Eu não podia deixar acabar o ano sem falar de Rui Veloso, um homem que faz trinta anos de carreira discográfica e que, principalmente com os seus primeiros discos, abriu as portas e os ouvidos dos senhores das editoras para a música feita por portugueses.
É um pouco exagerado chamarem-lhe pai do rock português, até porque, entre outras razões, ele tocava mais Blues que Rock, mas não se pode negar a importância que teve – a par dos UHF – haver alguém a cantar em português (que “reza a lenda”, até foi por imposição da editora) e ao mesmo tempo vender discos.
Depois dele as oportunidades para outros grupos e projectos aumentaram exponencialmente. Se não for por mais nada, pelo menos por isso ele merece um agradecimento de todos aqueles que passarem a ser ouvidos depois do lançamento do “Ar de Rock” em 1980.
Eu deixo aqui um vídeo de “Rapariguinha do Shopping”, o tema que abre este disco que foi tão importante para a música portuguesa.
Aproveito e deixo também o vídeo da canção dele que para mim é a nº 1, foi inevitavelmente escrita pelo parceiro que o acompanha desde a primeira hora – Carlos Tê – e que, na minha humilde opinião, é outro dos grandes responsáveis pelo sucesso do Rui, que nunca seria tão grande, sem as letras do Tê – chama-se “A Ilha”, faz parte do terceiro álbum “Guardador de Margens” de 1983 e é lindíssima.
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