O Clubbing que decorreu no passado sábado na Casa da Música no Porto marca uma estreia para A Certeza da Música, é que, vendo-me eu impossibilitado de ir até lá, decidi recorrer a uma preciosa ajuda externa.
Já o tinha feito para fotos, mas esta é a primeira vez que o faço também para texto, neste caso a primeira colaboradora oficial do blog foi a Maria João de Sousa, de quem eu já conhecia as "imagens musicais" que podem ser encontradas aqui, e que de pronto e "sem medos"aceitou o meu desafio, lançado tão em cima da hora.
Eu gostei muito do texto e fotos e nem sei como agradecer o trabalho que ela teve e que podem ler aqui:
Eram 22h30 do dia 15 de Janeiro, hora marcada para o início do 1º Clubbing Optimus de 2011 @ Casa da Musica (Porto) e o amontoado de pessoas na entrada ainda era muito.
Entre filas para levantar os bilhetes pré-comprados (sim porque no dia não havia bilhetes à venda, o Clubbing estava esgotado há cerca de 4 dias) e filas para colocar as pulseiras, lá conseguimos entrar.
De passagem pelos bares, verifiquei que o DJ Serge já tinha começado a sua actuação, mas a corrida à Sala Suggia era considerável, creio que a maioria foi a este Clubbing com o intuito de ver Jazzanova.
A cada porta que íamos dar, era-nos indicada, uma outra, pois por aquela já não era possível e o concerto de Jazzanova teria que começar às 23h30 como marcado e com o público sentado.
Entre tantas voltas, passei pelo espaço Cibermúsica, onde Álvaro Costa falava dos Blues e aí sim, a música era boa para os meus ouvidos e até conseguia ver o interior da Sala Suggia, quase repleta.
Mas a vontade de ver o que se passava no seu interior, fez com que desse mais umas voltas e acabei por fazer uma paragem na Sala 2, por onde já tinha passado anteriormente e que se encontrava praticamente vazia, mas desta vez os GlockenWise já estavam a actuar e já havia público.
Não conhecia a banda, mas a música chamou-me para o interior da Sala, onde assisti a algumas músicas e gostei, havia ali punk/rock e bom som de uma banda de Barcelos.
Um pouco antes de terminarem o concerto, voltei a tentar a sala Suggia, passei por mais portas e acabei por ter acesso ao Coro, ou seja, o local onde vemos o concerto por trás do palco.
A sala estava mesmo cheia e segundo indicações informativas, tem capacidade para 1000 pessoas. O público estava todo de pé e a dançar, a pouca luz existente na sala em contraste com os focos do chão e os pins laranja iluminados, fez-me pensar que estava numa discoteca.
Ouvi cerca de 2 músicas, gostei da energia que se vivia na sala e dos músicos cheios de ritmo, mas não era coisa que me fizesse ficar um concerto inteiro e embora não consiga precisar, sei que foi longo.
Não esperei que o concerto terminasse, para sair e embora já se aproximasse a hora do inicio do concerto dos Black Bombaim (00h50) na Sala 2, optei por regressar ao espaço Cibermúsica, onde à 01h00 iria começar o concerto de Noiserv e aí a capacidade era bem mais reduzida e eu queria garantir o meu lugar.
Ainda consegui assistir ao final da apresentação do Álvaro Costa, que ficou a fazer honras de DJ, enquanto se procediam aos últimos preparativos, para o concerto de Noiserv.
A sala começou a encher, o público a ficar bem concentrado e o espaço que indicava ter uma lotação de 80 pessoas, acabou por ter bem mais do que isso, alguns não muito cómodos, pois este espaço tem uma parte que funciona um pouco como corredor e quem ficou nessa zona, não deve ter tido uma perspectiva muito boa do concerto. Merecia sem dúvida um espaço maior!
