Já saiu “Tape Junk” o segundo disco dos Tape Junk, editado
pela Pataca Discos, que só pelo nome já revela uma vontade de afirmação da
banda, cada vez mais, no verdadeiro sentido do termo.
Este álbum foi gravado e produzido por Luís Nunes (aka
Walter Benjamin, actual Benjamim) que funciona como uma espécie de “5º Beatle”,
na sua residência permanente na bela vial de Alvito, distrito de Beja.
Talvez também por influência deste meio ambiente que os
envolveu, a criatividade foi impulsionada e em apenas três dias, os quatro
músicos – João Correia (guitarra, voz, músicas e letras), Nuno Lucas (baixo),
Frankie Chavez (guitarra solo) e António Vasconcelos Dias (bateria) -
registaram juntas as nove músicas que compõem o disco, em “live takes” para um gravador
8 pistas. A interacção entre todos foi directa e total, ficando bem mais
próxima daquilo que conseguimos ver ao vivo. Sendo que quatro temas - “Substance”,
“Joyful Song”, “Six String and The Booze” e “Thumb Sucking Generation” - foram
mesmo tocados pela primeira vez já em estúdio, pois nem sequer tinham sido
tocados em ensaio ou ao vivo.
Os
restantes temas – “Bag of Bones”, “Scratch and Byte”, “Me and My Gin”, “All My
Money Ran Out”, e “The Left Side of the Bed” - já tinham sido tocados ao vivo. Mesmo
com todas estas “condicionantes” fazem este disco bem mais enérgico e colectivo
que o anterior. Está mais cru e mais imediato.
A ouvirmos ficamos com a sensação que a qualquer momento vai
aparecer algum homem a cavalo no horizonte, ou um bar de camionistas “rednecks”
no meio da estrada. Todo o som em geral, mas particularmente a voz do João
Correia e os solos do Frankie Chavez levam-nos para esses locais inóspitos num
abrir e fechar de olhos.
Em suma, está um disco “bem esgalhado” que leva um Bom aqui
d’A Certeza da Música.
Aqui fica o vídeo do 1º single:
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