sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Entremuralhas 2011 - Dia 3


 O último dia voltou iniciou-se, tal como os outros nas ruínas da Igreja da Pena, com aquele que terá sido o mais adequado espectáculo para aquele local. 
 A estreia do duo catalão Narsilion, de Sathorys Elenorth e Lady Nott, que se apresentou com uma formação reforçada com duas das colaboradoras dos Sol Invictus e Cecília dos Arcana. O pequeno espaço ficou repleto para ouvir uma sonoridade neo-clássica de toada ambiental, pontificada por elementos característicos da música medieval e darkwave.
 A última noite do palco Alma ficou reservada a outra banda catalã. Os Trobar de Morte e a sua sonoridade medieval folk, apresentou-se, também, pela primeira vez em Portugal com Lady Morte na Voz, Armand (na Percussão e baixo), Jose Luis Frías (Gaita de Foles, flautas), Fernando Cascales (guitarra), Marta Ponce (violino). As referências ao mundo mitológico medieval são uma constante, pairando pelo ar as sombras de dragões, elfos e batalhas ancestrais. Fábulas que encantaram todos. 
 A despedida do palco Alma no Entremuralhas deste ano ficou a cargo dos suecos Arcana. Este concerto para além de ser mais uma estreia em território lusitano, tinha como atractivo especial o facto de ser o único que a banda deu este ano. Em jeito de retribuição, ambos os elementos dos Narsilion, integraram a banda. O concerto apesar de um inicio um pouco morno, rapidamente as sonoridades claramente de dark folk e os ambientes medievais, associados às magníficas vozes, quer do Peter Bjärgö, quer da Ann-Mari e da Cecilia conquistaram todos. Só foi pena a curta duração deste inesquecível espectáculo.
Finalizada a simplicidade e o brilhantismo dos Arcana o último destino foi ouvir os alemães Diary of Dreams, numa actuação tecnicamente irrepreensível, mas sem qualquer chama emotiva muito tipicamente germânico. Talvez o concerto menos interessante deste Festival que se assume como uma verdadeira alternativa às sonoridades dos Festivais de Verão que se tornam todos tão iguais e desinteressantes, ou, utilizando as palavras de um reconhecido organizador desses festivais: este é que é um Festival com sal e sem pó. Um obrigado à Fade In por tão conseguida organização e até ao próximo ano, para que continuemos a dizer que são rosas senhor, são rosas! 

Texto e Fotos gentilmente cedidas por Ângelo Fernandes 

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