domingo, 26 de abril de 2015

Old Jerusalem no Teatro Diogo Bernardes – Report


Quem me conhece sabe que sou um adepto incondicional do “choninhas”. Música lenta com um rapaz a tocar guitarra e um “mel” exagerado por todo o lado. Comecei a ouvir Old Jerusalem quando saiu o April, isto no longínquo ano de 2003. Ninguém nunca tinha ouvido falar neste projecto, uma dúzia de anos depois são ainda muito poucos os que conhecem.


 O Francisco Silva é um rapaz de muitas paixões e uma delas é escrever, coisa que o faz muito bem, e junta-lhe alguma melodia engraçada e temos um tema! Ao longo destes 15 anos de existência, o projecto contou com cinco álbuns de originais, para além de uma panóplia de EP’s e compilações. Este ano de 2015, será o ano da edição de um sexto registo de título “A rose is a rose is a rose”, que segundo o próprio será o melhor trabalho desta já vasta carreira.
Agora os “infelizmentes”. É um rapaz muito pouco dado a palcos. Gosta de escrever, mas apresentar ao vivo aquilo que faz é muito raro. Provoca-lhe alguma confusão (os palcos), talvez pela timidez. E isso como será de prever por parte dos fãs que o acompanham, é muito mau. E depois quando o faz, como no caso de Ponte de Lima na passada sexta-feira, 17 de Abril, a coisa não corre lá muito bem, pela inexistência de sinergia entre os elementos da banda e mesmo dele com o público.
 Para aqueles que assistiram ao concerto de Old Jerusalem viram e ouviram um momento único, muitíssimo arriscado na actividade de um músico, em testar novas canções de um registo de originais que irá sair no final deste ano ao vivo durante um concerto. Foi gratificante por esse lado de novidade e pela experiência de ouvir Old Jerusalem com banda (os poucos que o conhecem devem perguntar: com banda?! Sim!). Dando-lhe uma roupagem diferente aos temas novos e a alguns dos clássicos desta já longa carreira.
Momentos intimistas assim, existem muito poucos. E mesmo no final quando não se previa um encore, o público “obrigou” o Francisco a regressar ao palco. Para tocar mais dois temas, um de um pedido muito curioso de um elemento do público e ainda mais um tema.
Para fora do palco ficou reservada a conversa com os amigos e família, porque no freak/indie “choninhas” acabamos por nos converter a uma grande família.

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Texto e Fotos de Miguel Estima

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