Texto e Fotos de Miguel Estima
No passado dia 11 de Dezembro fui ver Peixe Avião ao auditório (ou black box) do Centro para os Assuntos da Arte e Arquitetura, um daqueles espaços que ainda sobrevivem em Guimarães, depois da Capital da Cultura, e que segundo apurei, ainda vão fazendo umas exposições catitas e uns concertos para meia dúzia (e mais alguns) de hipsters.
A última vez que me recordo de ter visto os Peixe Avião, foi num concerto no Teatro Aveirense, onde tocaram para noventa pessoas. Tinham estado no ano anterior, também, em Aveiro para um concerto, ainda sem álbum lançado, no auditório do Mercado Negro.
Como o Pedro Oliveira, baterista dos Peixe (e de mais uma meia dúzia de projectos) observou, fazer duzentos quilómetros para os ver não é fácil. Mas, como estava bom tempo e agradável para andar na estrada a coisa fez-se com algum prazer.
Os rapazes de Braga andaram a fazer das suas, e criaram este conceito de concertos em 360 graus, onde o público está à volta deles a curtir o concerto. A luz é densa e vermelha, levando a assistência a acreditar que entrou no covil do Demo. Mas, a coisa não é tão agressiva assim.
Na hora e picos de duração do concerto, vão-se desbobinando uma série de temas, da já decana carreira, com um peso morto muito presente em todo o set.
Num corridinho frenético, com três intervalos para respirar, a coisa susteve o frio que se começou a fazer sentir, num clima mais quentinho, dada a proximidade existente por músicos e fãs, porque convenhamos os cinquenta que estavam na sala eram groupies com vontade de assistir a este pedacinho da estória da banda.
Foi um belo Domingo à tarde em Guimarães. Para repetir sempre que existirem propostas assim aliciantes.
Encontram mais fotos na página de facebook d'A Certeza da Música.
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