Bons Sons 2022 - 14 de Agosto - Cem Soldos
Já não tinha Bons Sons desde 2018 - em 2019 tive de faltar
por afazeres profissionais e este ano só consegui poder estar no dia 14 – mas não
precisava de ter ouvido o Luís (Ferreira) a dizer: “já devias saber que no Bons
Sons as pessoas encontram-se, não é preciso marcar por sms”. Estava enferrujado
e ligeiramente distraído, mas uma das verdades deste Festival é mesmo essa - as
pessoas encontram-se.
Comecei logo por ver o Adelino de Aveiro quando me dirigia
para a única igreja onde entro com um sorriso nos lábios e onde, desde sempre,
vejo sempre algo que me surpreende, desta vez foi o Fernando Mota e os seus
instrumentos improváveis a criar sonoridades transcendentes.
Logo depois encontrei a Bia Maria e o seu enorme sorriso,
cujo concerto tinha sido no dia anterior, pronta a actuar para a Antena1.
Encontrei o João Duarte, o Nuno Ávila, o Fausto a Adriana, o
João Vaz Silva, o José Jesus, o Leonardo que tinha conhecido há poucos dias em
Setúbal e a sua malta, conheci o Pedro Banza, conheci o Luís que trabalha numa óptica
e frequenta bastantes concertos, encontrei a malta de Aveiro, encontrei a malta
de Ílhavo, encontrei malta do Porto, encontrei malta de Almada com quem já
tinha estado em Évora a ver os SAL, encontrei o Johnny Gil, encontrei o Giliano
e a sua malta generosa que ao fim da noite até me arranjaram dois cigarros,
depois de ter acabado os meus e muita gente mais, reencontrei o José Jesus de
Ourém com quem já tinha estado noutras edições, a Helena César, o João Silva, o
Alexandre Santos e o Pedro Oliveira, incansáveis a trabalhar, como nas outras
edições, o Tiago Pereira que vou vendo diariamente nas redes sociais mas cujo
convívio nos tinha sido retirado por causa da desgraça que nos assolou nos
últimos dois anos, a Iolanda Pereira e reencontrei uma constante de sorrisos e
gente boa, nas bilheteiras, na segurança, nos bares e por todo o lado que que
faz com que este evento seja diferente de todos os outros.
É verdade que dado o seu crescimento, a multidão é cada vez
maior e fica cada vez mais difícil circular dentro da aldeia, é verdade que
começam a haver filas para tudo, mas enquanto prevalecer este espírito de
sorriso aberto, vai dar para continuar a dizer:
Viva o Bons Sons.
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