quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Noites Ritual 2011 - Dia 2

 Como é tradição nas Noites Ritual, o segundo dia, tal como o primeiro, começou à hora certa no PR com um concerto dos Thee Chargershttp://www.myspace.com/theechargers - banda composta por por Nuno Gomes (The Mean Devils, 49 Special) na bateria, Filipe Leite (Clash City Rockers) na guitarra, Óscar Gomes (The Mean Devils, Capitão Fantasma) na guitarra e contaram com a participação do Nuno Silva d’Os Tornados no baixo. 
Ao abrigo do anonimato oferecido por máscaras de Wrestling Mexicano, esta banda serviu-nos um excelente Garage/Surf Rock que serviu para animar todos aqueles que iam chegando e se iam chegando, ao ouvirem e reconhecerem alguns dos temas, maioritariamente instrumentais, que iam desfilando.
 “Girls on the Road” foi o primeiro de nove temas que me deixaram com vontade conhecer mais coisas desta banda, seguiu-se “Take it Off”, inspirado no tema “Peter Gunn” e “Istambul”. Depois veio uma versão do clássico “O Vento Mudou” seguido de “Rough Diamond” e do também já clássico “Sheena is a Punk Rocker” dos Ramones que muito me agradou por fim tocaram “The Rise and Fall of Flingel Bunt” e para acabar o set “Tijuana Boots” e “Ants in My Pants”.
Fiquei com vontade de ver um concerto maior e me divertir ao som deste grupo.
Pouco depois e já com muito mais gente a chegar, começava o concerto dos Terrakota no P1. Esta era sem dúvida a noite de sons mais diversificados das Noites Ritual.
 A abertura veio logo com “É Verdade”, um daqueles temas deste grupo que põe logo as pessoas a pensar e ao mesmo tempo a dançar, isto sempre com um permanente apelo às coisas positivas.
O tema seguinte foi “Bolomakoté” e com ele uma passagem pelo Reggae, depois veio o tema que dá nome ao seu mais recente álbum “World Massala” que traz os sons da Índia e em que a cítara tem uma forte predominância. Para acabar foram tocados os temas “Métisses” que fala desta mestiçagem da qual todos fazemos parte, e “Kay Kay” fechou o concerto com um ritmo agradável e imparável.
 Foi um concerto curto mas intenso, onde o apelo à dança foi irresistível, esta banda, principalmente pela alegria e energia positiva que transmite, ficou na minha lista de grupos a rever mais vezes.

Os The Underdogs que se seguiram no PR, rapidamente mostraram a mais valia do seu belíssimo E.P, de estreia – “Silence” – tocando cinco temas do disco,“It is Not Plain to See”, “The Misty Line”, o single “She is La”, o esgalhado e meu preferido, “Stonewalkers” e “Ode for Queens”.
 Por fim e sem mostrarem qualquer tipo de intimidação por estarem a tocar num dos melhores festivais de bandas portuguesas, arrancaram uma excelente versão de “Lust for Life”, tema do grande Iggy Pop que foi tocado com mestria. Vou gostar de continuar a assistir à evolução desta banda que ainda vai dar muito mais boa música, nos anos que aí vêm.
Foto de Miguel Pereira
Mais uma subida da rampa em direcção ao P1, desta vez para o ritmo hip hop dos Mind Da Gap numa formação alargada com o Baterista André Hollanda, o Teclista Sérgio Freitas e o DJ Slimcutz, que se juntam à “tríade nuclear”.
Actualmente com 5 álbuns e 2 Eps editados, este concerto teve como base o álbum “A Essência”, mas que não deixou de fora clássicos como “Não Stresses”, “Dedicatória” e “Todos Gordos”, tema com que encerraram o concerto e temas esses que eram acompanhados em uníssono pela maioria dos presentes, numa noite de autêntica celebração.
 Os D3ö que fechavam as actuações no PR, provaram que não são um novo talento, mas sim uma confirmação. Já existem há alguns anos, fazem Rock a sério e preparam-se para lançar em breve mais um álbum, do qual apresentaram alguns temas neste concerto, mas claro que, como são mais conhecidos, foi com “Wanna Hold You” e "Couldn't Care At All"que o público “explodiu”.
Continuo a admirar esta banda que cada vez que toca ao vivo deixa tudo em palco e mostra como se deve agarrar um público de Rock.
Foto de Miguel Pereira
Os Orelha Negra tiveram a honra de encerrar os concerto das Noites Ritual no P1. Uma enorme plateia, igual à dos outros anos, ficou para ouvir os sons da bateria, teclas, baixo e guitarra que passam por vários estilos musicais como o Jazz, o Soul, o Funk, o Groove e o Hip-Hop, isto tudo cruzado com excertos de temas de bandas como os Chemical Brothers, Beyonce, MC Hammer e Beastie Boys, entre outros, contagiam todos para a dança como se de uma enorme discoteca se tratasse e, à semelhança do que já tinha no concerto do Alive, o espírito de festa impôs-se e não deixou ninguém parar.
Foi mais um grande concerto desta banda que está cada vez melhor ao vivo.
Fico à espera de mais coisas novas para o futuro.

Assim terminou em grande, mais uma edição das Noites Ritual, só foi pena que a parte de luzes não tivesse conseguido acompanhar o profissionalismo da restante organização. É que não me lembro de estar num local a ver e a tentar fotografar um concerto, com a sensação de estar às escuras.
Espero que em futuras edições se faça Luz, se não for em palco, que seja ao menos nalgumas “cabeças pensadoras”!

Agora que venha a 21ª Edição das Noites Ritual!

Texto escrito com a colaboração de Maria João de Sousa
Fotos de Mind da Gap e Orelha Negra gentilmente cedidas por Miguel Pereira

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