Dia 3 O terceiro dia do Curvo era o mais prometedor, logo na abertura tivemos a Mariana Ricardo que, muito bem, acompanhada por Nuno Pessoa na bateria e Bruno Duarte no baixo deu um belo concerto.
Foi um excelente concerto de início de noite, as canções de Mariana foram desfilando calmamente com um ou outro precalço no arranque, mas sempre corrigido a tempo e com bom humor, quer da parte dela quer com a valiosa ajuda do baterista.
Sabe bem ouvir esta música que dispõe bem, é engraçado ouvir a Mariana a descrever coisas do quotidiano através das suas canções, amores, desamores e saídas ao sábado à noite.
Tudo isso pode ser ouvido no seu myspace, onde também está disponível o seu EP para download gratuito. Acabados de chegar do Primavera Sound em Barcelona, os Here We Go Magic vieram ao Curvo terminar a sua Tournée Europeia.
Desde o início souberam espalhar simpatia e boa música. Apesar de se notar já algum cansaço, eles não deixaram de referir a beleza da cidade de Aveiro - palavras que ficam sempre bem e que mostram que esta banda sabe o que faz. A sua música chega quase a roçar o psicadélico e é bastante ritmada e interessante. Pena que o som não tenha permitido, por vezes, deixar perceber aquilo que cantavam, mas a banda esteve sempre muito profissional.
O tema que mais gostei foi o "Collector" que chegou a fazer-me lembrar um bocadinho dos "Talking Heads". Nota-se que esta banda ainda está em percurso ascendente e tem futuro, o que me deixa a ideia que em breve voltarão a tocar por "terras lusas".
Para finalizar, em termos de concertos, esta primeira (espera-se que de muitas) edição do Curvo, tivémos a conceituada Scout Niblett que veio a Aveiro pela segunda vez.
Esta foi a primeira vez que a vi ao vivo e posso dizer que estava à espera de muito melhor.
Primeiro foi a entrada em palco, sem dizer "água vai", depois foram os problemas de som iniciais que obrigaram à troca de um amplificador, por fim chegou a música que conseguiu fazer esquecer um pouco esses problemas. As canções foram desfilando, ora só com guitarra e com a sua belíssima voz, ora com a ajuda do simpático e muito paciente - baterista/técnico de som - Dan.
Gosto bastante da música da Scout que me chega a fazer lembrar os primeiros discos de PJ Harvey, mas não sou "indefectível", a sua música em estúdio soa-me bastante bem, pena que este concerto tenha deixado um pouco a desejar, mas é bem provável que os fãs tenham adorado a actuação à mesma.
Seja como for o balanço deste Curvo - Festival Incerto de Música Urbana, é bastante positivo, conseguimos ter um leque de "valores" muito interessante na nossa Cidade e creio que no futuro, este será mais um daqueles eventos que ficará no "mapa cultural", basta que não se perca o balanço e se comece já a tratar da próxima edição.
Sem comentários:
Enviar um comentário