quarta-feira, 7 de outubro de 2015

O Meu NOS em D'Bandada 2015 - Report


Depois da experiência do ano passado, decidi voltar ao NOS em D’Bandada. Mais experiente e munido da belíssima app que permite criar a nossa agenda, consegui não me embrenhar muito na confusão, escolher os locais e bandas que mais queria ver e, em simultâneo, me parecia que não iam encher muito. Uma primeira selecção que incluía Birds Are Indie, Janeiro, Golden Slumbers, Benjamim, Flamingos, Keep Razors Sharp, Vaarwell, Trêsporcento, foi ainda acrescida com EME (um pouco),Tape Junk e Savanna (um bocado do final apoteótico).


Ia começar as “hostilidades” com os Birds Are Indie, mas, o acesso ao Porto pela Arrábida em obra e o tempo que demorei arranjar estacionamento, tal não o permitiram, fiquei ainda a saber que eles, mais uma vez, deram um belo concerto (mea culpa Birds, mais oportunidades virão).

Depois desta “falsa partida” comecei então no Rua Tapas Bar a ver o Janeiro, foi um belo começo deste rapaz que mostrou a sua bonita pop, bem como o seu talento musical e a facilidade no utilizar das palavras em português, só lhe falta criar uma maior diferenciação de alguns projectos semelhantes que temos por aí. Prefiro o caminho do primeiro single com que nos brindou, no CD dos Novos Talentos Fnac 2015.

Logo a seguir, vieram as já conhecidas e no bom caminho, Golden Slumbers que além do belíssimo EP de estreia, já apresentaram temas novos que irão fazer parte do próximo álbum a sair em 2016. Já tinham fãs que vieram de propósito para ver a banda e inclusive já sabia algumas das letras, chegando a cantar em uníssono.
Mais fotos dos dois concertos aqui.

Depois do concerto, comecei a caminhada de Cedofeita até à Igreja de Santo Ildefonso, parece uma grande caminhada, e é, mas qualquer cansaço é atenuado pela alegria de ver as ruas do Porto que, cheias de gente, ficam ainda mais bonitas.

Foi tão rápido que ainda apanhei grande parte do, muito competente, concerto de EME - mais fotos aqui -, aproveitei ainda para jantar nas redondezas e voltei para Benjamim que mostrou ao Porto o seu Auto-Rádio, desta vez com banda completa, pois contou com o reforço do Nuno Lucas no baixo e com o João Correia na bateria, que, a bem dizer, “partiram tudo” com um grande concerto.


Depois de uma troca de indumentárias e acompanhados de Pedro Gonçalves, vieram então os Tape Junk, acrescidos do Luis Nunes (Benjamim) na formação, foi um dos mais bem dispostos concertos da noite, em que nenhum deles, em particular o António Vasconcelos Dias que já estava no seu 4º concerto do dia, depois de Golden Slumbers, They’re Heading West e Benjamim, e mesmo assim, mantinha a energia e o sorriso nos lábios.
Mais Fotos dos dois concertos aqui.

Daqui fui até ao Passos Manuel para ver os Flamingos, o projecto que reúne o Coelho Radioactivo e o Cão da Morte. A sala estava esgotada e só se entrava à medida que alguém saía, só assisti às primeiras três canções, mas se dúvidas houvesse, esta dupla encanta-me. Há aqui uma enorme honestidade e um gosto em fazer o que gostam, sem preconceitos.
Mais fotos aqui.
Eles brincam com as palavras e com os sons, fazendo algo de refrescante e pouco imediato, o que só abona em seu favor, pois assim podemos sempre ir descobrindo novas nuances nas suas canções.
Desci para o espaço Locomotiva, mesmo ao lado da estação de São Bento, e ainda ouvi os sons finais de Savanna, banda que não é propriamente “a minha praia”, mas que estava rodeada de admiradores e, como agora se diz, estavam a “dar tudo!”.
Mais fotos aqui.



Depois de algumas afinações pré concerto, vieram os Keep Razors Sharp, uma das minhas bandas preferidas da actualidade que, pelo menos durante o tempo que por lá estive, foi “brindada” com o pior som da noite. Desde começarem só com o som de retorno, até terem o som demasiado alto, ao ponto de não se perceber nada do que tocavam ou cantavam, aconteceu de tudo. Foi com algum desânimo que me afastei e cheio de vontade de os ver num local ou com um som que lhes faça verdadeira justiça.
Mais fotos aqui.
De volta ao Rua, depois de atravessar um verdadeiro mar de gente que se juntara para ver os “consagrados” que tocavam nos Aliados, deparei-me com uma enchente, bastante acima das minhas previsões, para ver Vaarwel e os Trêsporcento.
O concerto de Vaarwel sofreu um pouco com o comportamento do público que não respeitou da melhor maneira a música da banda, chegando a falar durante cada canção que desfilava, perturbando quem estava lá para conhecer esta nova banda que vai dar muito que falar. Aqui há magia e extremo bom gosto, por isso, fiquem atentos.
Um espaço à “pinha”, como um palco reduzidíssimo, e um ar quase irrespirável, estávamos a chegar a um ponto em que tudo poderia correr mal, mas eis que os Trêsporcento começaram a tocar e, de onde antes vinha alguma indiferença, de repente havia vozes a cantar em coro. A banda entusiasmava o público e este retribuía com ainda mais entusiasmo, acabámos por viver ali momentos verdadeiramente únicos que fizeram deste um concerto inesquecível, quer para a banda, quer para todo aquele público. Melhor que as minhas palavras, dêem uma olhada pelas fotos que captei no local. 
Em resumo, fiquei mesmo cliente do NOS em D’Bandada e, seguramente, não faltarei no próximo ano.
Viva a Música Portuguesa, em particular, na Cidade do Porto!

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