quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A Naifa nas Noites Ritual

Para o último concerto das Noites Ritual veio A Naifa que, tal como anteriormente os Paus, tiveram a sua estreia nesta grande celebração da música portuguesa, provavelmente também a mais antiga. E fez todo o sentido, de início, não sabia bem como o público iria reagir depois do “power” que foi o concerto anterior, mas a reacção não podia ter sido melhor.
Para este concerto, tivemos direito a uma passagem por toda a discografia do grupo, a abertura foi com de 3 Minutos Antes da Maré Encher, logo seguido de Émulos e Talvez a Injecção Letal, ambos do mais recente, Não Se Deitam Comigo Corações Obedientes.
Com Monotone, Esta Depressão que Me Anima e Filha de Duas Mães, vieram os primeiros grandes aplausos, dado o maior conhecimento dos temas, mas na verdade, todos os temas foram sempre bem recebidos por todos. Todo o alinhamento estava muito bem equilibrado entre as novas canções e as dos discos anteriores, já mais conhecidas.
Ficou provado que a música d’A Naifa também vai bem com os grandes espaços ao ar livre, assim aconteceu, segundo li, no Bons Sons e no Crato, aqui também não foi excepção. Mesmo nas canções que exigem um pouco mais de introspecção e silêncio o público correspondeu sempre positivamente. A voz quente da Mitó, a guitarra do Varatojo, o baixo da Sandra e a bateria do Samuel, prenderam a atenção de todos do princípio ao fim.



A presença do João sente-se sempre, a ele “o Nosso Camarada João Aguardela”, foi dedicado o tema Libertação, que tem letra de David Mourão Ferreira e se tornou conhecido quando cantada por Amália Rodrigues.
A Verdade Apanha-se Com Enganos foi cantada com a colaboração de todos, e foi mais um dos grandes momentos do concerto que terminou com Aniversário.
Para o encore veio Rapaz a Arder, Música e Señoritas a tal canção que conta um diálogo com um Russo que só quer saber das ditas.
Mais um estrondoso aplauso e ainda deu para mais um encore, só possível com este novo formato das Noites Ritual, em foram cantados dois temas que não são originais d’A Naifa, mas que levam o toque deles de tal forma que ficam como se fossem. Subida aos Céus, original dos Três Tristes Tigres e para acabar em altas a Desfolhada Portuguesa, com letra de José Carlos Ary dos Santos e música de Nuno Nazareth Fernandes que foi tornada famosa por Simone de Oliveira e que faz parte da memória musical de todos.
Foi um final com chave d’ouro para as Noites Ritual, arrisco-me até dizer que terá sido o melhor concerto dos dois dias.
Aqui fica o alinhamento completo:

Podem encontrar mais fotos de todos os concertos seguindo o link do facebook deste blog - https://www.facebook.com/media/set/?set=a.490405890987012.122808.114288168598788&type=3

Mais uma vez a organização está de parabéns por ter conseguido cumprir mais um Ritual e fico já a contar os dias para o próximo.

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