Na passada sexta-feira dia 17 de Junho, o Nuno, o Tiago, o Miguel, o Hélder, o Marco e o Manuel, mais conhecidos por Os Tornados, apresentaram o seu novo EP “Dinamite!” no Armazém do Chá no Porto.
Eu como fã da banda nem me ia sentir bem comigo próprio se não fosse lá ver e em boa hora o fiz, é que já não os via ao vivo desde as Noites Ritual e andava desejoso de ter uma noite de Rock’n’Roll “à Portuguesa”, foi exactamente a isso que tive direito.
A sala estava cheia, o concerto começou um pouco tarde (mas à hora normal para os padrões do Porto) e começou logo “a abrir” com “Ai Menina” e “À Beira Mar”, pode ter sido impressão minha, mas fiquei com a sensação que os temas foram tocados um pouco mais rápido do que era normal e isso agradou-me bastante, “Tempo de Verão”, “Coimbra” e “Catraia”, foram os temas seguintes.
O calor da e na sala era mais que muito e de vez em quando os músicos tinham de fazer pequenas pausas para se refrescarem e limpar o suor, mas claro que o Rock sem transpiração não é Rock.
O desfile de temas do primeiro álbum continuou com “Twist do Contrabando”, “Veludo Azul” a primeira canção que ouvi deles e que me deixou logo conquistado e “Sai da Minha Beira”, esta foi uma “primeira parte” do concerto que contou com canções já editadas.
A “segunda parte” começou com o “Tema de Carmo e Bruna”, “Onde Estás Tu” numa versão diferente (mais “esgalhada”) da que já tinha ouvido noutros concertos, as surpresas não ficaram por aqui, logo a seguir veio o tema “Tempo dos Meus Avós” que me pareceu poder vir a ser o verdadeiro hino de várias gerações, da à rasca, da desenrascada e da bastante atrapalhada e quase sem esperança, autêntica canção de intervenção ao ritmo do Rock.
“Baby Baby” que fala do fim de uma relação, foi o primeiro tema do EP a ser tocado e mostrou que mesmo tendo um disco muito bem feito, a energia d’Os Tornados ao vivo dá-lhe um toque ainda mais potente. O mesmo aconteceu com os restantes temas do disco que foram tocados de seguida, “Dinamite!” que descreve uma paixão que nasce numa saída nocturna e aparentemente acaba em final feliz, o instrumental “Angola 67” que dá um toque "vintage", como que a homenagear os grupos lendários que faziam este som naquela época e a belíssima “Balada do Pecador” que conta com o Marco Oliveira a arrasar na gaita de beiços e acompanha primorosamente a história de um lado mais “negro da noite”.
Para acabar vieram os temas “Ela Fugiu” e o “Twist d’Os Tornados” que confirmam que criatividade e boas canções, não faltam a esta banda.
Eu continuo a torcer por eles e à espera de mais concertos, pois as noites ficam mais alegres com a sua música. Ah e fico impacientemente à espera do segundo álbum que a ver pelo que vou ouvindo nos concertos, vai ser ainda melhor que o primeiro (o que não é fácil!)
Sem comentários:
Enviar um comentário