A sala, não estava esgotada como devia, mas estava muito bem composta e o espectáculo que nos foi servido, foi bastante acima da média. Dá para quem lá esteve poder dizer com orgulho:
Eu Vi!
Um verdadeiro mestre na arte de utilizar as palavras, é um encanto ouvi-lo a torneá-las para que se encaixem na música. Há momentos em que nos faz sonhar, como há outros em que nos faz pensar, e muito. O tema Óbitos do novo disco, em que fala de quem mata mais com uma assinatura que com armas, é um belo exemplo disso.
Musicalmente, também tudo muda. Tanto surge um apelo à dança ou ao bate o pé, como uma balada, como logo a seguir algum ritmo mais frenético. Mas Arnaldo Antunes é isso mesmo, uma miríade de caminhos, sugestões e ironias que se tornam coerentes e parte do seu show. Claro que nada disto acontecia sem a ajuda dos músicos que o acompanharam – Chico Salem (guitarra), Curumim (bateria), Betão Aguiar (baixo), André Lima (teclas e sanfona) e ainda a prestação de Gabriel (no som).
A roçar a genialidade é como eu posso classificar este concerto que vai ficar, seguramente, na memória de todos.
No fim ainda houve tempo para espalhar simpatia, tirar fotos e dar autógrafos. Nem deu para reparar no cansaço que devia ter após mais de hora e meia de concerto.
Podem ver mais fotos na página de facebook deste blog.
Alinhamento:
Antes
Põe Fé que Já É
Trato
Atenção
Se Você Nadar (mágoa)
As Estrelas Cadentes
Óbitos
Que Me Continua
Vilarejo
Do Vento
Tarja Preta
Na Fissura
Azul Vazio
Saudade Farta
Dança/Alta Noite
O Sol
Naturalmente
Muito Muito Pouco
Cachimbo/Porrada
Velha Infância
Inclassificáveis
Encore
A Casa É Sua
Socorro
Passa em Casa
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