As primeiras que vi foram desde o magnífico stand da Antena 3 que além de uns acolhedores “pufes”, fornecia um excelente abrigo da chuva com vista para o Palco Optimus e para o ecrã que transmitia imagens dos concertos desse palco e dos concertos do Palco Primavera que se sucediam intervaladamente. Foi assim que fui “ouvendo” os portugueses Gala Drop que já conhecia de uma noite de Optimus Clubbing na Casa da Música e os Right Ons.
Enquanto ali estava abrigado não deixei de admirar o à vontade com que os “Camones” que vieram para o Primavera, e eram muitos, se sentiam com a água que caia. Esta coisa de pertencer a um País solarengo do Sul não nos dá este à vontade. Eles por ali andavam todos contentes, ora numa interminável fila para obterem o bilhete para os concertos de domingo, ora a circular de palco em palco, ora ainda, paradinhos em frente aos Palcos a ver as bandas que mais gostavam. Pareceu-me que a melhor forma de distinguir portugueses ou espanhóis dos restantes estrangeiros, era a maneira como enfrentavam a chuva.
Entretanto, mão amiga fez-me chegar um impermeável da Optimus e aí recuperei a minha mobilidade, assim, lá pude disfrutar do Primavera da melhor maneira, andando de palco em palco. Já bem equipado, lá consegui apreciar melhor a beleza do recinto e a forma como tudo estava bem montado.
Para quem já foi a Paredes de Coura, e só para dar uma ideia, posso dizer que entre o Palco Optimus e o Palco Primavera cabem cerca de dois PC, têm o mesmo formato de anfiteatro natural, o que é excelente para os mais baixinhos, e sempre com um ambiente de ”boa onda” por todo o lado, como o que temos no Minho.
No Palco ATP (All Tomorrow’s Parties) tocam as bandas que ainda vão ser, sempre com um público interessante e interessado que nem a chuva demoveu. Estive lá por um bocado e nem sei o nome da banda que vi, mas gostei.
Durante a tarde, o palco mais concorrido foi provavelmente o Palco Club, espreitei Baxter Dury e fui comer e ver a bola, pois começava o Europeu com um Portugal – Alemanha. Sei que deve ser "pecado" para a "tribo Indie", mas eu além de música também gosto de futebol e na praça das comidas não era o único a curtir o jogo.
Depois do jogo ainda choveu um pouco, espeitei mais dois palcos e finalmente posicionei-me para ver um concerto completo (queria ver os Death Cab For Cutie, mas estes foram cancelados por causa do mau tempo), The Afghan Whigs no Palco Primavera.
Em boa hora o fiz, primeiro porque finalmente a chuva parou e depois porque os gajos deram um concerto do caraças, conhecia-os mal e fiquei a gostar da banda.
Tentei ver a coqueluche indie que são os Kings of
Convenience, mas só consegui aguentar três temas, aquilo pareceu-me uma
espécie de “Simon and Garfunkel do século XXI com excelente marketing e óculos
grandes”, enfim, tratei logo de ir limpar os ouvidos de “sambinhas trolaró” com
os Wavves, ao menos tinham guitarradas a sério e deu para entreter um bocado.
Depois fui passear, comer qualquer coisa, voltei para o stand da A3 que servia de meeting point e por fim lá fui arranjar sítio para ver The XX.
A vantagem destes anfiteatros naturais é que practicamente, qualquer sítio é bom para ver o palco, ainda tive tempo de ver no ecrã um bocado dos Saint Etienne, dos quais só me lembrava de um EP que tinham feito em conjunto com o Etienne Daho, do qual tocaram “He’s on the Phone” e foi precisamente com essa que fecharam o concerto. As outras que ouvi, parecia que tinham influenciado os concorrentes ao Festival da Eurovisão dos últimos 10 anos, tresandavam a Eurodisco que até chateava.
Por fim, à hora marcada, como todos os concertos deste Festival, lá vieram os The XX, o público de imediato mostrou que estava lá para eles e eles adoraram a recepção. Todas as canções do disco de estreia foram cantadas em simultâneo. As novas, do disco que está para sair em Setembro, deixaram-me um pouco de pé atrás, espero que aquelas batidas tenham sido acrescentadas só para o concerto ao vivo e que não apareçam tanto no disco.
Senão, olha, é mais uma daquelas que não passa do primeiro disco. Pelo menos para mim...
Gostei do conceito, gostei do local e adorei o ambiente, em suma espero que o Optimus Primavera Sound se repita por muitos mais anos, pelo menos 2013 já está garantido, o que nos dias de hoje já não é nada mau.
Fotos das Bandas e do Público gentilmente cedidas pelo Hugo Sousa e pela Imagem do Som.
Depois fui passear, comer qualquer coisa, voltei para o stand da A3 que servia de meeting point e por fim lá fui arranjar sítio para ver The XX.
A vantagem destes anfiteatros naturais é que practicamente, qualquer sítio é bom para ver o palco, ainda tive tempo de ver no ecrã um bocado dos Saint Etienne, dos quais só me lembrava de um EP que tinham feito em conjunto com o Etienne Daho, do qual tocaram “He’s on the Phone” e foi precisamente com essa que fecharam o concerto. As outras que ouvi, parecia que tinham influenciado os concorrentes ao Festival da Eurovisão dos últimos 10 anos, tresandavam a Eurodisco que até chateava.
Por fim, à hora marcada, como todos os concertos deste Festival, lá vieram os The XX, o público de imediato mostrou que estava lá para eles e eles adoraram a recepção. Todas as canções do disco de estreia foram cantadas em simultâneo. As novas, do disco que está para sair em Setembro, deixaram-me um pouco de pé atrás, espero que aquelas batidas tenham sido acrescentadas só para o concerto ao vivo e que não apareçam tanto no disco.
Senão, olha, é mais uma daquelas que não passa do primeiro disco. Pelo menos para mim...
Gostei do conceito, gostei do local e adorei o ambiente, em suma espero que o Optimus Primavera Sound se repita por muitos mais anos, pelo menos 2013 já está garantido, o que nos dias de hoje já não é nada mau.
Fotos das Bandas e do Público gentilmente cedidas pelo Hugo Sousa e pela Imagem do Som.
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