Na noite anterior tinham tocado no Centro Cultural da Branca e o espectáculo que deram fez com que muitos dos que os viram, repetissem a dose no dia seguinte em Estarreja, o que só mostra a qualidade da música tocada por estes excelentes intérpretes.
Os Alaúdes que tocam são construídos por Wissam, o irmão do meio. A música do Trio Joubran “não é bem tradicional, é uma música actual que quem sabe, daqui a uns anos vai passar a ser tradicional”, como explicou Samir, o irmão mais velho, na primeira abordagem ao público presente que quase encheu a plateia do Cte. Adnan o irão mais novo queria ser percussionista e mostrou bem dotes para tal, num dos momentos do concerto, mas nem por isso toca o seu Alaúde com menos qualidade.
O concerto começou como uma descoberta e acabou com todos os presentes rendidos e a pedir um encore. É que a música do Trio Joubran tem poderes quase encantatórios, tanto num momento estamos a ouvir algo parecido com flamenco, como noutro parece que estamos no meio do deserto a contemplar as areias infindáveis, a música deles também por vezes faz lembrar o som das guitarras do nosso fado.
Em certos temas parece que estamos a assistir a uma conversa entre os irmãos, cuja língua são as cordas dos instrumentos, as percussões vão marcando o ritmo da música que tem vários momentos de improvisação a roçar o genial.
Foi uma noite inesquecível para todos em que, antes de acabar, Samir ao fazer as despedidas declarou ter muita esperança em Setembro, altura em que caso Israel abandone os colonatos, como previsto, passe a haver Paz na sua região, disse ainda que “ele e o seu povo não queriam ser heróis, nem vitimas, apenas humanos”, declaração que foi ovacionada por todos.
Foto de Miguel Estima |
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