terça-feira, 19 de abril de 2011

Dead Combo e a Royal Orquestra das Caveiras em Aveiro

Na passada quinta-feira o Teatro Aveirense encheu para assistir a um grandessíssimo concerto, os “culpados” foram o Tó Trips e o Pedro Gonçalves, que formam os Dead Combo, e a Royal Orquestra das Caveiras, constituída pela Ana Araújo no piano, Alexandre Frazão na bateria, João Cabrita no saxofone, João Marques no trompete e Jorge Ribeiro no trombone, que enriquecem e de que maneira as já bonitas músicas do duo. Às vezes dá vontade de lhes chamar canções, é que aquela guitarra parece que tem voz própria e canta para nós.
O som que eles tocam é muito cinematográfico, Clint Eastwood é evocado com um tema que lembra os seus westerns, Vasco Santana inspirou “Assobio” que é um dos temas mais conhecidos e aplaudidos, mas depois também há Lisboa que aparece no “Manobras de Maio” que lembra o Fado de Amália e também no “Lusitânia Playboys” que mete músicos de Jazz à pancada com marinheiros no Cais do Sodré.
As músicas foram sendo apresentadas por um muito bem-humorado Tó Trips que quase se desmanchava a rir ao tentar assobiar e que ia mandando uma ou outra inspirada “boca”, sobre a situação que o nosso País atravessa. Em relação a isso, o que nos vai valendo é a magia da música, que acaba por nos ajudar a esquecer esses problemas por momentos, e a música dos Dead Combo cumpriu muito bem essa função.
Adorei ouvir, ainda mais que as outras, o “Cuba 1970” que fica excelente com o acompanhamento da Orquestra, a “Canção do Trabalho” e a abertura do encore, muito exigido, que se chama “Entre Lisboa e Berlim” e que foi escrita em conjunto com o Carlos Bica, depois ainda foi tocado “Cacto” uma das primeiras músicas da sua carreira e tudo acabou com “Malibu Fair”.
Este foi o alinhamento de uma noite que vai ficar na minha memória por muito tempo:
Agora que os vi com a Orquestra e sem ela, fiquei com um dilema: não sei de qual versão é que mais gosto, acho que vou ter de repetir a “dose”, muitas e muitas vezes!

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