![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQ6XP40uFCZdlSyCG0k6ccsd1VG81fx5LfE3UJSjFUH_P-Wgs7pxQUQGMjo9aWGAedwqCrZZEbMiWYHIioHcZBtaJ5upza00exebdeOzFhAMyoBFAaNUi4fKvl8BzlPjA5wNYhWRsT6IQ/s400/DSC_0116.JPG)
Chego a Aveiro ainda com a imagem da roda de amigos que deixei, no largo da Igreja de Sendim, na esplanada do Café Passareiro.
É este o principal ingrediente do Intercéltico de Sendim, “rodas” de amigos, feitas em torno de um gosto comum, pela música de inspiração tradicional.
Só a boa música e o excelente ambiente que se vive nesta vila, é que fazem com que milhares de pessoas se desloquem centenas de quilómetros para poderem, todos os anos, desfrutar destes dois dias de festa.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg90YAdqJXGK8W5QoujlUiEiCa2ip903lM87fOCb-UiNVKL5ktfkHc-TeQYJnZi81ERXPImSyZOjj3QlRYLPhW2Ab5-51pC-Oam7VLHXA8bqsPobG73kuu_jsgVjXaqfcLTCjeYE8sGHMA/s400/DSC_0070.JPG)
No primeiro dia as “honras” de abertura do 11º Festival Intercéltico de Sendim, estiveram a cargo dos
Diabo a Sete, banda de Coimbra que veio mostrar o seu álbum “
Parainfernália”, foi bom ver que ainda há muito futuro nesta música que vai buscar inspiração às nossas raízes e consegue dar-lhe uma “volta” que não choca os tradicionalistas e agrada a quem está habituado a sons mais contemporâneos. Como eles se auto-definem:
“ Somos uma espécie de cozido á portuguesa, com menos couve e muito mais enchidos”. Os “enchidos” vêm do facto de todos serem excelentes músicos e de conseguirem fazer-nos viajar entre os temas como a
“Valsa da Joana e do João”,
“Para lá do Marão”ou o tradicional
“Chinglindin” que fizeram as delícias dos espíritos mais “bailadores” que também gostaram do mais calmo e introspectivo
“En Tu puerta estamos quatro”.![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2gXrS_Mr8SfkBn-Vs5WdGWq5AOJwXpJJFjZwdbghlrdmfNOGXdBhJCNTEeEVY4oH83xF5gnFTquuyhOug_QGwijy9CGqJ6MtKcjoSq2U-bLYPuDyYAsac3MlatLxK_mJRJaZ9eNGx59I/s400/Diabo+a+Sete.JPG)
Os Diabo a Sete são mesmo uma banda que seguramente agradou a todos os que tiveram o prazer de os ver aqui.
Seguiu-se
Mercedes Péon com a sua música vibrante e quase hipnotizante, os primeiros sete temas vieram todos do seu mais recente álbum
“Sihá” tais como
“Ben Linda”, “Aiché” ou
“Paralá”, mas não faltaram temas, do magnífico álbum de estreia “
Isué”, como “
Deseu” de onde vem o refrão “
o Galego que não fala a língua da sua terra não sabe o que tem de seu” que mostra que mesmo com uma sonoridade moderna as raízes não estão esquecidas, e o belo “
Elelé”.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdHMgSsKwMkfDXr3YQu2b2frkQpNHBKfrz1DAWTwsLpw8wrROiWKHsS6I2odsO6djnVIvxV4zRkGUorjABmFphT6tDiNwf6mvYKRTJJr-CDMCvjrcqaR32U-6WRU7JhepFIGJoSCI9ehc/s400/Mercedes+Peon+01.JPG)
O diálogo da cantora, gaiteira e multi-instrumentista foi uma constante e o ambiente de festa e comunhão esteve sempre presente, a questão era quase sempre se queriam ouvir algo mais calmo ou mais acelerado, as respostas não deixavam dúvidas e a festa foi-se fazendo, com temas do segundo álbum “
Ajrú”. O fim do concerto veio com um estonteante - "
Ajarraté" que também fecha o último disco de Mercedes.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBJ8JJga4p0Uxjicq8JkNORol_D6wg2goKtCSvfkXX0sdHpmnGiL8Je7J_6Tx1-i47u4FgNXSdpCbQjvhhZP-Jq45i_1bAIYoTkBHrMzEGQ8cwwzMEoLD2iwpdjOoiuSQQOqiKakmBUqQ/s400/Mercedes+Peon+02.JPG)
Claro que o encore foi obrigatório e a surpresa veio com o clarinetista
Fernando Abreu a cantar uma bonita versão de “
No Woman no Cry” aqui com uma roupagem diferente e bastante interessante.
Para encerrar o programa de concertos do primeiro dia, vieram os
Xarnege com a sua música de entre Euskadi (País Basco) e Gasconha.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQn_FhjOPki3oqzSaYCHuqiXHtkGXSfRli9RfrUpu22-SAzPFvh5Vj6y4yt948RiZ1or955lQbLjB3yPuHehesOfn70Q2ggVxfC2ZkQvVNykSLPFwXrKkFk49QAdz7-Rx6PEn07pVgV2Q/s400/DSC_0287.JPG)
Um som surpreendente e maioritariamente instrumental que assenta muito numa base de sanfona e de Tun-Tun que é um instrumento de percussão com seis cordas e que acompanha a Txirula, flauta de dois furos, tal como vários outros instrumentos de sopro tradicionais da região de onde vem o grupo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisFWfCZWJ56TMmIinjUzlgnXK7pkVNJWX7AzIteUbTUlGvcvBGbhLGtqp54SufjYXfhCCWKwu26nU_ICq4FNgDY5leMBLs3GMMjPv-0P2W_zrt446pVpNrdnrVnC3OtT__KJodrpmhpmA/s400/Xarnege+01.JPG)
Após o concerto a festa não acabou pois o BardoFolk continuou animado, até altas horas e onde não faltou o som da gaita.
3 comentários:
Parabéns pela reportagem e pela emoção que consegues transmitir sobre o que foi, e é o FIS.
Paulo Nunes
Obrigado pela força Paulo, um abraço.
Concordo completamente com o Paulo! O espirito do FIS está muito bem retratado!
Enviar um comentário