias dezenas de fãs conhecedores e desejosos de os ver.
Já vi a banda quatro vezes ao vivo, duas delas para dezenas (este no CTE e o do Mercado Negro no ano passado) e outras duas para milhares (Noites Ritual ’09 e Xutos no Restelo) e o seu empenho e entrega são os mesmos, eles deixam tudo em palco, não importa para quantos.
A “festa” começou com a canção “São Torpes não é St. Torpes” que fecha o recente “Pequeno-Almoço Continental”, logo seguido de “Magnífico Material Inútil” que dá nome ao excelente primeiro álbum.
“Conto de Fadas de Sintra a Lisboa” pôs todos a cantar em coro e o “africano” “Rei Bã” deixou toda a gente a “bater o pé”. O desfile de canções continuou entre estes dois álbuns e o primeiro EP, donde veio o “Lili” que é um dos temas deles que mais gosto.
A empatia e sintonia que criam com o público são permanentes, após o tema “Salomé”, veio Silas (teclista) oferecer algumas t-shirts da banda a algumas pessoas do público, por brincadeira, avisaram que “podem comprar mais souvenirs à saída para ajudar Os Pontos a ir para casa”.
Quase a terminar o concerto veio a pergunta: “já estão aborrecidos?”, imediatamente respondida negativamente, “é que nós já estamos a ficar cansados!” e mesmo “cansados”, arrancaram para o fim do concerto com “Triunfo dos Porcos”, “Duro de Ouvido” e “Depois da Bonança Vem a Tempestade”.
Este foi o alinhamento completo do concerto:
Claro que mesmo depois de terem tocado dezanove canções, o público exigiu mais e eles não defraudaram as expectativas. Saltaram para o palco e tocaram ainda mais três temas, o “festivaleiro” original de Armando Gama – “Esta Balada que Te Dou” que não me agrada muito, o irónico “Roque e Dão” e por fim o grande “Armada de Pau” que descreve uma portugalidade que ainda infelizmente ainda actual.
Para Os Pontos Negros resta-me desejar muitos concertos e que continuem a evoluir como até aqui, se a sua entrega for sempre esta, o Futuro é deles!
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