O magnífico cartaz do St Culterra – IV Festival Multicultural de Santo Tirso, fez-me ir até ao belo Parque Urbano da Rabada para duas noites de excelente música.
No primeiro dia foram os MU que tiveram as honras de abertura. O pouco público àquela hora presente não desmotivou em nada o grupo que apresentou vários temas do seu já grande repertório e conseguiu animar os que estavam e os que iam chegando.
Os temas dos MU levam-nos por várias paisagens onde os ritmos chegam a pontos quase frenéticos, ao som dos quais é impossível, pelo menos, não “bater o pé”.O alinhamento do concerto foi composto por: Kal El, Pássaros, Jangada, Mudjah, Nupcial Croata, Katan, Lidairada, Vinavata, e rematou com Oinagori.
Logo de seguida no palco dois tocaram os portuenses Nine22 que com o seu Rock de inspiração Grunge e maioritariamente cantado em português, conseguiram já por muita cabeça a abanar.Depois voltei ao palco um, gosto destes festivais que permitem ver todos os grupos presentes, para ver mais um excelente concertos d’ Os Tornados. Posso parecer suspeito por ser fã do grupo desde a primeira audição, mas o que é certo é que este rock “à lá sixties” não deixa ninguém indiferente e eles com cada vez mais “pedalada”, estão a dar ainda melhores concertos.A apresentação do primeiro álbum “Twist do Contrabando” continua e eles já incluem temas de um futuro disco a sair no próximo ano, tais como o “Baby Baby”.Gosto de vê-los a chegar cada vez a mais gente e a fazer cada vez mais concertos, o futuro pertence-lhes e eles merecem.
No segundo palco tocaram os Karrosssel que com a sua música de inspirada no tradicional português e que com a prestação preciosa de Diana Azevedo pôs toda a gente a dançar.Juntou-se um grande grupo de interessados que ia seguindo todas as instruções para dançar correctamente os temas que iam desfilando.
Foi um belo momento de animação e bastante participado.A fechar a primeira noite encerrou com o fantástico concerto dos Orelha Negra, eu e as centenas presentes ficámos conquistados.Um concerto deste grupo de virtuosos sai fora dos padrões “normais” de uma banda. Quem comunica com o público, são os samplers, o “diálogo” é feito com a música e as pessoas vão sendo conquistadas em crescendo.
De repente aparece um ou outro sample mais conhecido que vai fazendo parte dos temas apresentados, o “Groove” vai pondo os corpos a mexer com nítidos sinais de felicidade.
Nunca tinha visto um concerto deste género e creio que muitos dos presentes também não, mas o que é certo é que saiu dali toda a gente maravilhada. Uns momentos mais acelerados em temas como “Lord” ou a soul que acalma e embala de “M.I.R.I.A.M.” são apenas o exemplo de um concerto fantástico que rematou “em grande” com os mais conhecidos “Blessed” e “Cura”.Caso tenham a oportunidade, não deixem de ver ao vivo os Orelha Negra, vão sair de lá bastante satisfeitos.
Foi assim com “chave d’ouro” que fechou este primeiro dia de concertos do St Culterra, ficava por saber se o segundo dia ia estar à altura das emoções deste.
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