“Fred iniciou o seu projecto de autor “At Freddy’s House” em 2006.
Nesse mesmo ano, coincidindo com as gravações do seu primeiro trabalho de originais, as músicas “Rubber Nose” e “Drunken Boat” foram escolhidas para fazer parte do “Acorda!” primeira compilação de nova música portuguesa em mp3. Em 2009 o projecto foi representado nas colectâneas “Novos Talentos FNAC” com o tema “My Falling House” e no “3 Pistas Vol.2” com “Tempest Girl” e um cover da “Dancing in the Dark” de Bruce Springsteen com a qual “At Freddy’s House” se apresentou ao público na gala comemorativa dos 15 anos da Antena3 na Aula Magna. Também em 2009 é editado “Lock”, o primeiro EP, que tem a sua versão completa “Lock Full Version” desde Maio de 2010. Neste primeiro álbum, Fred (Voz, Guitarras, Piano, Hammond) conta com a participação de Amir (Baixo e Contrabaixo), Miguel Pedro (Bateria), João Covita (Acordeão). Todas as letras têm a assinatura de Susana de Noronha.”
No passado dia 13, o concerto inserido na Tour “09 Roads”, foi no grande auditório da Casa das artes de V.N. de Famalicão onde pudemos ouvir alguns dos temas que fazem parte do seu 2º álbum intitulado: “09 Roads”, a ser editado ainda este ano.
Uma sala um pouco grande para a quantidade de publico presente, não sei se pelo facto de ser 13 de Maio, se por ser 6ª feira treze, ou se por ali ao lado, em Braga os Xutos e Pontapés estarem a actuar no Enterro da Gata, mas o certo é que tal não foi impedimento para um belíssimo concerto.
Fred e o seu humor habitual, julgo que um pouco mais apurado nessa noite, brincou com a lotação da sala, com a sua formação académica (que passou por V.N. de Famalicão), com a situação politica do nosso país, um pouco com a historia da sua vida na musica, enfim, deu-nos a possibilidade de conhecermos um pouco melhor o seu mundo, ou talvez não.
Umas vezes sozinho ao piano ou na guitarra e dono de um poder vocal incrível (que de cada vez que o vejo interrogo-me, de onde vem aquilo tudo!), outras na companhia de 3 grandes músicos: Budda (Budda Power Blus, Trio Pagú, Balão de Ferro, Monstro Mau, …) na Guitarra, Melódica, Xilofone, …, Miguel Pedro (Mão Morta, Mundo Cão, …) na Bateria e Amir ("Spank the Monkey") no Contrabaixo, enchiam aquele grande palco.
Todo o cenário criado com o jogo de imagem e luz estava perfeito para aquele momento. Para mim foi um concerto bastante calmo, a maioria dos temas não convidavam propriamente a dançar. Desta vez soube-me bem, estar sentada.
Algures numa entrevista Fred disse: «Sempre senti essa necessidade. Há uma paz quase interior quando resolves tocar ou compor. Há um sentimento de libertação. Sempre senti isso e tenho essa necessidade, quase de ressaca, de ter de trabalhar, de pôr as mãos num piano, numa guitarra», afirmou o músico, um confesso «viciado em trabalho» e é mesmo isso que ele transmite em palco.
Não importa, se durante os concertos, ou noutra qualquer ocasião ao ouvirmos as suas músicas pensamos nos nossos sonhos e desejos, ou nos nossos medos e fragilidades; o importante é que transmitem sentimento e sobretudo fazem sentir.
Com este concerto conseguiu como que passar em revista, ou pelo menos localizar-nos no seu percurso. Tocou temas desde o “My Falling House” ao “Windows and Curtains” single de apresentação do “09 Roads” (e outros de que ainda não sei o nome). Não deixou de lado as covers e desta vez, à “Disarm” dos Smashing Pumpkins, que já ouvira em concertos anteriores, acrescentou “Evil Ways” de Carlos Santana e para finalizar o concerto e “num dia dedicado a Nossa Senhora de Fátima”, ofereceu-nos o “Personal Jesus” original dos Depeche Mode e também tocado pelo lendário Johnny Cash.
Foi sem duvida um momento especial, uma noite bem passada e espero que muitos mais vão aos concertos de At Freddy’s House, pois sabe bem parar, escutar e sentir!
Reportagem e Fotos de Maria João de Sousa
Conteúdos de Fenther.net
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