Próximo da 01h15, o concerto começa com a “Mr Carousel”, tema que faz parte do até à data mais recente Ep de Noiserv "A day in the day of the days" e digo até à data, pois esta 2ª feira, dia 17 sai o Ep/Vinyl “Mr Carousel”, com este tema no lado A e uma remistura do tema "Melody Pops” feita pela americana Julianna Barwick no lado B.
O Som da caixa de música, os desenhos da Diana Mascarenhas que aparecem na tela e o efeito das luzes na parede por trás de Noiserv (David Santos), que é toda em vidro ou acrílico transparente, criam todo um cenário que prende a atenção dos já conhecedores e dos que estão pela 1ª vez a assistir a um concerto dele.
As músicas vão sendo tocadas e os desenhos feitos em tempo real e é fantástico ver as expressões faciais do público, na sua maioria era nítida a forma como se sentiam a fazer parte daquele magnífico ambiente.
Foi bastante aplaudido no decorrer do concerto: sobretudo na “Consolation Prize”, tema do álbum "One Hundred Miles from Thoughtlessness"e na “Palco do Tempo”, tema que faz parte da banda sonora do documentário”José e Pilar”e que sairá em CD no próximo mês de Fevereiro.
No final os aplausos são fortes e David Santos regressa por duas vezes.
Da 1ª, vem tocar a versão da ‘Where is my mind” dos Pixies (tema que faz parte do Volume II do 3 Pistas editado em 2009) e da 2ª, regressa ao Ep "A day in the day of the days", do qual toca o tema “Time 2”.
Confesso que fiquei super contente, pois trata-se de um tema da minha preferência e ainda não tinha tido o privilégio de estar num concerto onde ele tivesse sido tocado.
Noiserv, o projecto de David Santos está em plena ascensão da sua carreira, noto isso a cada concerto que vou, cada vez mais gente interessada em ver, cada vez mais conhecedores do seu trabalho e cada vez oiço e sinto uma voz mais segura.
No final do concerto há alguma conversa e pedidos de autógrafos, para os quais David Santos mostra sempre disponibilidade. Desta vez não esteve tão ocupado como em concertos anteriores, pois a venda dos discos era feita na entrada da Casa da Música, o que impediu o habitual comprar e pedir autógrafos de imediato.
Regresso à Sala Suggia onde estava quase a terminar o concerto de Balla.
Desta vez a entrada foi fácil, não sei como esteva a sala durante o concerto, mas naquela altura, não estava cheia. Já caminhávamos para as 03h da manhã e o público que lá estava, era público que gostava mesmo de Balla, cantavam, aplaudiam e no final quando tocam de novo o tema “Montra” extraído do mais recente álbum “Equilíbrio”, quase todos acompanhavam de pé e alguns foram mesmo para junto do palco.
Com o avançar da hora e toda esta correria, acabei por me esquecer de ir ao restaurante onde estaria Lindstrom, por isso, não vi, logo não posso comentar.
Gostei imenso da noite, só tenho a apontar que uma vez que já era sabido o número de pessoas que ali iriam estar, deveriam ter mais pessoas, tanto na bilheteira como na colocação das pulseiras e cada vez reforço mais a minha ideia de que não gosto muito deste tipo eventos onde decorrem vários concertos em simultâneo, pois como não dá tempo para tudo, acabo por ir ver o que já conheço e sei que gosto e continuo sem conhecer outras coisas que até estavam ali ao lado, mas não dá para estar em dois locais ao mesmo tempo.
16_Jan’11 Maria João de Sousa
3 comentários:
A Certezada Música vai estar presente dia 26 de Fevereiro no Pater Hook?
Beijinhos e Abraço
Duck
A esse Clubbing vou eu próprio, :)
Compraram-me bilhete logo no domingo, não podia peder esta oportunidade, :)
Abraço
Amigo João
Liga me para finalmente ter o prazer de estar contigo pessoalmente!916920101.Podes colocar este post visivel.
Abraço
Duck
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