Vila Nova de Cerveira acolheu nas passadas duas semanas de Julho o Creative Camp.
Um conceito inovador que reuniu num único espaço, criadores de renome internacional e cerca de cem participantes que interagiram de forma entusiástica nas várias actividades propostas pela equipa organizadora do canal 180 juntamente com a Bienal de Cerveira.
Foram várias as propostas musicais, que preencheram algumas das noites do Camp, quase todas de formato mais acústico.
A primeira actuação que tive oportunidade de ver foi do portuense Blac Koyote, desta vez acompanhado por Luís Salgado (Stereoboy, U-Clic). O concerto com grandes nomes da electrónica nacional, só podia dar numa mistura algo explosiva, merecedora de forte envolvimento.
Contudo pelas condições meteorológicas que o dia estava a proporcionar o local escolhido não terá sido o melhor, o concerto aconteceu na pala de entrada da ETAP, não criando dessa forma uma forte simbiose entre os artistas como do público e artistas.
Se Blac Koyote perdeu pelo espaço, The Partisan Seed ganhou e muito pelo espaço. Desta vez o concerto decorreu na Fonte da Vila, um anfiteatro criado pelas escadas de acesso. Para além de gozar de uma localização privilegiada este concerto contou com mais afluência de público e isso tornou o som eletro-acústico do Filipe Miranda ainda mais envolvente de toda uma mística.
Um ambiente perfeito para juntar os criativos do Cerveira Camp misturado com os cerveirenses que por lá passavam. Um som calmo e belo, que transmitia uma forte influência e nostalgia perfeitas para um perfeito início de noite.
Fica mais uma vez provado que qualquer sítio pode ser um bom local de concertos.
Isto também se deve à escolha do local para a última performance, desta vez em formato showcase – The Weatherman, actuou junto ao rio com a ponte da Amizade como pano de fundo. Um cenário absolutamente perfeito para um concerto minimalista.
Ao contrário do som elaboradíssimo dos registos discográficos, o mini-concerto, já que pecou pela duração, que foi muito curta, cerca de trinta minutos. The Weatherman revisitou registos dos primeiros álbuns Cruisin’ Alaska e Jamboree Park at the Milky Way compondo com sonoridades de um novo álbum a ser lançado ainda no decorrer deste ano.
Um clima absolutamente fantástico proporcionado pela equipa do canal 180, que proporcionaram estes concertos low-profile.
Provando mais uma vez que Cerveira é um óptimo espaço para apresentação destes eventos.
Texto e Fotos de Miguel Estima
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