quarta-feira, 6 de junho de 2012

Wraygunn no Centro Cultural de Ílhavo

No passado sábado dia 28 de Abril os Wraygunn vieram ao Centro Cultural de Ílhavo fazer a apresentação do seu mais recente álbum “L’Art Brut”, a sala compôs-se, mas infelizmente não encheu, como a banda merecia, neste seu regresso aos discos e aos concertos.
O concerto abriu com o “quase tango” “That Cigarrette Keeps Burning” ao qual se seguiu “My Secret Love”, com o terceiro tema veio a visita a “Shagri-La” através de “She’s a Go-Go Dancer” que é sempre potente, mas que sem a participação da Selma Uamusse (por causa da avançada gravidez), perde um bocado, mas nada de grave.
 “Kerosene Honey” que tinha sido tocado ao vivo pela primeira vez, no concerto de Tiger Man no Coliseu e está uma bela malha, e “I’m For Real”, o tema que encerra o disco antes da faixa bónus, trouxeram-nos de volta ao disco novo, a que se seguiu uma passagem pelo primeiro álbum, “Soul Jam”, com “Ain’t Gonna Break My Soul”.
 Com “Strolling Around My Hometown” torna-se irresistível o apelo da dança, “Track You Down” acalma as “hostes“ que logo de seguida se voltam a entusiasmar com o já conhecido “Don’t You Wanna Dance?”, “I Bet It All On You” e “I Wanna Go (Where The Grass Is Green)”, encerraram a passagem pelos temas do novo disco. A rematar ainda tivemos direito a “Drunk or Stoned” e “All Night Long” de “Ecclesiastes 1.11”.
 O público já estava em grande parte em cima do palco, pois uns temas antes já o Paulo Furtado os tinha chamado mais para perto, ovacionou imediatamente a banda, exigindo o encore que se deu com Paulo Furtado e Raquel Ralha rodeados por quase todo o público, enquanto cantavam “Endless Sleep”, tema original de Jody Reynolds de 1958, tocado numa excelente versão intimista que ficou gravada na memória de todos os que tiveram a sorte de poder estar ali.
 Ficou provado que o novo disco está muito bom e recomenda-se, não é de consumo imediato e são exigidas várias audições para se entrar no seu “espírito”, o que também é sinal de qualidade. Não é tão explosivo como eram os anteriores, mas a cada audição, dá vontade de ouvir mais vezes.
Fiquei também com vontade de ver a banda novamente ao vivo, mas não sentado, o próximo quero que seja numa sala mais rock ou ao ar livre, oxalá isso aconteça em breve.

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