Rufus Wainwright – Theatro Circo 31.05.2017
Texto e Fotos de Miguel Estima
Já se passaram quase 14 anos desde a ultima vez que tentei ver o Rufus Wainwright. A coisa não correu lá muito bem. Foi um dos nomes mais fortes da edição de 2003 do festival de Vilar de Mouros. Foi o ultimo a actuar nessa noite depois de Blasted Mechanism. A debandada foi enorme no recinto, foram muito poucos que aguentaram a calma do piano e a voz do canadiano depois da agitação mirabolante desses rapazes que se fantasiam para criar a aurea bonitinha que tanto instigam.Em Braga a coisa correu bem. E a receita é fácil, bilhetes a 30€, único artista da noite, numa sala que se diferencia em tudo, sendo uma das melhores salas que temos a norte. O público sabia muito bem o que queria e esse publico de qualidade é o ideal para um concerto intimista como este.
Rufus veio cheio com chave de ouro o ciclo “Respira”, Que teve como elemento aglutinador o piano. O ciclo começou com Douglas Dare, passou por Wim Wertens e ainda contou com Dakota Suite.
Este 31 de Maio foi mágico no Theatro Circo. Rufus encantou por completo a assistência, ao som melancólico do piano, contrapondo por duas vezes a guitarra. Num misto de genialidade e de solidão. Não deixando indiferente à voz nua e crua por entre acordes. Comunicativo, e com um humor constante, foi interpelando a plateia, falando da religião e quanto a influencia dessa mesma religião em Braga. Poético de uma mestria subliminar.
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