Já foi no passado dia 2 de Junho que tive o prazer de ver pela primeira vez a Sétima Legião ao vivo. O local foi o belíssimo Grande Auditório do Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz que não esgotou, talvez pelo elevado preço dos bilhetes (20€), mas teve uma plateia bem composta.
Os primeiros sons que se ouviram, foram aqueles com que nos tinham deixado em 1999, eram os sons de “Com Estas Mãos”, tema que também abria o seu último de originais, “Sexto Sentido”, aquele que é sem dúvida o disco mais “difícil” da Sétima. Depois desta introdução, já com os músicos em palco, veio então o instrumental “O Baile (das Sete Partidas) ” a que se seguiu “Noutro Lugar”, ambos do aclamadíssimo álbum “Mar d’Outubro” de 1987.
“Sem Ter Quem Amar” foi o primeiro tema a ser tocado do álbum “De Um Tempo Ausente” de 1989, “Aguarela”, “A Partida” e “Vertigem”, foram os primeiros temas a ser tocados de “A Um Deus Desconhecido”, o primeiro álbum da banda, saído no ano de 1984, o público ia respondendo com aplausos mais ou menos efusivos, conforme o reconhecimento das músicas que ia ouvindo. Claro que poucos eram os que, como eu, conheciam tudo o que ouviam (não leiam isto como gabarolice, é mesmo com desgosto que digo isto!).
“Porto Santo” e “O Canto e o Gelo” foram os temas que antecederam um dos momentos que parecia ser o mais ansiados da noite, o “Sete Mares”, aí já o público parecia outro, onde antes havia apenas aplausos educados, agora havia gente de pé e a cantar, parecia que tinham rejuvenescido.
Já com o público completamente nas mãos, tocaram “Caminhos de Santiago”, “Reconquista”, “Mil Maneiras de Te Amar” e “Tango do Exílio” aquele que é um dos temas que eu mais gosto.
O lindíssimo “Além Tejo” não faltou, nem “Tão Só”, quando tocam “Por Quem Não Esqueci”, ocorre o mesmo fenómeno que já tinha ocorrido em “Sete Mares” e a terminar o concerto vem o excelente instrumental “Pois Deus Assim Quis”.
O encore foi exigido e com ele veio “Porta do Sol”, a homenagem aos Joy Division, banda que inspirou o nascimento da Sétima, foi a surpresa, com uma bela versão de “Atmosphere” que encaixou na perfeição com o primeiro single da história do grupo “Glória”.
Foi inevitável voltar a agradar à maioria dos presentes, e “Sete Mares” foi tocado novamente deixando-os completamente em “êxtase”.
Não fora o som estar demasiado alto durante grande parte do concerto e podia-se dizer que este tinha sido perfeito. Mesmo com os interregnos a Sétima Legião está bem e recomenda-se, agora só falta um álbum de originais para conquistar novos públicos.
Eu fiquei com vontade de os rever e creio que desta vez vou escolher o Porto pois já foi anunciado concerto para 11 de Outubro no Coliseu, e eu espero poder ir lá…
1 comentário:
Nos anos 80, vi-os no coliseu do Porto com Diva.
Ainda hoje, quando vejo trechos entretanto publicados no u-tube me arrepio. Simplesmente fe-no-me-nal! Indescritível! A verdadeira alma lusa que tanta falta nos faz.
Óptimo blog, já agora. :)
Fico cliente.
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