Numa noite (28 de Maio) em que a quantidade de público não esteve à altura daquilo que os Lufa-Lufa mereciam, o duo mostrou à mesma a sua qualidade e deu um concerto a todos os níveis inesquecível.
Com um espectáculo baseado no seu primeiro álbum “Foledad” a nossa atenção ficou cativa desde o primeiro momento em que o “Comandante Zéfiro” dá a introdução para o “voo” que começa com “Lift Off”.
Os Lufa-Lufa são constituídos pelo Ricardo Santos Rocha, encarregue de nos hipnotizar com a sua concertina, e pelo Carlos Adolfo que nas percussões, xilofone, melódica, copos, martelinhos de São João e até uma marionete vai ritmando tudo o que ouvimos.
A comunicação com o público é feita pela voz off e pelos gestos teatrais do Carlos que por várias vezes interage com o público.
Os “sons do ar” que nos vão envolvendo quase parecem mágicos e encantatórios. A alegria perante o que vemos e ouvimos é uma constante, qualquer um dos dois dá a ideia que tudo aquilo que tocam parece fácil, mas na realidade trata-se de música bastante elaborada, acompanhada de alguns momentos a fazer lembrar o teatro de rua.
Um dos momentos mais surpreendentes vem com “Boulevard”, tema em que se ouve a concertina, uma melódica e um jogo de copos e que nos leva a um qualquer recanto da Paris de “Amélie”.
“Comédia” traz os martelinhos de São João que se tornam num excelente instrumento musical, por fim o Comandante Zéfiro ”obriga” os músicos a um encore que teria mesmo de acontecer, se não fosse por causa dele, seria pelo público que exigiu que o encanto durasse mais uns minutos.
Aqui deixo o alinhamento completo do concerto:
Fica aqui também um link para o site da central musical, onde poderão ver um excerto bom bocado dos Lufa-Lufa ao vivo que vai deixar todos os que não vieram ao Mercado Negro com “uma pontinha de inveja” por terem perdido esta maravilha!
E não se esqueçam que “a Lufa Continua!”, por isso quando souberem que eles vão tocar a qualquer lado perto de vós, façam um favor aos vossos ouvidos e restantes sentidos e vão “ouvê-los”, vale mesmo a pena.
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