No segundo dia as actividades começaram, para os mais madrugadores, às nove da manhã com “La Ruta de is Celtas”, passeio guiado por vários pontos de interesse na região. A partir das 10h e 30m eram ministrados cursos de iniciação ao Mirandês que é a segunda língua do nosso País.
Ao almoço a tradição, para quase todos os que vêm ao Festival, tinha de se cumprir, degustando a bela da Posta Mirandesa, um dos ex-líbris gastronómicos da região.
Pela tarde decorreu na Casa do Pauliteiro, uma muito concorrida homenagem ao Gaiteiro Delfim de Jesus Domingues.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiktLjxC9XZghSezmPqdZhLPb5MR6RRAXG7URVQ2jodtz9p1_GyhrnXW1oNB8PaIabeWcLPe_EEo9xZ9ymjI0zoxhV-1iOA3J0rTv3_eqfgH7SVPDww_mPZeK0lkhW6OvsVLFGI7PFZL0/s400/DSC_0347.JPG)
No Largo da Igreja, quando o calor diminuiu, deu para assistir ao
6º Gaiteiricos – Convívio de jovens Gaiteiros do planalto Mirandês que deu para ver que não é por falta de músicos que se vai perder a tradição. Foi bonito ver miúdos, alguns mais pequenos que as gaitas que tocavam, a mostrar que a música de Miranda está viva e tem futuro!
Antes dos concertos da noite, veio um “lanche ajantarado” onde não faltou a alheira, o presunto e o queijo, tudo bem rematado no final, com um cálice de hidromel (bebida que vêm dos antigos celtas) – para nos lembrar que não é só a música que nos traz a Sendim. Depois do corpo alimentado, fui então tratar do “espírito”.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOsBv7GG9a3XLAs7cbovLuDcDAAKWCTXaIFeCQAwuIsAP3Uie8zuKgSA-xZjxQmMYWfCZEXUWhY0aZP7g9iX5ikic81T0a1X0tddpdRpRCtO6f356OF7XPYLEFY-HMZgphjuvohajYsss/s400/Uxu+Kalhus.JPG)
A noite no recinto principal, começou com o concerto dos lisboetas
Uxu-Kalhos que nos trouxeram a sua mistura de sons eléctricos contemporâneos com os sons de raiz tradicional.
O melhor momento da noite e talvez de todo o festival, veio dos fantásticos
Oysterband, banda do Reino Unido que já conta com mais de trinta anos de carreira e que já tinha vindo ao primeiro intercéltico de Sendim, deu um concerto como se ainda tivessem todos 18 anos.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTixqRmZrLPJBODkB-MRTluJ09A3GW9jRyfdu4viCeU-uCTJm8TatAnoL-Naa2J8pV9wg1fXfrBczcqJvYSJnItvJ5Qz3cY_S1Uk8kMEKbwbhNKKIv1DRJK1IGkOxXoeHiMIclsBwHlnQ/s400/Oysterband+01.JPG)
Ao quarto tema, “
Here comes the flood”, nas suas palavras “uma velha canção socialista”, já estavam John Jones (vocalista e acordeonista da banda) e Ray “Chopper” Cooper (violoncelista e baixista), a cantar no meio do público, que veio ainda em maior número que na sexta, talvez para ver precisamente uma actuação deste nível.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeNPYt5J-nE1Def6v6TfXr817Ob3UpiQC4DTx92S6DOMf9MoejeWdzXLBBkzLo6eZoAvQCk838QxNQ4ObIHBXno3lwqmpFtf6JCFrynPmu3w-by3xIcTP4HtvHaf2T0jYJOD76MPFy37s/s400/DSC_0433.JPG)
A partir daqui o público ficou completamente rendido à categoria desta banda, seguiu-se um desfilar de temas que chegaram a ser cantados em simultâneo pelo público, como foi o caso de “
Every Where I Go”. Não faltaram temas como “
Meet You There”, “
On The Edge”, “
Blood Red Roses”, enfim, foi um concerto inesquecível para todos os presentes.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL7SAGjnaCntvntAtXba8Ki05CoqrVOz651AlatntL1Og8snvNXz7Cv_BS58ShwQOPhoR5EFdGalBIy-pOlV9iArvkI7lEju_VvoJtymgiQe9e9fCmcYmb8agiCiNAaX8px8a0nP5Q4rw/s400/Oysterband+03.JPG)
A encerrar o palco do Festival estiveram os
Garma, banda revelação da zona da Cantábria que trouxe a sua mais recente formação de excelentes músicos e que nos deu um concerto muito competente onde as atenções foram repartidas entra a beleza da música e da sua voz principal.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5oexLEh7L-_kMTiogRorWTb1ASJjkE94bGUKojvKSzcunIay5w49iZwNtYHzri7KONBzDPz-LTBQtODvw1F3jtr6RNCTBudroP45yLFQ66dJxxmYawSxcnBRW_FlMLUX72cwe3P-DAEo/s400/Garma.JPG)
A música deste grupo é caracterizada por ritmos bem dançáveis, onde não falta um “cheirinho” brasileiro, introduzido pela flautista Fernanda Freitas. Foi um belo fim de festa.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmJ_LzyHPOuPBTwZN_ls8Anc9OBriIwwFJ18cVxC3CPtuiN64wl0b_wwJoliMBs-4qD_iYp4qgNCl0OARu6tr2q1rZUVdsWVpHGnrWJEk1tMHfLhaJWKzny4tXWWARUPrVaDkfMHJawd4/s400/DSC_0542.JPG)
O remate final veio de um grupo de pauliteiros (à civil) que conseguiu animar todos os que ficaram no recinto a adiar o fim desta grande noite, mais uma vez deu para ver que há uma grande massa de jovens na região que garantem que a tradição musical Mirandesa tem um Futuro risonho à sua frente.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC8c4_Vdop3jRBCQSB6oi7vyNtkrCqqRlk3OvjDV2EHx4_w69g6mV_mgENfpgAdH3ZGI75-t-GJxA_SXdegplHE_EOxScamT7IvwXi21uxEoyAzo7dJ4wcH4zwn3w-lS-pmZlVhv0PZpc/s400/DSC_0568.JPG)
Agora que venha um 12º Intercéltico de Sendim ainda mais forte que os anteriores.
4 comentários:
Cá ficámos à espera que mais um ano passe! O artigo está muito bom!
Chamar degustação a uma posta mirandesa? Sai mais barato alimentar um burro a pão de ló...
Abraços
Amigo o termo degustação está correcto, pois foi comida a meias, ehehehe
Obrigado pela opinião Tiquitas,:)
Enviar um comentário