Quando um Grande Amigo meu me ofereceu os bilhetes como prenda de aniversário, eu já desconfiava que ia ver um dos concertos da minha vida.
Aquilo que eu já tinha visto em vídeos do youtube e na Tv, dava-me a certeza que os concertos dos The National são sempre fantásticos.
Era a primeira vez que a banda visitava o Porto e foi uma sala esgotada com um público conhecedor e admirador que os recebeu e a expectativa era enorme, eu já tinha a ideia que no Coliseu do Porto as bandas “indie” têm sempre uma recepção acima da média, mas todas as expectativas foram superadas.
Para aperitivo vieram os Dark Dark Dark que conseguiram aquecer um bocado as hostes ávidas de ouvir o som dos The National, talvez não tenham tido a melhor recepção, mas mostraram bastante maturidade e despertaram-me a vontade de os ouvir e conhecer melhor.
Depois de um pequeno intervalo, vieram os mais desejados da noite, abriram com “Runaway” que abriu em grande, logo a seguir já tocavam o belíssimo “Anyone’s Ghost” e com ele os primeiros "ameaços" de salto para o público do vocalista, Matt Berninger, no terceiro tema, “Secret Meeting”, já não resistiu e veio mesmo para o pé do povo, para alegria deste e dos fotógrafos que a seguir tinham de sair da frente de palco.
A partir daí, e se dúvidas houvesse, o público ficou completamente conquistado. Escusado será dizer que a partir daí mais de metade das cadeiras da plateia ficaram abandonadas, com os seus donos a colocarem-se na frente do palco para nunca mais saírem.
“Mistaken Strangers”, "Bloodbuzz Ohio” e “Slow Show” levaram o público a patamares de emoção ainda mais altos, eu sentia arrepio atrás de arrepio. Cada canção era sempre bem recebida, é o que dá ter uma carreira recheada de excelentes discos, cheios de belíssimas canções.
Mesmo as canções mais calmas não deixavam ninguém parado, era como se cada uma tivesse um significado muito forte para cada um dos presentes, parecia quase uma coisa “religiosa”.
A certa altura já os irmãos Dressner e as suas guitarras cheias de distorção faziam lembrar outros irmãos, roqueiros escoceses, que passaram a vida a encantar-nos com os sons mais duros das suas guitarras. De repente pus-me a pensar se o sucesso destes americanos se deve ao facto de a sua música ser parecida com muitas outras que já fazem parte da nossa vida há muitos anos, depois pensei “que se lixe, estes gajos estão é a dar um concerto do caraças, cheio de canções que eu adoro!”
O desfile continuava com “Squalor Victoria”, “Afraid of Everyone” e “Lemonworld” com a base rítmica dos outros dois irmãos, Devendorf no caso, que conseguem dar uma maior identidade ao grupo e por toda a gente a bater o pé ou a acompanhar com palmas.
Em vários temas acompanhados por um trompete e um trombone tocados por dois músicos que ajudaram a sua música a engrandecer.
“Abel”, “Converstion 16” e “Apartment Story” não faltaram. Depois ouviu-se a nova ”Think You Can Wait”, canção que faz parte da Banda Sonora do filme “Win, Win” realizado pelo amigo Thomas Macarthy, seguido do lindíssimo “England” e rematado pelo brilhante “Fake Empire” que deixou todos em êxtase.
Quando regressaram para o primeiro encore lá foram dizendo que foram uns “assholes” por só agora estarem a tocar no Porto, numa espécie de sublinhar de uma evidência, com a qual todos os presentes concordaram.
“Santa Clara” e o enérgico “Mr. November” antecederam “Terrible Love”, com este, mais uma vez, o Matt desceu até ao público, desta vez correndo por toda a plateia e deixando todos em delírio.
Claro que um segundo encore foi inevitável e com ele veio “About Today” e para fechar veio “Vanderlyle Crybaby Geeks” numa magnífica versão acústica que deixou todos satisfeitos e a desejar por um rápido regresso ao Norte dos The National.
Antes de cumprir a tradição e deixar aqui o alinhamento completo do concerto, quero agradecer ao meu amigo Carlos a oferta dos bilhetes e ao meu amigo Ivo da Imagem do Som a cedência das fotos.
Aqui fica uma foto do alinhamento que encontrei na net:
Um concerto simplesmente inesquecível!
1 comentário:
Coincidência, também fui ver o concerto porque me ofereceram o bilhete de prenda de aniversário. Adorei o concerto. Foi fantástico e será para mim uma noite inesquecível!
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