No passado dia 18 de Agosto tive o prazer de um breve reencontro com a bonita vila de Paredes de Coura e com o seu magnífico Festival.
Já não ia lá desde o ano 2000, deixei de ir a algumas edições porque mudaram o Festival para dias de semana e outras porque não tinha a chamada “guita” para lá ir. Desta vez, graças ao convite de um amigo, acabei por ir no dia em que o cartaz me agradava particularmente.
Tratava-se do dia que tinha as Warpaint, que tive o prazer de ver na primeira vez que vieram a Portugal, mais concretamente no ano passado no Festival Curvo em Aveiro, e que vinham agora pela segunda vez ao nosso país e os PULP que eram os cabeças de cartaz.
Com alguma luta contra o relógio consegui chegar ao recinto ainda mal as americanas tinham começado o seu concerto e de imediato pude confirmar que elas, apesar de só terem um EP e um álbum, já demonstram uma grande maturidade a tocar ao vivo e, tal como eu previa, deram um belíssimo concerto e conseguiram ainda mostrar que são mais que caras bonitas. Mais uma vez adorei a harmonia de vozes, o baixo a lembrar o “Disitegration” dos The Cure, e as guitarras a dar um ambiente “atmosférico” que combinou muito bem com o espaço envolvente.
Os Blonde Redhead foram a banda que se seguiu e que, embora não me tenham agradado particularmente, deram um concerto muito competente que conquistou a maioria do público que enchia o recinto.
Uma série de frases que iam sendo projectadas na frente de palco geraram uma espécie de diálogo com o público e serviram para comprovar a enorme expectativa que se sentia em relação ao concerto dos PULP.
Foi com “Do You Remember the First Time”, cantada em conjunto com o público, que começou um concerto cheio de dança, boas recordações e de momentos de autêntica celebração.
Mostrando ser um verdadeiro Mestre-de-Cerimónias, Jarvis Cocker foi sempre mantendo um diálogo bem-humorado com o público, no intervalo de quase todas as canções, Não faltou quase nada no desfile de canções que fazem parte da carreira da banda, “O.U.”, “Razzmatazz”, “Disco 2000” e “This is Hardcore” foram alguns dos pontos mais altos.
“Common People” aplaudido e cantado por todos desde o princípio ao fim, serviu para uma despedida personalizada e acabou o concerto deixando todos com um sorriso de satisfação nos lábios.
Aqui fica um vídeo encontrado no youtube que mostra esse grande final:
Ficou provado que os PULP são sinónimo de POP e que mesmo assim as suas canções continuam intemporais e muito interessantes.
Ficou também provado que Paredes de Coura é efectivamente o único Festival do País onde as pessoas vão para ouvir música. Não há nada melhor que estar naquele anfiteatro natural a desfrutar de boa música rodeado por uma enorme multidão composta maioritariamente por melómanos.
Fotos Gentilmente Cedidas por: Miguel Estima
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